tag:blogger.com,1999:blog-26252570098296879872024-03-23T03:15:07.107-07:00Magia da TelonaO encantamento das salas de cinemaARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.comBlogger419125tag:blogger.com,1999:blog-2625257009829687987.post-51011004767856306542024-03-22T10:18:00.000-07:002024-03-22T10:18:25.395-07:00O Interesse Pelo Cinema De Rua<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgO-0dxDuK3slOUYxvX-KqCmQPbdJbNfdLW1iPdRflbOgJrwY2eEN4k5dFs7aVorNAcJ6kf1ubJtAyANiPpKQ3NSV3nMBVLk2q-555A7epo3fAqa9hdJRdxySbbhU9KlWQhNxSBuCFl6Ls_o8sAyMRDQF5Fjt3N_sOXBPb6WxZgPN9XAIiOHPRiVKTSUi8/s960/image.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="960" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgO-0dxDuK3slOUYxvX-KqCmQPbdJbNfdLW1iPdRflbOgJrwY2eEN4k5dFs7aVorNAcJ6kf1ubJtAyANiPpKQ3NSV3nMBVLk2q-555A7epo3fAqa9hdJRdxySbbhU9KlWQhNxSBuCFl6Ls_o8sAyMRDQF5Fjt3N_sOXBPb6WxZgPN9XAIiOHPRiVKTSUi8/w640-h480/image.png" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6gN89I9pNspjfZvRiOu4kYE7ZPgy0mf8Q9ZCmc2ae70u8Lwsa62rPI3Bx6zrafp1RrJbYf6T_k7tBdGfIAIoanIjCyCZjxoz4Hze_iEC2jGz9WrjSJukez8o0ow-U_8qAJBB4pDdhGGS5w8-A5aeKT3_uttMn4XEL4WrMKK67SM0IEt7uZDDOVUjLkHQ/s1320/364940665_1339296037009813_6807473245658192774_n.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1320" data-original-width="1079" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6gN89I9pNspjfZvRiOu4kYE7ZPgy0mf8Q9ZCmc2ae70u8Lwsa62rPI3Bx6zrafp1RrJbYf6T_k7tBdGfIAIoanIjCyCZjxoz4Hze_iEC2jGz9WrjSJukez8o0ow-U_8qAJBB4pDdhGGS5w8-A5aeKT3_uttMn4XEL4WrMKK67SM0IEt7uZDDOVUjLkHQ/w524-h640/364940665_1339296037009813_6807473245658192774_n.png" width="524" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjM9yclyhpjiJCSummiV_TuAkiPpCWWO8RQibq9_JLuUUbTnvY9LJr_3PcNxu1B8P4F6LYXaNM9P9BHiy52YGXqfXyMaYlEUaTx-spLqhvvBdsDLWRnJJMCt9O2NJKz4MPbBB6RH3C7nG1etNYKMQZZ2YdLsx-Zdn3TMEOrIjvIlOvWZlzF2IvPTw1Sx2E/s1320/364397293_304536485322785_7834280571576479736_n.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1320" data-original-width="1079" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjM9yclyhpjiJCSummiV_TuAkiPpCWWO8RQibq9_JLuUUbTnvY9LJr_3PcNxu1B8P4F6LYXaNM9P9BHiy52YGXqfXyMaYlEUaTx-spLqhvvBdsDLWRnJJMCt9O2NJKz4MPbBB6RH3C7nG1etNYKMQZZ2YdLsx-Zdn3TMEOrIjvIlOvWZlzF2IvPTw1Sx2E/w524-h640/364397293_304536485322785_7834280571576479736_n.png" width="524" /></a></div><p></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Publicação compartilhadado site BRECHANDO, DE 9 de agosto de 2023</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i><span style="color: red;">Veja Como Está O Antigo Cine Panorama Por Dentro</span></i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Por Lara Paiva</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Recentemente, o projeto @aquijaexistiucinema fotografou a parte interna do antigo Cine Panorama, no bairro das Rocas. Após a saída da igreja evangélica, os integrantes do projeto queriam saber como ficou a estrutura. A sua principal finalidade é como está a conservação interna, se ainda tem cara de cinema e, inclusive, saber se precisa de reparo.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Uma das integrantes do projeto, a arquiteta Wirenilza Lima, fotografou o espaço e o resultado pode ser visto, portanto, a seguir:</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i><span style="color: #2b00fe;">O Interesse Pelo Cinema De Rua</span></i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Fã do Centro Histórico e da arquitetura modernista (febre em Natal nos anos 50 a 70), Wirenilza realizou um projeto, no Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), para criar um cinema no Centro de Natal, aos arredores do Beco da Lama. Por conseguinte, surgiu o interesse de realizar um filme-ensaio dos estudantes de Audiovisual Anthony Rodrigues e Ilany Régia.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>A sua finalidade é manter a arquitetura moderna do Cinema, tombadas pela Fundação José Augusto (FJA), apesar da parte externa ter sido modificada.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Apesar do tombamento, a estudante teve dificuldades de encontrar informações básicas para conseguir projetar e ter ideias de zoneamento de áreas, como a planta baixa, cortes ou fotos. </i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Com um semestre do curso já atrasado por conta desse contratempo e sem ter mais aonde recorrer, ela abandonou a ideia de realizar o projeto no Cine Nordeste e achou outro prédio histórico, a antiga sede da Secretaria Municipal de Tributação (Semut) em frente ao Sesc Cidade Alta e por trás da Escola Estadual Winston Churchill.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>O espaço também foi a primeira sede da Faculdade de Odontologia da UFRN e ainda mais foi uma das sedes do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN). Além disso, a paixão pelo cinema, entretanto, não a fez esquecer a ideia de reuso para esse tipo de estabelecimento. </i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>A ideia era fazer um projeto arquitetônico de reuso do antigo Cine Nordeste, inaugurado em 1958 e fechado em 2003. Atualmente, o prédio está em desuso após o fechamento das lojas Leader.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>História Do Prédio Do Cine Panorama</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>À medida que os cinemas começaram a aparecer nos shoppings, os cinemas de bairro começaram a decair. Com o Cine Panorama, das Rocas, não foi diferente. Por mais de 20 anos, por conseguinte, virou sede de uma unidade da Missão Evangélica Pentecostal do Brasil (MEPB). Entretanto, o prédio em 2023 está com uma placa de aluga-se. Será que tem chance voltar ao cinema de rua de som?</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>O Cine Panorama foi o único cinema do bairro das Rocas. Construção de autoria de Luiz de Barros, que hoje é nome de arranha-céu, a sua inauguração aconteceu em 29 de janeiro de 1967, com o “007 contra o Satânico Dr No” do cineasta inglês Terence Young.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Já falei por aqui sobre o cinema. Além disso, o Panorama ficava em frente ao Hospital dos Pescadores. Foi inaugurado em agosto de 1971 e era para exibir filmes de todos os gêneros. O diferencial dele era um estabelecimento longe dos principais bairros da cidade, como Ribeira, Cidade Alta e Alecrim, visto que na época eram cheios de salas de cinema.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>O Que Era O Cinema</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Em relatos em blogs, alguns clientes do cinema diziam que lá existia uma sala com uma imensa prateleira, cheia com cilindros de lata, que armazenavam os grandes rolos de filme. Além disso, as máquinas de projeção eram imensas.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Entretanto, a década de 70 ficou conhecida pela produção de pornochanchada e os primeiros filmes comerciais famosos de sexo explicito, como “Garganta Profunda” e o pequeno cinema das Rocas começou a colocar estas produções em cartazes.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>O poeta Lívio Oliveira, no trecho do artigo “Deep Throat and the Panorama“, disse que se arrepende de não ter ido assistir alguma sessão. “Mas, sabe o que lamento até hoje? Não ter assistido a nenhuma sessão no velho Panorama, lá nas Rocas. Meus irmãos mais velhos iam para aquelas aventuras picarescas que eram as apresentações de pornochanchadas e outros filmes de teor erótico, e em meio a figuras na plateia, digamos, meio esquisitas”, disse em um dos parágrafos.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Graças ao Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) das estudantes de Rádio & TV, Amanda Lima e Luciana Salviano, descobri uma foto do Cinema Panorama quando ele ainda estava em pleno funcionamento. O trabalho, em forma de revista, contava um pouco da história dos cinemas de rua de Natal, visto que quase todos viraram igrejas evangélicas ou espaço para lojas de Departamento.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Sobre O Antigo Templo Que Foi O Cine Panorama</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>O templo foi inaugurado por um grupo de americanos, no qual ficavam estudando a Bíblia e tinham experiências espirituais. Então, dois missionários viriam ao Brasil para pregação. Inicialmente, eles fixaram residência em Manaus (AM) e depois se mudaram para Natal. No dia 25 de junho de 1949, organiza-se em Natal a Missão Evangélica Pentecostal do Brasil. A Igreja ficara conhecida como Tenda Catedral devido o uso de tendas.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Inicialmente, eles fundaram a primeira igreja no Alecrim e depois em vários bairros da cidade, incluindo a Rocas.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Texto e imagens reproduzidos do site: brechando com</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i> </i></b></p>ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2625257009829687987.post-66034862650341500792024-03-20T04:23:00.000-07:002024-03-22T05:17:55.931-07:00Cineminha, por Ignacio Benedeti Corzo<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJ-tDSTjOMtyi5jGgeBGbeB1KuSIjBRXIhfm4wpiY-ucwjs0qEUdYA9Mjvfzj2-O4CrywnakgUffalzS69rdKrrUwQDKYEQEmH8IpCcJZ0sP4fqRdouwOYFzwAxb6CSZ0XNrsRX4bd02ck1_C2-6bpWXC26MWmCo2h08GmOOZfCQmtQtrl1oW8h2m-WCI/s720/433563380_315931464840627_3389409047796390018_n.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="393" data-original-width="720" height="350" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJ-tDSTjOMtyi5jGgeBGbeB1KuSIjBRXIhfm4wpiY-ucwjs0qEUdYA9Mjvfzj2-O4CrywnakgUffalzS69rdKrrUwQDKYEQEmH8IpCcJZ0sP4fqRdouwOYFzwAxb6CSZ0XNrsRX4bd02ck1_C2-6bpWXC26MWmCo2h08GmOOZfCQmtQtrl1oW8h2m-WCI/w640-h350/433563380_315931464840627_3389409047796390018_n.jpg" width="640" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwBHhw2-rFYdpVmAGYzVXEq5tHF6QEeLEHAwyRLm3geTvGREn1tAQychQM2txhW21pgVocvcl4UZsnZCujSIrLVkIEDHM6YLvl0aPN69shyphenhyphenbxhNlsGQAI0xWWETz7GsqoPmJAFMAFHCybGx39rC38ELOhE1XbzBT1abs4A-ThwT_sTIOzraFiqqmsxIo4/s720/433988916_727089642806353_6847813412247297870_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="394" data-original-width="720" height="350" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwBHhw2-rFYdpVmAGYzVXEq5tHF6QEeLEHAwyRLm3geTvGREn1tAQychQM2txhW21pgVocvcl4UZsnZCujSIrLVkIEDHM6YLvl0aPN69shyphenhyphenbxhNlsGQAI0xWWETz7GsqoPmJAFMAFHCybGx39rC38ELOhE1XbzBT1abs4A-ThwT_sTIOzraFiqqmsxIo4/w640-h350/433988916_727089642806353_6847813412247297870_n.jpg" width="640" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5UCWUaQiayUAIX63GpCd0t5CpZSz_hozBEjPmY5JOl5kPnMIkwGvHwgPi55EQBgRobRTiaa3urhz-Dkyj7JZ-B8J-7-Ewqcla5ax6jZkULXPsNUohLBC3MzSLGpdgLV9D8ZmuKKTOWcwyAcVL5blSi1SzrFSR_5czq29i0tjsQBp3qJJv1jvciBuwB1A/s720/433996327_1425943544981353_1376907713008437545_n.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="402" data-original-width="720" height="358" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5UCWUaQiayUAIX63GpCd0t5CpZSz_hozBEjPmY5JOl5kPnMIkwGvHwgPi55EQBgRobRTiaa3urhz-Dkyj7JZ-B8J-7-Ewqcla5ax6jZkULXPsNUohLBC3MzSLGpdgLV9D8ZmuKKTOWcwyAcVL5blSi1SzrFSR_5czq29i0tjsQBp3qJJv1jvciBuwB1A/w640-h358/433996327_1425943544981353_1376907713008437545_n.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMBnGGj-Ln0sCiQrdvkOUTZm_qtrmdEvTHaDac2rm6ODO7a04myJcMv1B0bSlqbFxgK7aZcZqcU4Qe_zIPPaqmsZFSJzgOkJmQiaoATMH_4kDu_SRzHX0SVDbkCfmGSqZzRdHOybQwPBBfa_P6FRdSI1D0kenbnCos5pnG97Gzo3IJhW0AGih3P_eRmt4/s720/431014579_3575421262786473_2198603430706978747_n.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="389" data-original-width="720" height="346" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMBnGGj-Ln0sCiQrdvkOUTZm_qtrmdEvTHaDac2rm6ODO7a04myJcMv1B0bSlqbFxgK7aZcZqcU4Qe_zIPPaqmsZFSJzgOkJmQiaoATMH_4kDu_SRzHX0SVDbkCfmGSqZzRdHOybQwPBBfa_P6FRdSI1D0kenbnCos5pnG97Gzo3IJhW0AGih3P_eRmt4/w640-h346/431014579_3575421262786473_2198603430706978747_n.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_08QM_nKh_w1PTcpK30JnZR6EdjfFRJoj28HbXB4qQQHDm5VLRNKYmLjD8dkBpKtt4cSERoQdLiuXbojmtdkq_jdDrpdBJDhzo9Uk1hpWGxJf7auKeWzdiTZr-d_6Xm8tKWXTogaKyHmGT9129eYEi5co4r_WaB-rJhsx81gFJEiNPBw3CA1i11G-d0U/s720/433416385_423874316682411_369256482813878955_n.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="404" data-original-width="720" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_08QM_nKh_w1PTcpK30JnZR6EdjfFRJoj28HbXB4qQQHDm5VLRNKYmLjD8dkBpKtt4cSERoQdLiuXbojmtdkq_jdDrpdBJDhzo9Uk1hpWGxJf7auKeWzdiTZr-d_6Xm8tKWXTogaKyHmGT9129eYEi5co4r_WaB-rJhsx81gFJEiNPBw3CA1i11G-d0U/w640-h360/433416385_423874316682411_369256482813878955_n.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLRm3HGsU-ikjvLJi-ozzz4spARGys8LvCD1f7y_ZXGV7E0FKTF2XusiqHPouqXWVdBBwBxYHLWJTLMUIWS4jLLUg0lT160jeliq2QqHdwZCGcq1dxke8FlZpxhPUkM0z-K1noC2pTe6vESzUh3Av4JKwYWskRpI6yNustWht_SQhNXtMgoKRDJsRbaMQ/s720/433434325_325985933390519_1348955616511057679_n.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="391" data-original-width="720" height="348" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLRm3HGsU-ikjvLJi-ozzz4spARGys8LvCD1f7y_ZXGV7E0FKTF2XusiqHPouqXWVdBBwBxYHLWJTLMUIWS4jLLUg0lT160jeliq2QqHdwZCGcq1dxke8FlZpxhPUkM0z-K1noC2pTe6vESzUh3Av4JKwYWskRpI6yNustWht_SQhNXtMgoKRDJsRbaMQ/w640-h348/433434325_325985933390519_1348955616511057679_n.jpg" width="640" /></a></div><b><div style="text-align: center;"><b><i>Imagens extraídas de vídeo postado no Facebook/Ignacio Benedeti Corzo</i></b></div></b><p></p>ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2625257009829687987.post-22045369097667073862024-03-17T11:46:00.000-07:002024-03-17T11:47:02.148-07:00Guinness reconhece Eden-Théâtre o cinema mais antigo do mundo...<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjNHVnYXCizwgvQkrkPKlxUnpclktk_fgHdiwjJbqzsWTpjQOHlSjvsQUdQPzljHuaGY_Qunpv6mz5FOiN3FzphOJ6yzf7gQKIDOLi2TsnUydvvHztUJPZhKRTrTUtS7awTv-FpoLr63wiFP7QOFCfAYyhAGAtnRuo2ohDQWXeg185EslepRutmtlnPj0/s1008/000-9ev9u9.webp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="672" data-original-width="1008" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjNHVnYXCizwgvQkrkPKlxUnpclktk_fgHdiwjJbqzsWTpjQOHlSjvsQUdQPzljHuaGY_Qunpv6mz5FOiN3FzphOJ6yzf7gQKIDOLi2TsnUydvvHztUJPZhKRTrTUtS7awTv-FpoLr63wiFP7QOFCfAYyhAGAtnRuo2ohDQWXeg185EslepRutmtlnPj0/w640-h426/000-9ev9u9.webp" width="640" /></a></div><p></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Legenda da foto: Interior do cinema Eden-Théâtre, na França, o mais antigo do mundo reconhecido pelo livro dos recordes — (Crédito da foto: Nicolas Tucat/AFP)</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Publicação compartilhada do site G1 GLOBO, de 13 de julho de 2021 </i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i><span style="color: red;">Guinness reconhece Eden-Théâtre como o cinema mais antigo do mundo em funcionamento</span></i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Inaugurado em 15 de junho de 1889, cinema francês foi local de projeção dos primeiros filmes dos irmãos Lumière.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Por France Presse</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>O francês "Eden-Théâtre", onde foram projetados os primeiros filmes dos irmãos Lumière, foi reconhecido oficialmente como o cinemas mais antigo do mundo em funcionamento pelo Livro Guinness dos Recordes.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Localizado em La Ciotat, perto de Marselha, no sul da França, este cinema tem "a sala mais antiga do mundo em funcionamento", declarou no início de julho o guia de referência que coleta e certifica os recordes mundiais.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Foi inaugurado em 15 de junho de 1889 neste pequeno porto mediterrâneo então com 12.000 habitantes e que hoje conta com mais de 35.000 moradores.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Em seus primórdios, o Eden acolhia apresentações teatrais, concertos e até lutas de boxe e greco-romana, relata em sua página on-line.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Seu proprietário à época, Raoul Gallaud, ficou amigo de Antoine Lumière, pai de Louis e Auguste Lumière, que havia adquirido uma casa de veraneio na região.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Foi convidado a participar de uma primeira "experiência cinematográfica" na casa de Lumière, em 21 de setembro de 1895, e sugeriu a Antoine que repetisse a experiência no Eden, relatou à AFP o diretor de comunicação do cinema.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Durante a projeção organizada alguns dias depois, porém, foram registrados problemas técnicos.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Antoine Lumière então repetiu a experiência em Paris, no Grand Café, desaparecido no século XIX, em 28 de dezembro de 1895. Esta data é hoje considerada pelos historiadores como o nascimento do cinema.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Não houve novas projeções até 21 de março de 1899, quando o Eden exibiu uma série de filmes dos irmãos Lumière. Esta sessão é a que foi considerada e mantida pelo Guinness.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Texto e imagem reproduzidos do site: g1 globo com/pop-arte/cinema</i></b></p>ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2625257009829687987.post-15603755770250508622024-03-07T11:34:00.000-08:002024-03-07T11:37:22.071-08:00'Cine Caiçara', por Dudu Sperb <p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNOu-xZrF8oQD0QYTJsRe6k5sbYRFeO4bupL8L4zwxOuVxEdB8z1Jvvh_9zIdeHst8-_C9nAJG7-DbXFc1qtt93YHm2GYwZ3jNuTIOAeVL586ZNyY-uExyMLLEyUytP2bwcskJ8KchNSk7IqkmJeK0Q12_wTdvodeR870pnlRfHWCwm0tfBJRC9UnhOtk/s1536/Cine-Caicara-decada-de-60-fachada-1536x1189.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1189" data-original-width="1536" height="496" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNOu-xZrF8oQD0QYTJsRe6k5sbYRFeO4bupL8L4zwxOuVxEdB8z1Jvvh_9zIdeHst8-_C9nAJG7-DbXFc1qtt93YHm2GYwZ3jNuTIOAeVL586ZNyY-uExyMLLEyUytP2bwcskJ8KchNSk7IqkmJeK0Q12_wTdvodeR870pnlRfHWCwm0tfBJRC9UnhOtk/w640-h496/Cine-Caicara-decada-de-60-fachada-1536x1189.jpg" width="640" /></a></div><p></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Artigo compartilhado do site DUDUSPERG, de 29 de setembro de 2023 </i></b></p><h4 style="text-align: justify;"><b><i>Cine Caiçara<br /></i></b><b><i>Por Dudu Sperb </i></b></h4><p style="text-align: justify;"><b><i>Na praia de Tramandaí, no litoral norte do Rio Grande do Sul, além do Hotel Sperb, meu avô, Carlos Theobaldo Sperb, teve um cinema: o Cine Caiçara. Foi seu filho, meu pai, Carlos Maria Sperb, quem o registrou, batizou e fundou, gerenciando-o nos seus primórdios. Isso se deu por volta de 1948, quando ele tinha em torno de 18 anos. Meu pai desejava nomear aquele estabelecimento com um título que fosse bem brasileiro. No dicionário Houaiss se encontram vários sentidos para a palavra caiçara, desde “uma cerca feita em torno de aldeia indígena”, até “natural ou habitante de localidade litorânea; praiano”. Imagino que tenha sido este último significado que o fez se decidir pelo nome que escolheu para o novo espaço.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Adquirindo projetores de 35 mm de um estabelecimento do interior do estado que fechava suas portas, as cadeiras (que no começo eram soltas e de palha) e tudo o mais que era necessário, ele inaugurou o Cine Caiçara que, se não foi o mais antigo a surgir em nossa costa litoânea, certamente foi um dos primeiros. Ao que consta, a nova sala foi, de saída, um sucesso. Pouco tempo depois, meu avô quis, ele próprio, seguir administrando-o, o que fez até sua morte, em 1973. Depois disso, meu pai novamente o conduziu por aproximadamente mais uma década, vindo a falecer em 1986.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>As máquinas de projeção do cinema funcionavam a carvão. Não o carvão que se usa para cozinhar, mas sim bastões de carvão industrializados que geravam uma luz potente para a projeção. Esse foi o maquinário que permanceu durante toda a vida útil do cinema, até ele encerrar suas atividades. Não consegui uma foto original de sua cabine de projeção, mas a que encontrei na internet dá uma ideia muito próxima de como ela se apresentava.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Os filmes eram constituídos (e creio que muitos ainda o são) por vários rolos separados que vinham em latas redondas e achatadas. Cada um desses rolos continha uma determinada parte da película; ao terminar a projeção de uma, era necessário imediatamente começar a projetar a próxima. Para tanto, era preciso que outra máquina já estivesse devidamente equipada com o rolo da sequência, garantindo, assim, que o filme seguisse sem interrupções. Também era fundamental estar atento para não trocar a sequência das cenas. Meu irmão se lembra de um episódio em que isso aconteceu, ocasionando um alarido na plateia e, posteriormente, muitas risadas. Mas o que volta e meia acontecia, mesmo, era de a máquina parar. Quando isso se dava, a gente via na tela o fotograma se desintegrando pelo calor. Às vezes demorava um pouco pro técnico cortar o pedaço danificado e reconectá-lo ao rolo, colocando novamente o filme pra rodar.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>No “cinema do vô”, como a gente o chamava, o técnico era o Synval, um cara muito magro que vivia com um cigarro pendurado nos lábios e que não nos parecia lá muito amigável. Imagino que, além desse ser o seu jeito habitual, ele evidentemente não devia gostar nem um pouco da gente, aquela gurizada toda, rondando por ali.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>A sala do cinema, que era mais comprida que larga, possuía um sistema de autofalantes ingleses e uma potentíssima “corneta” que deixavam o som homogêneo, projetando-o de forma equilibrada em toda a sua extensão. Tinha também um gongo eletro-eletrônico que chamava para a sessão e precedia a mudança de iluminação. Antes da escuridão total que se estabelecia no começo da apresentação do filme, ia-se da luz branca para uma luminosidade mais esmaecida, proporcionada por lâmpadas coloridas. Elas deixavam o espaço visível o suficiente para quem estivesse chegando enquanto eram passados o jornal — quem daquela época não se lembra do Canal 100? — e os trailers.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>À frente da tela havia um palco alto ao qual se tinha acesso por duas escadinhas laterais. Lembro que chegaram a ocorrer alguns eventos ali, até mesmo de música. Mas esse proscênio foi para nós, as crianças da família, sobretudo o nosso “espaço de teatro”, onde muitas e muitas vezes ficamos brincando, quando não havia sessão, inventando histórias, danças, cantorias.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>De meados dos anos 60 em diante, durante os períodos da minha infância e adolescência, assisti a uma infinidade de fitas naquela sala enorme, toda de madeira, do chão ao teto, incluindo os assentos. Ela era constituída, de modo geral, por uma divisão de três agrupamentos de poltronas enfileiradas, dois laterais e um maior, central, entremeados por dois longos corredores. Não lembro o número exato, mas aquele espaço extenso dispunha de algumas boas centenas de lugares. Suas alas variavam levemente de tamanho. Na parte mais à frente, próxima da tela, por exemplo, ele se alargava um pouco. Ali se encontravam as saídas de emergência, em ambos os lados. À esquerda, uma única porta levava a um pátio nos fundos do Hotel. Já as portas que ficavam à direita, davam para um corredor que flanqueava o prédio, indo dar na calçada em frente a ele. Por permitir uma vazão melhor e levar à rua, essa era a saída utilizada para o escoamento do público nas ocasiões em que a casa lotava.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Quando muito pequeno, eu frequentava o cinema com meus pais, minha avó, junto a meu irmão ou primos. Já mais crescidos, íamos em grupos só de crianças e, mais tarde, de adolescentes. Nos últimos tempos, porém, seguidamente eu comparecia sozinho às sessões.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Numa época em que só havia essa possibilidade para se assistir a uma película, tínhamos o privilégio de ver várias vezes o mesmo filme. Sabíamos de cor as falas e canções e nos impressionávamos repetidamente com os momentos intensos, fossem de aventura, terror, comédia ou drama. Podíamos apreciar mais detidamente as atuações, os enquadramentos, a fotografia, a música, os efeitos especiais, enfim, tudo aquilo que envolve e encanta numa obra cinematográfica.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>E, se havia a emoção dos filmes, havia também os sentimentos e impressões por conta do que vivíamos naquele lugar, naquele tempo — as atmosferas e acontecimentos que precediam e sucediam cada sessão. E, pelo menos no meu caso, havia ainda a combinação mágica do que se passava na tela com o que ocorria na vida. Eu ficava um bom tempo tomado pelo que via e sentia, pelas personagens e seus mundos, como num sonho. Aquilo tudo me arrebatava de tal modo, que meu primeiro sonho de criança foi me tornar um ator de cinema.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Quando éramos já adolescentes, depois que meu pai assumiu novamente o cinema, meu irmão e eu chegamos a trabalhar nele. Primeiramente, nas sessões da tarde, ele (mais velho) na bilheteria e eu na portaria. Depois, conforme crescemos um pouco, pegamos também as sessões da noite, em que ele passou a operar os projetores, ou seja, a passar o filme, e eu a vender ingressos na bilheteria.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Incontáveis foram as aventuras que experienciamos e os episódios que tiveram lugar ali. Não podendo narrar todos, rememoro dois bastante diversos: um mais engraçado, outro comovente. Ambos do começo dos anos setenta, quando eu tinha por volta de dez anos.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Por esse tempo, a censura era intensa e o controle da faixa etária, muito rigoroso. Essa prática coincidiu justamente com o período em que nós, já na pré-adolescência, começávamos a nos interessar por sexo.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Tínhamos um primo em segundo grau, filho de uma prima-irmã de meu pai, mais ou menos da mesma idade que eu, que volta e meia andava com a gente. Éramos todos danados, arteiros mesmo e vivíamos aprontando. Pois bem, estreou no cinema do vô um filme brasileiro que estava dando o que falar, chamado “Minha namorada”. Com direção de Zelito Vianna, além de Fernanda Montenegro e Jorge Dória (que, naquela altura, não tínhamos a menor noção de quem fossem), tinha no elenco, como personagem principal, Pedro Aguinagua, ator e modelo de grande beleza que estava despontando. Tudo o que ouvíramos ou imaginávamos sobre o filme nos fazia crer que nele veríamos muita “mulher pelada”, como a gurizada costumava dizer, que teria muita cena de sexo e nudez. Então, eu e meu primo combinamos de entrar no cinema pelos fundos, pela porta que dava para a parte de trás do Hotel do vô, e nos escondemos até a sessão começar, sentando bem na frente, perto dessa saída, onde ficávamos menos visíveis e podíamos — assim acreditávamos — escapar com rapidez, caso fosse necessário.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Como eu tinha receio de que fôssemos apanhados, de vez em quando olhava para o corredor que se estendia em aclive, nos momentos em que a luminosidade da tela permitia que se vislumbrasse alguma coisa. Meu primo, bem mais inconsequente do que eu, não estava nem aí. E, se não me falha a memória, até zombava um pouco de mim. Já tínhamos assistido a uma boa parte do filme quando, numa dessas miradas pro corredor, vejo vir descendo e se aproximando rapidamente de nós, o próprio vô carregando a tiracolo sua filha (minha tia, que tinha três anos apenas a mais do que eu) e uma prima-irmã, junto com a avó do primo que estava comigo. Nós quatro tínhamos tido a mesma ideia, o mesmo desejo, a mesma ousadia. E os adultos, que eram espertos e nos conheciam bem, vieram varrendo o cinema de cima a baixo até nos encontrar. Depois de ser apanhados em flagrante e retirados do cinema, devemos ter levado “aquela” bronca. E o que se sucedeu, após esse incidente, foi que o vô resolveu fechar aquela saída com madeiras e arames e plantou vários pés de cactus no seu entorno. Pronto! Nós, os monstrinhos travessos, conseguimos transformar aquela saída (que era igualmente nossa entrada particular) num cenário de guerra. E o pior de tudo é que o filme não era nada do que a gente imaginava e desejava. Era, isto sim, bastante “água com açúcar”. Ao fim, não vimos ninguém pelado, fomos pegos no flagra, perdemos nosso acesso especial e o fiapo de confiança que os adultos ainda pudessem depositar em nós! Porém, é certo, vivemos uma aventura, para nós, memorável.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>O outro evento aconteceu em uma noite muito quente, em pleno veraneio. Devido a uma sessão lotada, toda a família teve que subir para assistir ao filme na sala que ficava ao lado da cabine de projeção: meu pai, minha mãe, minha avó e possivelmente também o vô, minhas tias, tios e mais algum primo ou prima, além de nós, os quatro enfants terribles : minha tia, minha prima, meu irmão e eu. Nesse espaço havia uma janela horizontal, de mais ou menos dois metros de largura, cuja tampa de madeira se podia prender no teto, de onde se avistava parte da plateia e a tela enorme ao fundo. Essa abertura ficava justamente acima do teto do que, lá embaixo, se constituía no corredor de entrada da sala de cinema. Porém, como não cabia muita gente em frente a ela, nessa ocasião, nós, os pequenos, ficamos sobre esse “telhadinho”, um espaço que se acessava justamente pulando a janela. Apinhados, adultos e crianças, assistimos a um clássico italiano que estreava: Os girassóis da Rússia, de Vittorio de Sica, com Sophia Loren e Marcello Mastroianni.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Nunca esquecerei da intensa emoção que tomou conta de toda a gente naquela sala e também do nosso pequeno grupo familiar amontoado. Por um tempo, esquecemos o calor da noite, esquecemos de nós mesmos e uma forte comoção tomou conta de centenas de pessoas desconhecidas entre si. Acontecia naquele momento uma partilha, uma verdadeira comunhão de sentimentos, num silêncio dócil, apenas cortado pelo choro baixo que se podia perceber aqui e ali. Toda aquela gente pranteava, emocionada e arrebatada, o drama de um casal separado pela guerra. Agora mesmo, escrevendo sobre isso, me vem novamente uma emoção. E, afinal, o que foi que vivenciamos ali? Na verdade, tantas coisas. Certamente, revelações do enternecimento que existe e nos assoma para que, assim, possamos polir, refinar e fazer florescer melhor a nossa humanidade. Compartindo a história de outras pessoas, dentro e fora da tela, nos encontramos e estivemos unidos no que de mais elevado podemos alcançar como seres humanos: empatia, compaixão, amor.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Hoje, tenho mais clara a noção do quanto aquelas sessões intermináveis me trouxeram. Como me enriqueceram e me formaram como pessoa, de várias maneiras, e o quanto também me fizeram acreditar (e apostar) na imaginação e na (re)criação como forma de ser, sentir, crescer, compreender e empreender. Esse sonho que trago comigo desde lá, foi o que me manteve e o que continua a me manter.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Texto e imagem reproduzidos do site: www dudusperb com br </i></b></p>ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2625257009829687987.post-63984600720246228012024-03-01T03:41:00.000-08:002024-03-01T03:55:23.954-08:00Centerplex cinemas, no Aracaju Parque Shopping <p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWoIgB_g9FajnqlnETS_rAbUgS-6CApQiTgjWid38B5U3MljbnKNY90Vx6sJfYSubpp7hFENy5i6npJ7_uRox7kGroObRt-Q1DLWpOM3DP-QXtOdcGkRjrGaS9ozpSj0hPRTUQwIxV7mUuAWYy8ICdPYfMabxePR_XTeOndpznx0D9BePkOQxEJS3h5ls/s773/429404026_236701159436633_7126268326251924298_n.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="773" data-original-width="720" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWoIgB_g9FajnqlnETS_rAbUgS-6CApQiTgjWid38B5U3MljbnKNY90Vx6sJfYSubpp7hFENy5i6npJ7_uRox7kGroObRt-Q1DLWpOM3DP-QXtOdcGkRjrGaS9ozpSj0hPRTUQwIxV7mUuAWYy8ICdPYfMabxePR_XTeOndpznx0D9BePkOQxEJS3h5ls/w596-h640/429404026_236701159436633_7126268326251924298_n.jpg" width="596" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfN4sVkTs7Vs37P7K5EonMl3sQOMFRRiCevPCtQ2mUPmSsJjgXhxzmSlxINAHiWI-pYXrXNONbZ1_7rhdecU6GRsfH5vIMyLJx7ph1KP6mOjoHSSwnKKXCMJe7mHx0EG5gxo0w5EMXw-LSyuqzRSSoxlcGwKtoIptvCEZXYfgb1DILSfuJvVxHcYJMl74/s848/429362453_1061368131603159_9117902566625747491_n.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="848" data-original-width="720" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfN4sVkTs7Vs37P7K5EonMl3sQOMFRRiCevPCtQ2mUPmSsJjgXhxzmSlxINAHiWI-pYXrXNONbZ1_7rhdecU6GRsfH5vIMyLJx7ph1KP6mOjoHSSwnKKXCMJe7mHx0EG5gxo0w5EMXw-LSyuqzRSSoxlcGwKtoIptvCEZXYfgb1DILSfuJvVxHcYJMl74/w597-h640/429362453_1061368131603159_9117902566625747491_n.jpg" width="597" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicS1Y68jRRksrMfPitDuJr2sPrmT29AJLAJpz_pOb0O0oqnBEZwoVgToJvqiwAbxYcWKzck-UniXwGlhEaOZvlEUD3Pj7F4Ov51MbqvT41H8z2ZyjD8IbE6soIk_EMOcwZ7EBME8J0_V77TOTT154SxZ9O3-Y_KZjp7Dx7zGNWd8Cnd4_iEDDZSfkvcB8/s906/429342301_1401760137212730_7728133528628661104_n.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="906" data-original-width="720" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicS1Y68jRRksrMfPitDuJr2sPrmT29AJLAJpz_pOb0O0oqnBEZwoVgToJvqiwAbxYcWKzck-UniXwGlhEaOZvlEUD3Pj7F4Ov51MbqvT41H8z2ZyjD8IbE6soIk_EMOcwZ7EBME8J0_V77TOTT154SxZ9O3-Y_KZjp7Dx7zGNWd8Cnd4_iEDDZSfkvcB8/w591-h640/429342301_1401760137212730_7728133528628661104_n.jpg" width="591" /></a></div><b><div style="text-align: center;"><b><i>Sala 3 - MEGA</i></b></div><div style="text-align: center;"><b><i><br /></i></b></div></b><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXYK6gWfy_Nr4cFRSYR4Qu4KE0ElHLD5QJ9S6bT9OSzz0BSQbE0rMNsrLacBUwz1ktGSkYL1ieyL4VWgNQ2pT01HdTs5t1hG5qT96QnVxPK0uy_c25X4HdlxbNcon92NtzVuahTKk_3WjBhExyVwNSXJjnPKj8lh68WLDOap81vMITUcNIneGRKN9mIe0/s832/429351539_316525887668984_6296117807543172074_n.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="832" data-original-width="720" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXYK6gWfy_Nr4cFRSYR4Qu4KE0ElHLD5QJ9S6bT9OSzz0BSQbE0rMNsrLacBUwz1ktGSkYL1ieyL4VWgNQ2pT01HdTs5t1hG5qT96QnVxPK0uy_c25X4HdlxbNcon92NtzVuahTKk_3WjBhExyVwNSXJjnPKj8lh68WLDOap81vMITUcNIneGRKN9mIe0/w588-h640/429351539_316525887668984_6296117807543172074_n.jpg" width="588" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><i>Sala VIP (detalhe poltronas)</i></b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvc2ES4ZRH7ZRBwtaYIWiaT_Tl9hOoStUqVSkQuY3Exr34mCvXg0u-aj5op2K5hCQkps-o0s0idLrzgNC_KWSQlxzRF8VLd2g7U7Wk91S0eJU56-LK2SYLY1Invsi2asstD0c4z3ptYDliV65SHvD9y4UVd8KTID5ejEPBajPGpl3KYsHLnzyOPGYinwc/s804/429396611_951917849625915_2870614907535485275_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="804" data-original-width="720" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvc2ES4ZRH7ZRBwtaYIWiaT_Tl9hOoStUqVSkQuY3Exr34mCvXg0u-aj5op2K5hCQkps-o0s0idLrzgNC_KWSQlxzRF8VLd2g7U7Wk91S0eJU56-LK2SYLY1Invsi2asstD0c4z3ptYDliV65SHvD9y4UVd8KTID5ejEPBajPGpl3KYsHLnzyOPGYinwc/w585-h640/429396611_951917849625915_2870614907535485275_n.jpg" width="585" /></a></div></b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXtbx3U6qS5pkl3-SUxuGdpdYtoLjT5o1L7R7LpL-iHnHR2BFfXHs-0kEAd3kFN6o30URQ0r8AX7yJUUmAj1I24bFlKmnrcvGPKBJ6Y6VkmiMDfZy64_edPn4jQpVXK_BDmVJSkBJg3WBh-jZ-6sX6yBbL6mDjVQ1O6Aa_IoLCbKVVjKW4g89IGbuscGg/s831/429817076_2085835081779413_4902310516704619216_n.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="831" data-original-width="720" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXtbx3U6qS5pkl3-SUxuGdpdYtoLjT5o1L7R7LpL-iHnHR2BFfXHs-0kEAd3kFN6o30URQ0r8AX7yJUUmAj1I24bFlKmnrcvGPKBJ6Y6VkmiMDfZy64_edPn4jQpVXK_BDmVJSkBJg3WBh-jZ-6sX6yBbL6mDjVQ1O6Aa_IoLCbKVVjKW4g89IGbuscGg/w586-h640/429817076_2085835081779413_4902310516704619216_n.jpg" width="586" /></a></div><b><div style="text-align: center;"><b><i>Sala 7 - VIP</i></b></div><div style="text-align: center;"><b><i><br /></i></b></div></b><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcO2BDaaOrX6AFoZWZUDjcAFafuXXuXLnfEeo5FntHSHk09CcKPlUzdZ4Nyy3kAc1LcVwgoebmQs0i0AN-jXPluXVrQSbhTClnA2D1HfG3fTIBLXdRKfqZNAVzsE5Mug-hcDsnevvORFt7u-c1OhtFhA5nKdJ_hI2hsAKwHz_kWOoliRovMYMTTpJszyY/s817/429487252_2071814289854042_5932586171291142769_n.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="817" data-original-width="720" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcO2BDaaOrX6AFoZWZUDjcAFafuXXuXLnfEeo5FntHSHk09CcKPlUzdZ4Nyy3kAc1LcVwgoebmQs0i0AN-jXPluXVrQSbhTClnA2D1HfG3fTIBLXdRKfqZNAVzsE5Mug-hcDsnevvORFt7u-c1OhtFhA5nKdJ_hI2hsAKwHz_kWOoliRovMYMTTpJszyY/w590-h640/429487252_2071814289854042_5932586171291142769_n.jpg" width="590" /></a></div><b><div style="text-align: center;"><b><i>Imagens reproduzidas do Facebook/Aracaju Parque Shopping </i></b></div></b><p></p>ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2625257009829687987.post-54974175177132302392024-02-21T05:50:00.000-08:002024-02-21T05:50:53.239-08:00'Cine Metro', por Jane Galaxie<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhL3dHtRoecX5mVcT0DRLQ9yBuLIlwbLGTFsJgmEfyxYZzODOjuiq3lKFV28zJan9gXJfynXydm1IHyfgwJ0iFFmnupvFJZr3bGNIiG1IwOcVRihyphenhyphenUiK-PU61TrXRKG9BaSdAQiDRX2j73PVH0Ct7v8KgF15GFPGr-wCT1mVOnBJ7huBePjwVX2N6fRAyQ/s700/cine-metro.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="700" height="366" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhL3dHtRoecX5mVcT0DRLQ9yBuLIlwbLGTFsJgmEfyxYZzODOjuiq3lKFV28zJan9gXJfynXydm1IHyfgwJ0iFFmnupvFJZr3bGNIiG1IwOcVRihyphenhyphenUiK-PU61TrXRKG9BaSdAQiDRX2j73PVH0Ct7v8KgF15GFPGr-wCT1mVOnBJ7huBePjwVX2N6fRAyQ/w640-h366/cine-metro.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2Bk21OO3ulxE2hMIDrgvcPijUK2FTaL3JcJruuZ2kPVS5gIEKXj6C_dsz06chSuSnbSceIUWKMdKHQQagy89LygqAaPI6RPNN7sx3xSlmAvkt30rUb9L1RqnGgukTXs_fwpj5VGhL0PeIfWhAqk2t6bP7QvWJ_AYme0LDTpugSWQsDMCNesEKOoCXkbk/s700/cinemetro-saguao.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="386" data-original-width="700" height="352" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2Bk21OO3ulxE2hMIDrgvcPijUK2FTaL3JcJruuZ2kPVS5gIEKXj6C_dsz06chSuSnbSceIUWKMdKHQQagy89LygqAaPI6RPNN7sx3xSlmAvkt30rUb9L1RqnGgukTXs_fwpj5VGhL0PeIfWhAqk2t6bP7QvWJ_AYme0LDTpugSWQsDMCNesEKOoCXkbk/w640-h352/cinemetro-saguao.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHagBjsmpWRpqAaYdzOWlrvy1WqWKkGxL9zh1OTQjzQdQMxX3BGRYs73kWf-4tLp1sozLTF13X0L7qlafvPN0M5n1BPi_Z_Z2UPrv1tOOMXaYqUh8bQdPUAIOyHRuIdBYpAQye0MgODAq8pUAwJ64JA0GLouHChGFSMsBz_KquU2wE8U9C-Vwf-Gt7RIc/s700/cinemetro-maquina.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="391" data-original-width="700" height="358" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHagBjsmpWRpqAaYdzOWlrvy1WqWKkGxL9zh1OTQjzQdQMxX3BGRYs73kWf-4tLp1sozLTF13X0L7qlafvPN0M5n1BPi_Z_Z2UPrv1tOOMXaYqUh8bQdPUAIOyHRuIdBYpAQye0MgODAq8pUAwJ64JA0GLouHChGFSMsBz_KquU2wE8U9C-Vwf-Gt7RIc/w640-h358/cinemetro-maquina.jpg" width="640" /></a></div><p></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Cine Metro é recriado em documentário brasileiro inédito e inovador</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Publicação compartilhada do site UNIVERSORETRO, de 9 de novembro de 2021</i></b></p><h4 style="text-align: justify;"><span style="color: red;"><b><i>Cine Metro<br /></i></b><b><i>Por Jane Galaxie</i></b></span></h4><p style="text-align: justify;"><b><i>Os áureos tempos dos luxuosos cinemas de rua voltaram à realidade! Pelo menos na Realidade Virtual, porém deixando pegadas de verdade em mostras e festivais internacionais de cinema em diversos cantos do mundo por conta do seu ineditismo.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Assim se destaca “Cine Metro: Experiência Imersiva”, filme documental em realidade virtual do diretor Eduardo Calvet que transporta o espectador diretamente para a sessão de estreia do Cine Metro Passeio, realizada com muitas pompas e sofisticação em 1936, no Centro do Rio de Janeiro. O documentário já nasce, simultaneamente, clássico e inovador, uma vez que não há registros, no mundo, de outro filme documental sobre cinemas antigos produzidos em realidade virtual.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>A emocionante viagem no tempo percorre o luxuoso palácio de cinema carioca do século XX, construído pela MGM na Rua do Passeio – o primeiro a dispor de ar-condicionado na época – funcionando até 1964, sendo substituído pelo Metro-Boa Vista, e desativado em 1997. </i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Com produção da IDEOgraph e apoio do Programa de Pós-Graduação em Mídias Criativas (PPGMC), da UFRJ, depois de percorrer desde abril mostras em Portugal, Suíça, Alemanha, Inglaterra e Colômbia, a produção imersiva de quase 10 minutos acaba de ser selecionada para o BIAF, festival internacional de animação na Coréia do Sul (de 22 a 26 de outubro de 2021) – também em outubro, participará de festivais na Rússia, Hungria e Porto Rico, fechando a agenda do ano na Inglaterra, em novembro (Aesthetica Short Film Festival 2021).</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Fruto do projeto de pesquisa do Mestrado em Comunicação, “Cine Metro: Experiência Imersiva” tem o mérito de contextualizar o passado para a contemporaneidade através de uma experiência imersiva em vídeo 360º e amplamente acessível.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>A pesquisa realizada pelo diretor Eduardo Calvet baseou-se em uma coleta de vestígios consideravelmente ampla, que incluiu periódicos de grande circulação (Jornal do Brasil, Correio da Manhã, Diário Carioca, Revista Cine Arte), folhetos de programação, livros, artigos, dissertações e teses acadêmicas, sites e também visitas ao edifício que efetivamente abrigou o cinema. A pesquisa também se baseou em relatos orais, já que boa parte das informações sobre o interior do prédio – como cores e texturas – foram encontradas a partir da memória de frequentadores da época.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>A partir de fotografias e modelos originais, foi possível reconstruir, com muita fidelidade e apuro técnico, a experiência única de se frequentar o Cine Metro Passeio dos anos 30: o contraste das fontes na marquise, as formas decorativas do foyer no estilo D. João V, os refinados traços do mobiliário, a proporção volumétrica e curvatura da grande sala de exibição, os detalhes de iluminação, a distribuição da plateia em níveis, a tonalidade das poltronas e a diferença de ruído entre a rua e a poltrona.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Em termos sonoros, o espectador pode ouvir elementos importantes de espacialização com o respectivo cálculo de proximidade e movimento de cabeça do observador: as então inovadoras luzes em neon na parte externa do imponente edifício, o gongo, o som característico dos projetores e os múltiplos elementos de cada ambiente.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Vale ressaltar que salas de exibição cinematográfica foram os espaços de maior difusão artística e cultural do século XX. De sua incipiente origem em 1888 até seu domínio cem anos depois, a sétima arte evoluiu mobilizando recursos humanos e materiais em proporções inimagináveis ao meio cultural dos anos 1900.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Tão importante quanto o filme projetado, a ambiência criada pelo espaço físico de exibição era extremamente valiosa: o conforto dos assentos, a plasticidade dos contornos arquitetônicos, o refinamento da decoração, a maciez dos carpetes, o isolamento acústico impecável.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Tais requisitos faziam da visita aos cinemas não apenas uma supressão do desejo pela obra, e sim um evento social atrelado ao próprio ritual de expectação, uma experiência sensorial apuradíssima, que teve seu primeiro auge brasileiro exatamente no final dos anos 1930, com espaços como o Cine Metro, conhecidos como “palácios cinematográficos” (movie palaces).</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Sobre o filme</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>O filme documental de Calvet busca reproduzir, com a máxima fidelidade nos detalhes, a sessão de estreia deste cinema icônico, em 1936, com o filme “O Grande Motim”, com Clark Gable no elenco. Através de trechos de jornais e revistas da época, foram criados os textos de locução, cuja versão em inglês, inclusive, baseou-se em publicações americanas que noticiaram a inauguração do Cine Metro, como os periódicos Variety e Motion Picture Herald, dentre outros.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Por conta da escassez de documentos e registros oficiais, a reconstrução tridimensional e todo o cálculo do espaço interno foram formulados a partir de detalhada observação das fotos, a geometria das imagens, a proporção dos elementos dispostos e a planta baixa, conseguindo alcançar um resultado com a configuração original mais provável.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Os espaços reconstituídos foram modelados em altíssima resolução com mais de 25 milhões de polígonos no modelo 3D, somando os quatro ambientes do cinema: área externa, sala de exibição, antessala e sala de projeção – utilizava-se, na época, quatro projetores, no mínimo, para atender às limitações tecnológicas (os filmes vinham em rolos, havia também a necessidade de um projetor reserva e outro para a exibição dos slides dos anúncios e “trailers” prévios de cada exibição).</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Comentário do Diretor</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>“Ainda que acontecimentos passados não possam ser revisitados de forma ativa, as ferramentas exploradas em “Cine Metro: Experiência Imersiva” nos transportam para momentos indeléveis da vida social de uma geração: hábitos, costumes e dinâmicas”, comenta Calvet.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>“Pistas preciosas, de valor inestimável na pavimentação do caminho de quem somos hoje enquanto sociedade… se não é possível viajar no tempo, pelo menos podemos reconstruir em realidade virtual um mosaico digital de fragmentos de nossa herança cultural, que pode trazer subsídios poderosos e proporcionar um verdadeiro legado para as gerações futuras”, conclui.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Texto e imagens reproduzidos do site: universoretro com br</i></b></p>
<div style="text-align: center;"><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/2Uu5rcq2P0E?si=tUxeCjZ3xYK6DSNm" title="YouTube video player" width="560"></iframe></div>ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2625257009829687987.post-24136912847785849152024-02-21T05:10:00.000-08:002024-02-21T05:10:13.911-08:00Em livro, a memória dos cinemas de rua da Tijuca, hoje extintos<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGq97CTRTbhY-AawxFZdmL_Fj-Y6lHdlA2F2JtKPVF2Q-8kcyq2p3GHHRu7din5A0YfLzvshpeiJezc55DNSMMnwhjmytmwVy_jF3md31aAqLnPnuIlV02DumSc5ZbIJZEdEkHIntpTNVK7KUF99Z8hqnd9xC6_cEMzWQlsppMqtr4Yil08JYTyVvLH9M/s1086/Cine-Tijuca.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="652" data-original-width="1086" height="384" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGq97CTRTbhY-AawxFZdmL_Fj-Y6lHdlA2F2JtKPVF2Q-8kcyq2p3GHHRu7din5A0YfLzvshpeiJezc55DNSMMnwhjmytmwVy_jF3md31aAqLnPnuIlV02DumSc5ZbIJZEdEkHIntpTNVK7KUF99Z8hqnd9xC6_cEMzWQlsppMqtr4Yil08JYTyVvLH9M/w640-h384/Cine-Tijuca.jpg" width="640" /></a></div><p></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Foto: Cine Tijuca</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Publicação compartilhado do site do jornal O GLOBO, de 8 de fevereiro de 2010</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i><span style="color: red;">Em livro, a memória dos cinemas de rua da Tijuca, hoje extintos</span></i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Por Rodrigo Fonseca </i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>RIO - Restaram apenas recordações e um livro, o recém-lançado "A segunda Cinelândia carioca - cinemas, sociabilidade e memória na Tijuca" (editora Multifoco), de Talitha Ferraz, para relembrar um dos maiores polos exibidores do Rio Janeiro. Entre 1907 e 1999, 42 salas passaram por um perímetro que engloba as ruas Conde de Bonfim, Major Ávila, Desembargador Isidro, Mariz e Barros e Haddock Lobo, a Avenida Maracanã e a Praça Saens Peña, que virou tema do longa-metragem homônimo de Vinícius Reis, lançado em dezembro. Alguns sumiram rápido, feito o Osaka, que abriu as portas em 1973 e fechou em 1975. Outros, duraram décadas, como o agigantado Olinda, de 3.500 lugares, que funcionou de 1940 a 1972. Hoje, sobraram as seis salas do Kinoplex Tijuca, que, apenas entre os dias 1 e 31 de janeiro, somaram 114.000 espectadores. Em 2009, passaram pelo complexo 850.000 pagantes - público que justificaria maior oferta de cinemas no bairro.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>- Ao todo, contando os cinemas principais da área, podemos falar em cerca de dez mil poltronas, número que assusta ao compararmos ao que a Tijuca oferece hoje no Kinoplex, 1.810 lugares apenas - diz a jornalista e doutoranda pela Escola de Comunicação da UFRJ Talitha Ferraz, de 27 anos, que vive na Tijuca desde os 10.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Em seu livro, ela mapeia o que aconteceu com cada um dos cinemas da região. Ainda existem resquícios do passado. A galeria onde ficava o Tijuca 1 e 2, que originalmente era o cine Eskye, hoje ostenta um muro coberto por cartazes de filmes, indo de "O assalto ao trem pagador" a "Gallipoli", com Mel Gibson. Igrejas agora ocupam o solo sagrado (para cinéfilos) onde ficavam o Cinema III, o Britânia e o Carioca, considerado uma pérola do art déco brasileiro. Em suas paredes, o reclame "Cinema é a maior diversão" deu lugar a "Jejum das causas impossíveis". Já o pequenino Bruni deu vez a um laboratório.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>- Escrevi "A segunda Cinelândia carioca" como uma crítica à desvitalização do espaço cultural urbano. Eu cresci acompanhando o desaparecimento das casas de exibição do bairro. As salas de cinema antes eram componentes das calçadas. Agora, elas são um brinde a quem vai consumir em um shopping - diz Talitha.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Quem parar pela Saens Peña para comprar uma aspirina, xarope ou mesmo um xampu na maior drogaria da praça vai se deparar com a fachada outrora pertencente ao América, que inchava de pagantes na década de 1980, exibindo as peripécias do James Bond Roger Moore em "007 contra Octopussy" (1983). Steven Seagal foi o último grande herói de ação a lotar as poltronas da sala com o thriller "A força em alerta", em 1992.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>- Há controvérsias em relação à data certa de inauguração do América. Uns apontam para 1915; outros, 1916; e outros, para 1918. No terreno, antes da construção do prédio, bem no início do século passado, por volta de 1910, havia uma espécie de galpão, dos exibidores Irmãos Labanca, que desabou matando pessoas - conta Talitha.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Calças de moletom, camisetas regata e shortinhos de lycra hoje são vendidos no terreno onde ficava o Metro Tijuca, aberto em outubro de 1941, exibindo "Andy Hardy milionário", com Mickey Rooney, e fechado em 1977. <span style="color: red;">Construída por um ex-projecionista, o hoje delegado Ivo Raposo, uma réplica dele, chamada Centímetro, virou pouso obrigatório na rota turística do Sul fluminense, funcionando na pequena Conservatória, a cidade da seresta.</span></i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i><span style="color: red;">- Fui projecionista no cine Santo Afonso (na Rua Barão de Mesquita) e no Bruni da Saens Peña. Mas eu era alucinado mesmo pelo Metro. No passado, a programação do cinema mudava às quintas-feiras. Toda quinta, eu saía da escola e ia para lá, aproveitar a primeira sessão, desde que a censura permitisse. No primeiro domingo de cada mês, tinha matinê "Tom & Jerry", às 10h e às 11h - diz Raposo, que levou o acervo do Metro para Conservatória, incluindo lustres, tapetes e urna de bilhetes. - O projecionista do Olinda, hoje com 85 anos, já esteve com a gente no Centímetro. É preciso preservar a memória do cinema.</span></i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Morando na Tijuca desde 1973, o professor de português Antônio Manuel Lopes Amaral, de 47 anos, dono de uma das maiores coleções de arquivos sobre cinema do Rio, guarda memórias pitorescas das salas exibidoras de sua infância e juventude:</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>- Um morcego viveu anos a fio num cantinho da tela do América.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Texto e imagem reproduzidos do site: oglobo globo com</i></b></p>ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2625257009829687987.post-36797227190453141802024-02-21T04:49:00.000-08:002024-02-21T04:49:22.385-08:00'Cine Piratininga', por Douglas Nascimento <p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsJBX5vLonUh2_31k9F3ETmu_g3veDexUwUaCynwC5RAvQJDJyS5OSwzwT3GTRd0Il-bDwHOUZU7UkTF-VL-9TSJttfeBL9ine8UdtXbJT-r5lQqPBuryGSYViQ3DAWviRkVHz_sStuh51QbP2kXjA2N41Gi9GPswRxqXMb_sONZ37ALpOq7uDjzZ-bZ8/s770/cinepiratininga_2k19-03x.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="556" data-original-width="770" height="462" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsJBX5vLonUh2_31k9F3ETmu_g3veDexUwUaCynwC5RAvQJDJyS5OSwzwT3GTRd0Il-bDwHOUZU7UkTF-VL-9TSJttfeBL9ine8UdtXbJT-r5lQqPBuryGSYViQ3DAWviRkVHz_sStuh51QbP2kXjA2N41Gi9GPswRxqXMb_sONZ37ALpOq7uDjzZ-bZ8/w640-h462/cinepiratininga_2k19-03x.jpg" width="640" /></a></div><b><div style="text-align: center;"><b><i>Foto do Cine Piratininga na década de 1940</i></b></div><div style="text-align: center;"><b><i><br /></i></b></div></b><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgY-NY4uI-Tu3uNf_hV6157SaePsYBKL_p2r1S556fHYsDPd8nXosLW4gjy_85BcTETEKu7AUB3bjd3e9V4HKYD5tk4_n41eguKvihII4Oq9HcyhP3bjTfYHVnE0hEzuB-Y823a5q8EfVOFk82yXJsOviO2SEPwCLNVHHsZEcX3qQWdnuvV09fb_VXQBJA/s770/cinepiratininga_2k19-02.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="527" data-original-width="770" height="438" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgY-NY4uI-Tu3uNf_hV6157SaePsYBKL_p2r1S556fHYsDPd8nXosLW4gjy_85BcTETEKu7AUB3bjd3e9V4HKYD5tk4_n41eguKvihII4Oq9HcyhP3bjTfYHVnE0hEzuB-Y823a5q8EfVOFk82yXJsOviO2SEPwCLNVHHsZEcX3qQWdnuvV09fb_VXQBJA/w640-h438/cinepiratininga_2k19-02.jpg" width="640" /></a></div><p></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Legenda da foto: Década de 70 já como estacionamento</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Publicação compartilhada do site SÃO PAULO ANTIGA, de 30 de janeiro de 2008 </i></b></p><h4 style="text-align: justify;"><b><i><span style="color: red;">Cine Piratininga<br /></span></i></b><b><i><span style="color: red;">Por Douglas Nascimento *</span></i></b></h4><p style="text-align: justify;"><b><i>Houve uma época em que ir ao cinema era um acontecimento muito diferente do que é hoje. Quando a TV ainda não existia ou ainda era um artigo de luxo nas residências e aparelhos de DVD ou mesmo streaming eram coisas de ficção-científica, as salas de cinema eram a grande diversão.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Pessoas frequentavam cinema para assistir desenhos, episódios do Tarzan e, claro, longa metragens. E foi na primeira metade do século XX que São Paulo teve o auge de suas salas de cinema, onde especialmente em bairros populares como o Brás existiam inúmeras salas de cinema, as quais atualmente não resta mais nenhuma funcionando. E é sobre uma destas salas que falarei, o Cine Piratininga:</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Ao se falar de Cine Piratininga é preciso antes explicar que no mesmo quarteirão houveram em períodos distintos duas salas com esta denominação. A primeira, inaugurada em 1910, ficava na rua com o mesmo nome e foi criada por Fernando Taddeo um heróico desbravador de salas de cinema em São Paulo e não durou tanto tempo por inúmeros problemas estruturais. A outra sala, destaque deste artigo, está na Avenida Rangel Pestana.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Construído na década de 1940 com projeto arquitetônico do fantástico Rino Levi, o cinema fica sob edifício homônimo e ocupa um local que outrora foram dois outros cinemas menores, Mafalda e Brás-Bijou. Era uma sala gigantesca e luxuosa que orgulhava-se poder acomodar com conforto cerca de 5000 mil pessoas o que fazia dele o maior cinema do Brasil e com toda certeza um dos maiores da América Latina.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>O Cine Piratininga foi um local onde muitos dos moradores do Brás frequentavam quase todos os finais de semana e não era raro estar completamente lotado.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Ao redor do cinema um fabuloso comércio se sustentava com lojas, padarias, teatros, hotéis e hospedarias, além da estação de trem do Brás (ex-Roosevelt) que é bastante próxima. O Piratininga marcou sua época, fez história, e como quase tudo que é do passado paulistano foi sendo esquecido até desaparecer por completo.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Década de 70 já como estacionamento</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>As atividades do Cine Piratininga encerraram em meados da década de 1970, quando já em franco processo de decadência a sala não atraia espectadores. Em decorrência virou um estacionamento que existe até hoje.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Que a decadência do Brás e seu entorno foi um processo fatal e irreversível todos sabemos, as razões são muitas e os responsáveis também, mas algo poderia ser feito para preservar o antigo patrimônio histórico da região que é riquíssimo e que está, no pouco que ainda existe, caindo aos pedaços.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Em 2005 organizei um passeio fotográfico pelo Brás e Belenzinho que partia da Vila Maria Zélia e terminava na feira da Cantuta – conhecida também como feira boliviana – no Canindé e, quase no final do passeio, chegamos ao que restava do cine Piratininga.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Pedi ao funcionário da empresa de estacionamento que me deixasse fotografar o local por dentro o que não foi permitido, mesmo assim fotografei a fachada do prédio e dias depois voltei por lá e estacionei meu carro sendo assim foi possível tirar uma fotografia de dentro, sem ser notado.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>É impressionante como aquilo se deteriorou, na foto do início do artigo já faltava uma letra, ficando “PIRATININ A”, e a infiltração na marquise da antiga entrada do cinema já merecia uma interdição da prefeitura porém, mesmo assim, a fachada que restava trazia uma certa nostalgia a região, especialmente aos mais antigos e saudosos e admiradores da região como eu.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Disse “lembrava” acima porque as letras de concreto que ficavam na fachada histórica não está mais lá, foi removida. A alegação de um dos responsáveis pelo estacionamento foi o receio de uma multa pela Lei Cidade Limpa, o que é improvável já que inscrição fazia parte do projeto original da marquise. Vejam na imagem abaixo como está agora:</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>É realmente muito entristecedor saber que em nossa cidade são escassos os movimentos em favor de nosso patrimônio histórico e cultural. É até compreensível o cinema ter virado um estacionamento, mas é inaceitável a remoção do letreiro de concreto, um ato de pura ignorância.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>--------------------------------</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>DADOS DO CINE PIRATININGA:</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Inauguração: 26/03/1943</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Arquiteto: Rino Levi</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Localização: Avenida Rangel Pestana, 1540 – Brás</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Exibidor: Serrador</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Capacidade total: 4313 lugares – Sendo 2607 na plateia, 1706 no balcão e nas frisas</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>--------------------------------</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>* Douglas Nascimento - Jornalista, fotógrafo e pesquisador independente, é presidente do Instituto São Paulo Antiga e membro do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo (IHGSP).</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Texto e imagens reproduzidos do site: saopauloantiga com br</i></b></p>ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2625257009829687987.post-35613839355709107392024-02-21T04:31:00.000-08:002024-02-21T04:31:09.311-08:00Por causa de Retratos Fantasmas...<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj93Uz5oybr6cVrUlRNi8dJbCiOiK3D7Y5002CExKH7dHVOlQQr3vV705ox9JPa02SOQtJ5CPjcmIBHm1uvtRtmuJ6845vySta-eGOrWQovNPnKbrPEaA2gj7mohUh91KqyIi6n30Xh0n6Xhgr6LJFXndRuHvhHfnL_w0onPgOfmPsPL4g_0WUqm8zltvg/s640/Cine-Rex.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="480" data-original-width="640" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj93Uz5oybr6cVrUlRNi8dJbCiOiK3D7Y5002CExKH7dHVOlQQr3vV705ox9JPa02SOQtJ5CPjcmIBHm1uvtRtmuJ6845vySta-eGOrWQovNPnKbrPEaA2gj7mohUh91KqyIi6n30Xh0n6Xhgr6LJFXndRuHvhHfnL_w0onPgOfmPsPL4g_0WUqm8zltvg/w640-h480/Cine-Rex.jpg" width="640" /></a></div><p></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Trecho de artigo compartilhado do site JORNAL DA PARAIBA, de 22/08/2023</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i><span style="color: red;">Por causa de Retratos Fantasmas, vamos passear pelos velhos cinemas de rua de João Pessoa?</span></i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Retratos Fantasmas, o novo filme de Kleber Mendonça Filho, me leva agora a um conjunto de fotografias feitas numa tarde de domingo do ano de 1997. Naquele dia de 26 anos atrás, fiz um passeio por João Pessoa para ver o que restava dos velhos cinemas de rua e fui fotografado diante de cada um deles. Como o filme de Kleber trata dos cinemas de rua do Recife...</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Atualmente, João Pessoa tem mais de duas dezenas de salas de exibição, distribuídas em quatro shoppings e no Espaço Cultural. São bem instaladas, confortáveis, boa qualidade de áudio e vídeo, equipamentos modernos, mas seguem um padrão que as torna muito parecidas, frias, não personalizadas, sem uma assinatura. E, entre elas, não há mais nenhum cinema de rua.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i><span style="color: red;">No tempo dos cinemas de rua (a foto principal é do majestoso Cine Rex), a gente conhecia o exibidor, o gerente, o bilheteiro, o porteiro, o projecionista, o cara da lanterninha, o funcionário que trocava o letreiro no fim da noite, até o fiscal de menores, que era uma preocupação de quem queria burlar a classificação etária.</span></i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Não é nostalgia, é somente constatação: os cinemas de rua são de um tempo em que a relação das pessoas com o cinema era diferente da que temos hoje. Só sabe mesmo quem foi contemporâneo e frequentou essas casas exibidoras. Retratos Fantasmas nos transporta por uma extraordinária viagem sentimental...</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Texto e imagem reeproduzidos do site: jornaldaparaiba com br</i></b></p>ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2625257009829687987.post-58862141800592644972024-02-18T04:06:00.000-08:002024-02-18T04:06:51.129-08:00Cine Penedo reabre após mais de 40 anos...<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgUX7-pRTiXL-oTDFGIyDs7SgIfCMajmwqf_Jh62cimQUREbR1MFYmLxAAneOOUgecprIESSSSVpIQLFXIphKGQ7zy6og9-YgvPXRb2lsPRQN3qpc7aRTpX1FRTyKXeZ2nDbdown0x4-ZUWEcPmLOIVjG8xQvKrZbuLnyVfBY4_jkaN59j4OH2PWGs5F0/s748/WhatsApp_Image_2023-11-13_at_15.56.52.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="545" data-original-width="748" height="466" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgUX7-pRTiXL-oTDFGIyDs7SgIfCMajmwqf_Jh62cimQUREbR1MFYmLxAAneOOUgecprIESSSSVpIQLFXIphKGQ7zy6og9-YgvPXRb2lsPRQN3qpc7aRTpX1FRTyKXeZ2nDbdown0x4-ZUWEcPmLOIVjG8xQvKrZbuLnyVfBY4_jkaN59j4OH2PWGs5F0/w640-h466/WhatsApp_Image_2023-11-13_at_15.56.52.jpeg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjoWAniODw9mQ-i92YeacuJGfXkEFypaCg7rpg4Y9NMVoc6L3k-SQpmUflMBNOYxDK-4421yBdyFDZbUu18uoTJQQ1m_eqKO1tbrOC-XwI_Z1UoSjVJ_2E7h-Ayk1bX1REV2ZLc7MZPuuDmhrJ-1dyBBh7S5amv7MFvVD0oDfCL3M0mDAYFFds3TUTqnXs/s747/WhatsApp_Image_2023-11-13_at_16.00.29.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="543" data-original-width="747" height="466" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjoWAniODw9mQ-i92YeacuJGfXkEFypaCg7rpg4Y9NMVoc6L3k-SQpmUflMBNOYxDK-4421yBdyFDZbUu18uoTJQQ1m_eqKO1tbrOC-XwI_Z1UoSjVJ_2E7h-Ayk1bX1REV2ZLc7MZPuuDmhrJ-1dyBBh7S5amv7MFvVD0oDfCL3M0mDAYFFds3TUTqnXs/w640-h466/WhatsApp_Image_2023-11-13_at_16.00.29.jpeg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi89Qgo_vggtaYp4AzPLPYiN5fVSrmpPyl2rQK_v_OvhlN2-xwlAJUWnppb1_5VEmfXrui5PuvpsVe4IJ6lYeGy4Q6eKbCzkCdKMDoxc2UIUA1P6oytBzxoDql-WxK4gW08Y5dxgtnMNCelJEThyBfgkPGV9QbvdaWgb59EmPOOLgPtrwItTNiRRTBWm8o/s1600/cine-penedo-2023-1.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1066" data-original-width="1600" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi89Qgo_vggtaYp4AzPLPYiN5fVSrmpPyl2rQK_v_OvhlN2-xwlAJUWnppb1_5VEmfXrui5PuvpsVe4IJ6lYeGy4Q6eKbCzkCdKMDoxc2UIUA1P6oytBzxoDql-WxK4gW08Y5dxgtnMNCelJEThyBfgkPGV9QbvdaWgb59EmPOOLgPtrwItTNiRRTBWm8o/w640-h426/cine-penedo-2023-1.jpeg" width="640" /></a></div><p></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Cine Penedo - 40 anos fechado - Foto: Reprodução</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Publicação compartilhada do site GAZETAWEB, de 13 de novembro de 2023 </i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i><span style="color: red;">Cine Penedo reabre após mais de 40 anos; relembre a história do local</span></i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Reinauguração ocorre nesta segunda-feira (13), durante o 13º Circuito Penedo de Cinema; Ufal promete movimentar o local</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Por Igor Lima</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Eram 630 lugares, uma tela 10x5 e duas máquinas alemãs da marca Bauer para projeção. Na época, o local era referência no ramo cinematográfico de Alagoas e até do País. Fundado em 1958, o Cine Penedo, que inicialmente se chamava Cinema São Francisco, exibiu filmes até o seu fechamento, na década de 1980. Agora, 40 anos depois, o local será reaberto como um espaço cultural administrado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal). A inauguração integra a abertura da 13ª edição do Circuito Penedo de Cinema, que ocorre entre 13 e 19 de novembro, na cidade ribeirinha.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Com mais de três décadas em atividade, a programação era simples: duas sessões durante a semana e três no fim de semana. Segundo José Luís Passos, ex-operador cinematográfico do Cine Penedo, ‘’o domingo era um dia clássico, só exibia CinemaScope, que era tela grande’’. José Passos trabalhou no Cine Penedo por três anos e entendia tanto das máquinas de projeção holandesas, da época do Cinema São Francisco, quanto das alemãs, adquiridas pelo segundo proprietário do cinema, Odijas Gomes de Souza.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Após a exibição do último filme, em meados da década de 80, o prédio do cinema foi abandonado até ser adquirido pelo Iphan- Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional -, sendo cedido à UFAL, que planejava estimular a produção audiovisual na cidade. Depois do fechamento do cinema, todo o maquinário foi doado para a Fundação Casa de Penedo, um museu que preserva a história da cidade ribeirinha e de seus habitantes. A Fundação possui um acervo de diversos itens mobiliários, estatuários, iconográficos e outros objetos que representam a cultura de Penedo.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Em 2020, através de um analista do banco BNDES, foi confirmada a aprovação da instituição federal para patrocinar a restauração do Cine Penedo. Agora, na divulgação do 13° Circuito Penedo de Cinema, foi revelada a data para o grande retorno deste espaço cultural histórico: 13 de novembro de 2023.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>REDE DE CIDADES CRIATIVAS</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>No dia 31 de outubro deste ano, a cidade de Penedo entrou na Rede de Cidades Criativas da Unesco - Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. Sérgio Onofre, coordenador geral do Circuito Penedo de Cinema lembra das mais diversas instituições que atuaram para a aquisição deste selo de reconhecimento mundial:</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>"Houve todo um esforço de várias pessoas, de várias instituições, da prefeitura, das secretarias, etc.’’. Sérgio também vê essa vitória como mais uma responsabilidade da cidade. "Esse selo, além de um reconhecimento, traz uma carga de responsabilidade e de comprometimento muito grande, porque além de mostrar o que a cidade tinha no ato de inscrição, nós apresentamos o que é que nós estávamos propondo para o futuro, em relação às artes criativas".</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>A reinauguração faz parte da 13ª edição do Circuito Penedo de Cinema, que teve início no próprio Cine Penedo, com cerimônia seguida pela exibição do longa-metragem “Retratos Fantasmas”, de Kleber Mendonça Filho. Essa reinauguração é um marco histórico na cidade e no Estado, e contará com a visita de diversos artistas durante todo o circuito, como Camila Morgado (Olga), Antônio Pitanga (O Pagador de Promessas), Buda Lira (Cangaço Novo), Ângelo Fernandes (Mussum), Danny Barbosa (Bacurau), entre outros.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Além da sala totalmente revitalizada, com 144 cadeiras e uma tela de 8x5 metros, a reabertura do Cine Penedo promete trazer novidades no campo de ensino das artes. A promessa é apresentar uma nova escola de cinema, música e artes em geral, que funcionará nos prédios adjacentes ao cinema.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>* Estagiário sob supervisão da editoria de Cultura</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Texto e imagens reproduzidos do site: www gazetaweb com</i></b></p>ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2625257009829687987.post-61501226167664948342024-02-17T04:55:00.000-08:002024-02-17T10:04:26.505-08:00Experiências em cinemas de rua de BH<p style="text-align: justify;"><b><i>Artigo compartilhado do site UAI, de 24 de junho de 2012 </i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Relatos de jornalistas do Estado de Minas sobre suas experiências em cinemas de rua de BH</i></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqoem3Yyg40lVeG5Xe3JuL_J9Y2vTrewr4I0Cs34KrD8H8XRavKcq5CiaYhVfuseQav9WH72bq6Hvq64idmDw6LKqK-ZN15ZKhPXHBnIGg7stH_OkL8e79tRD6z1DBo7iNtq_zFdjzPzO6Not8mtNuPOR3RsEaXFOX3FSvjA7QingQl6vuJSx79labkL4/s310/20120624094716205.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><b><i><img border="0" data-original-height="310" data-original-width="248" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqoem3Yyg40lVeG5Xe3JuL_J9Y2vTrewr4I0Cs34KrD8H8XRavKcq5CiaYhVfuseQav9WH72bq6Hvq64idmDw6LKqK-ZN15ZKhPXHBnIGg7stH_OkL8e79tRD6z1DBo7iNtq_zFdjzPzO6Not8mtNuPOR3RsEaXFOX3FSvjA7QingQl6vuJSx79labkL4/w512-h640/20120624094716205.jpg" width="512" /></i></b></a></div><p style="text-align: center;"><b><i>Foto: Pedro Graeff/Arquivo EM</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Filme com final triste João Bosco Martins Salles O prédio era um dos mais importantes da escola art déco de Belo Horizonte, com revestimento interno em mármore negro, verde e bege. A fachada era de pó de mármore. A imponência do Cine Metrópole impressionava quem passava pela Rua da Bahia e se deparava com o que é hoje um monstrengo que abriga uma agência bancária. Bons tempos aqueles em que depois das matinês das tardes de sábado ia-se à Confeitaria Suíça, quase na esquina da Afonso Pena, para comprar a bala beijinho. O cinema tinha três andares, com ampla sala de espera no segundo pavimento, com poltronas e sofás de couro negro, e balcões no terceiro. As portas eram de ferro batido com aplicações de metal dourado, que davam um ar de nobreza naquele prédio onde era exibido o melhor da produção da sétima arte, numa região com traços ainda boêmios da cidade. Um dia, sem mais nem menos, a população de BH foi surpreendida com a notícia de que o lendário Cine Metrópole fecharia as portas para dar lugar a uma agência bancária. Naqueles tempos de ditadura, a sociedade civil não era tão organizada, mas houve um esboço de reação. De nada adiantaram os protestos de artistas, intelectuais e amantes da história de BH, tímidos, não há como negar. O Metrópole ficou apenas na memória de quem viveu aquela época.</i></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijZsVVg0VIhAfSkQ8pIFquUBeC9rb3QCGXnUMD-4UF0OFql97gdTl9ACPul7cC7NiCvHyf6q5JYr1fzC6og1_Lf6YxV6zBU9Jzcrv70BTiGW38Bcsgqy4bAHIP3HWyyvI-ISkHVxa9LIqDxUgtFAhKn81AFfrblux0q4kri8akLUcrcSFUgx0dDknfyR4/s310/20120624094722594.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><b><i><img border="0" data-original-height="310" data-original-width="248" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijZsVVg0VIhAfSkQ8pIFquUBeC9rb3QCGXnUMD-4UF0OFql97gdTl9ACPul7cC7NiCvHyf6q5JYr1fzC6og1_Lf6YxV6zBU9Jzcrv70BTiGW38Bcsgqy4bAHIP3HWyyvI-ISkHVxa9LIqDxUgtFAhKn81AFfrblux0q4kri8akLUcrcSFUgx0dDknfyR4/w512-h640/20120624094722594.jpg" width="512" /></i></b></a></div><p style="text-align: center;"><b><i>Foto: Eustaquio Soares/EM/D.A Press</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Emoção e terror Ângela Faria O primeiro Tubarão, a gente nunca esquece. Sensação em 1975, o filme de Steven Spielberg provocou sustos, aflição e até lágrimas no Cine Palladium – a megassala da Rua Rio de Janeiro. Na sessão daquela longínqua tarde, 1,3 mil adolescentes berraram a valer durante as horripilantes “refeições” do monstro dos mares. Nunca duas míseras notas – marca daquela musiquinha inesquecível – espalharam tanto terror... Grande John Williams, autor de trilhas memoráveis. Mas aterrorizador, mesmo, foi “digerir” o fechamento do belo cinema e de seu gigantesco hall, em 1999. Lá estava BH novamente de luto, depois do estúpido assassinato do Cine Metrópole. Ainda bem que o Sesc não deixou o velho Palladium virar supermercado, igreja ou estacionamento. Ok, a megassala já não é monopólio do cinema. Mas ela deu origem a amplo complexo cultural, onde funciona o espaço com 82 lugares dedicado a curtas, médias e longas. Ele foi providencialmente batizado com o nome do saudoso professor José Tavares de Barros, o cinéfilo que ensinou muita gente a compreender a sétima arte. </i></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5eA5iUxdA1uoleWqUd87KjcS5oFB3jj2v4dDB837n0WYjh40pJNWaBhaDCpfRkWNO3h3xr98afjasy8-7-yOFl6yKXCCT4lfBl7pFb8UVM5CmcG4VxkbMG8iz6FZvjyyVm__eerSf0IhFH2s3G_pAXRJwVeoBepX-n8fAUVw4OpJQke3aKB4N8RzB0T8/s310/20120624094846939.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><b><i><img border="0" data-original-height="310" data-original-width="248" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5eA5iUxdA1uoleWqUd87KjcS5oFB3jj2v4dDB837n0WYjh40pJNWaBhaDCpfRkWNO3h3xr98afjasy8-7-yOFl6yKXCCT4lfBl7pFb8UVM5CmcG4VxkbMG8iz6FZvjyyVm__eerSf0IhFH2s3G_pAXRJwVeoBepX-n8fAUVw4OpJQke3aKB4N8RzB0T8/w512-h640/20120624094846939.jpg" width="512" /></i></b></a></div><p style="text-align: center;"><b><i>Foto: Pedro Graeff/EM. Brasil</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Guerra sem beijo Arnaldo Viana A primeira vez que levei uma namorada ao cinema foi ao Candelária, em 1970, na Praça Raul Soares. O filme, Os 12 condenados. Uma história maluca, dirigida por Robert Aldrich, de um major norte-americano (Lee Marvin) que reúne 12 sentenciados para uma missão suicida atrás das linhas alemãs, na Europa, pouco antes do fim da Segunda Guerra Mundial. A garota resistiu ao convite: “Filme de guerra? Matança? Vamos ver algo mais romântico”. Insisti. “O cinema é bacana. As poltronas são confortáveis. Têm duas posições. Além disso, o Trini Lopez está na fita. Quem sabe ele não canta América ou La bamba para agitar o cinema?” E lá fomos. Descemos do ônibus na Rua dos Caetés e subimos a Avenida Amazonas no início da tarde de um domingo ensolarado. Eu não pensava apenas no filme, mas também no beijo molhado da namorada no escurinho do cinema. Pedro Jiminez, o personagem do Trini Lopez, morre logo no início da aventura: solta-se de uma corda na descida de um penhasco. Nem sei se ele cantou alguma coisa até então. O resto da fita, de duas horas e meia de duração, foram só tiros e explosões. E como matou alemão o tal de Telly Savalas! Ao meu lado, amuada com a morte do Jiminez e diante de toda aquele violência, a namorada. Sabe o beijinho molhado? Espero até hoje. </i></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh44qz_oCyhAXEyIIJ3uT49nmSb2RDQDgavtI8rr-Xr3ffhrbDrVrdRQsMMYcc6_bukJrzkX8cMcuM8nB8_Qo7b4hIYxpyYOo307fzRf06XdYzR5StPHOwBkYkXnzNecMj_dJKUV_qAaDoReYn4YMXd-WnSn5DRpMDP1BUDqAFsONI-gLjrdWosKrc6bzM/s310/20120624095144249.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><b><i><img border="0" data-original-height="310" data-original-width="248" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh44qz_oCyhAXEyIIJ3uT49nmSb2RDQDgavtI8rr-Xr3ffhrbDrVrdRQsMMYcc6_bukJrzkX8cMcuM8nB8_Qo7b4hIYxpyYOo307fzRf06XdYzR5StPHOwBkYkXnzNecMj_dJKUV_qAaDoReYn4YMXd-WnSn5DRpMDP1BUDqAFsONI-gLjrdWosKrc6bzM/w512-h640/20120624095144249.jpg" width="512" /></i></b></a></div><p style="text-align: center;"><b><i>Foto: Arquivo EM</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Um filme à toa João Paulo Havia os filmes americanos, os europeus e as matinês. A sala não importava tanto. Podia ser majestosa, como o Palladium e o Metrópole, apertada como o Guarani e o Acaiaca, meio suspeita como o México e o Regina. Até que surge o Pathé e com ele um novo jeito de ver filmes. Sem ser um cineclube, era um espaço para produções menos comerciais e “de arte”; sem ser um cinemão, foi deixando a categoria de sala de bairro e atraindo público e filmes de qualidade. De uma hora para outra, o programa mudou: não existia nada melhor que “um filme à toa no Pathé”, como poetou Chico Amaral na canção Tão seu, do Skank. Foi lá que muita gente viu os filmes de Bergman e Antonioni pela primeira vez, mas também de Woody Allen, um diretor que é a cara de BH e do Pathé – um misto de autossuficiência e timidez. Era lugar aonde todos iam no fim do ano para pôr em dia os 10 melhores escolhidos pela crítica (filmes que também passavam no Roxy e Odeon, sem o mesmo charme). O espaço que embalava os namoros do lado de dentro e alimentava o papo-cabeça lá fora. O filme não acabava com o the end. Era o tempo em que o movimento de câmera era uma atitude política. Hoje os cinemas vendem pipoca em baldes, ninguém é de esquerda e as câmaras andam de montanha-russa. O mundo acabou. </i></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBYZoCvOwnyr_8HLKTUpxVEYBhuTlaTxEtCL5XPJnr6aeYPk7us1gwgZ7zdTI82ZKOTPOIhoaot9u9vVf1ybWb1iqTsKUae0EpP4W67LOtZakArbsywjIMYiT3H-VdoKrIxkpUO0PJUJqsaXMbvIpLGZxiiz7jaX-53-qrMLOtTR1msPS-axndoeAyqG8/s310/20120624095357328.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><b><i><img border="0" data-original-height="310" data-original-width="248" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBYZoCvOwnyr_8HLKTUpxVEYBhuTlaTxEtCL5XPJnr6aeYPk7us1gwgZ7zdTI82ZKOTPOIhoaot9u9vVf1ybWb1iqTsKUae0EpP4W67LOtZakArbsywjIMYiT3H-VdoKrIxkpUO0PJUJqsaXMbvIpLGZxiiz7jaX-53-qrMLOtTR1msPS-axndoeAyqG8/w512-h640/20120624095357328.jpg" width="512" /></i></b></a></div><p style="text-align: center;"><b><i>Foto: Arquivo EM</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Janela para o mundo Álvaro Fraga Menino criado na periferia de BH, no limite com Sabará, a mudança para Santa Tereza em 1970 me deu a chance de criar o hábito de ir ao cinema. A pouco mais de três quarteirões de casa, o velho cine do bairro, com suas desconfortáveis cadeiras de madeira e a tela com pontos de mofo, se transformou em minha diversão favorita. Era barato, era perto e era mágico. Foi sentado no meio da sala, na sessão noturna, que me encantei com ...E o ventou levou, Amarcord e 1900. E, nas tardes de domingo, cercado pela algazarra das crianças, vi muita gente tentando imitar os golpes de Bruce Lee em Operação Dragão ou os passos de John Travolta em Os embalos de sábado à noite. Ainda hoje, quando passo pela entrada do antigo Cine Santa Tereza, a lembrança de muitos filmes que vi lá ressurge. O pequeno espaço foi durante muito tempo minha janela aberta para o encantamento que persiste, mesmo passados mais de 40 anos desde a primeira vez que comprei o ingresso e a pipoca e afastei as cortinas empoeiradas da sala de exibição.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Texto e imagens reproduzidos do site: www uai com br</i></b></p>ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2625257009829687987.post-36155013374711246212024-02-16T10:17:00.000-08:002024-02-16T10:17:08.236-08:00Grande Retorno do Cine Penedo <p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEkmw42b8lgZRQ0zkJf4CgSSXfJZXZQcsy4DGpBAbmyNV8lSH9hyphenhyphenIh0Tn3BL8t0Skz_GWNJS8A9GV3ZXeIa2ZHgDNqffU-z9aTsRFhcAMZ1eMdP0bLvISkKmFZKo1915vpmbqUdE8d3LBRuM-FbziG-r3ow7jPEhzmyJAufde83kVOfeLGbppcLKvQb5Q/s1068/Cine-Penedo-1068x712.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="712" data-original-width="1068" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEkmw42b8lgZRQ0zkJf4CgSSXfJZXZQcsy4DGpBAbmyNV8lSH9hyphenhyphenIh0Tn3BL8t0Skz_GWNJS8A9GV3ZXeIa2ZHgDNqffU-z9aTsRFhcAMZ1eMdP0bLvISkKmFZKo1915vpmbqUdE8d3LBRuM-FbziG-r3ow7jPEhzmyJAufde83kVOfeLGbppcLKvQb5Q/w640-h426/Cine-Penedo-1068x712.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCwPd80PAICXQ80e4FRPa0nYl1REd64Cgq9Icj1lv3FBguvLvKjHn1_0mICQ5go1kB3LZU1D-mT-QrX2SABFRbB4IpqUs8VVtOkZEaYi5-l8tO839x3PJlyJLJV3xie4jbrA8eTuAkXLt5T0yUiWCYyRkOyRM9nYducVvjQp7CrmVatxbLemTuTkRCGrA/s1068/cine-penedo-2023-2-1068x712.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="712" data-original-width="1068" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCwPd80PAICXQ80e4FRPa0nYl1REd64Cgq9Icj1lv3FBguvLvKjHn1_0mICQ5go1kB3LZU1D-mT-QrX2SABFRbB4IpqUs8VVtOkZEaYi5-l8tO839x3PJlyJLJV3xie4jbrA8eTuAkXLt5T0yUiWCYyRkOyRM9nYducVvjQp7CrmVatxbLemTuTkRCGrA/w640-h426/cine-penedo-2023-2-1068x712.jpeg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSjomDi3VrA0T14kYjWyH35b72PmXpzQpXaNvCgzOXL_LKBuq9R6SqIFA3D72JSa7nhD7Zxezeqt57XEDwwn-LaE1SK2V7Z1LXHgvfjRAhNg0lybLPlb8dp99gjUIYfI4NRTTtY629aWa3QUQs9ZUpkdnLiAIPc1fjSKtLAWxTJqUi-mfXr8RUT5y0HuA/s1068/cine-penedo-2023-3-1068x712.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="712" data-original-width="1068" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSjomDi3VrA0T14kYjWyH35b72PmXpzQpXaNvCgzOXL_LKBuq9R6SqIFA3D72JSa7nhD7Zxezeqt57XEDwwn-LaE1SK2V7Z1LXHgvfjRAhNg0lybLPlb8dp99gjUIYfI4NRTTtY629aWa3QUQs9ZUpkdnLiAIPc1fjSKtLAWxTJqUi-mfXr8RUT5y0HuA/w640-h426/cine-penedo-2023-3-1068x712.jpeg" width="640" /></a></div><p></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Publicado originalmente no site da REVISTA ALAGOANA, de 21 de janeiro de 2024</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Após 40 anos: antigo projecionista comemora retomada das atividades do Cine Penedo</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Por: RevistaAlagoana</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Categoria: Reportagens</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Data da postagem: 21/01/2024</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Cine Penedo reabre as portas ao público, em movimento renascentista dos cinemas de rua no Brasil</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Gabriely Castelo e Raphael Medeiros</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Grande Retorno. Entre os dias 13 e 19 de novembro, o Circuito Penedo de Cinema, acontecerá em um gigante da sétima arte, que até então estava desativado. O Cine Penedo retorna ao público em grande estilo, recebendo um dos maiores festivais de cinema do mundo. A 13ª edição reaquece o crescimento dos cinemas de rua em todo país.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Com uma voz grave, já avançada, Seu José Luiz Passos, 77, carrega muita sabedoria na fala. Ele é radialista e “ex-operador cinematográfico”, como disse. Bem humorado, gente finíssima e auto-intitulado “véinho” (com muitos risos), ele conversou com a Revista Alagoana e contou detalhes dos bastidores do dia-a-dia cinematográfico de Penedo.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>“Pouca gente aqui [em Penedo] sabe o que é um filme, porque o cinema fechou em 93. De lá pra cá, quantos milhares nasceram? E não conhecem, não sabem, não viveram.” comenta seu José Luiz Passos, ex-operador cinematográfico do Cine Penedo.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Após um intervalo de 40 anos, o Cine Penedo está prestes a reabrir suas portas durante a estreia do Circuito Penedo de Cinema 2023, marcando um emocionante e importante renascimento dos cinemas de rua, em Alagoas.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Seu Luiz compartilha suas memórias da época em que o cinema era o epicentro cultural da região.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>“No final dos anos 50, nós recebíamos os filmes da capital, de Maceió, vinham em estrada de barro. O carro saía às 7, 8 horas da manhã, chegava aqui às vezes 9, 10h da noite, principalmente se fosse a época invernosa, era barro e piçarra vermelha, o carro atolava e deslizava, o povo tinha que descer, e havia um atraso”, diz seu Luiz, relembrando à época analógica.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>“O ônibus nem precisava ir para a rodoviária, já que estava atrasado.” O operador conta, com nostalgia, as histórias do tempo em que era o encarregado de buscar e exibir as películas aos penedenses.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Luiz descreve vividamente os desafios desse leva e trás, dos filmes de Maceió à Penedo, onde estradas de terra ligavam todo o caminho percorrido. Apesar das dificuldades, a comunidade estava sempre presente. Todos se reuniam em frente à telona, para assistir a uma variedade de filmes nacionais e clássicos, criando uma experiência cultural única. “Aviso aos Navegantes”, “Oscarito”, “Matar ou Morrer”, “Zorro”, “Os Poderes de Ninhoca”, “As Aventuras de Doutor Satã” e muitos outros títulos foram projetados pelo à época, jovem Luiz.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Curiosamente, ele contou à reportagem que também eram exibidas séries, com intervalos semanais e tudo que estamos acostumados hoje, porém, sem nada on demand- se perdesse a sessão, teria que perguntar aos amigos e conhecidos. A cidade inteira se reunia, no Cine Penedo, para assistir às estreias toda semana.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>“O bandido ficava tentando matar o artista, o bandido prendia o artista e a gente, na outra semana, voltava com todo mundo para ver como tinha ficado. Todo mundo queria ver o andamento das coisas. Foi um tempo muito bom de aprendizado como profissional, com muito aproveitamento cultural. Assisti muitos filmes bons, muitos filmes épicos. Como Os 10 Mandamentos, que foi uma grande movimentação na cidade.”, relembra.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Dado o enorme público, no primeiro dia da exibição de “Os 10 Mandamentos”, foram feitas duas sessões naquela noite.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>“A sala encheu, não tinha ventilador, não tinha ar condicionado. O povo suava como uma tampa de chaleira, mas entrou, ficou e assistiu mais três horas de Os 10 Mandamentos”, recorda com alegria.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Era uma garotada, um perfil coletivo, tinha todo tipo de gente. Cinema é cinema, é a sétima arte. Todo mundo andava em fileiras, em direção aos seus assentos. Cartazes eram distribuídos na cidade, em pontos bem estratégicos. Penedo tinha o melhor cinema do norte-nordeste.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Hoje em tempos de filmes de super-heróis, o ex-operador recorda o tempo em que a moda “da garotada” era outra. Ele conta que frequentava o Cine não só para assistir os filmes de cowboy. “Eu vinha aqui para ouvir, é bonito! A bala ricocheteando lá nas pedras.”</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Se a trama fosse épica, aí era “da intelectualidade”, diz Seu Luiz, o que apelidamos de “cinema cult” hoje em dia.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Atualmente, uma sala de projeção de cinema não é nada como antes, nem de perto é tão complicada quanto foi um dia. Os projetores não tem mais a mesma altura de um humano e a sala é bem mais geladinha. Ninguém melhor para comentar o assunto que o responsável pela área em Penedo.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>“Eu conheci todo o equipamento. O engenheiro lá fez uma demonstração pra mim, diferente daqueles gigantes mecânicos que nós trabalhávamos.”</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Porém, quando perguntado sobre a modernização, a adaptação do público aos serviços de streaming, a resposta não foi nada animadora. Amante de cinema, Seu Luiz comenta, com a voz tristonha com os novos tempos e sinaliza que o ato de ir ao cinema, será algo nichado, “para quem ama ir ao cinema”.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Painel que ficava no Cine Penedo; Seu Luiz diz reconhecer ao menos 3 das damas. Foto: Cortesia</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>“Por mais que queira modernizar, não vai ter o lugar de volta[O cinema]. Isso está sacramentado. O cinema não vai mais ser um líder para pegar o seu público, o seu espectador habitual.”</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>E finaliza, comentando o conforto que os serviços de streaming à ponta dos dedos dão a todos:</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>“Você podendo assistir em casa, no conforto do televisor de 70 polegadas, com a qualidade sonora a seu gosto. Você bota agudo, grave, médio, e assim vai. O cinema vai ficar, com toda essa tecnologia moderna, vai ficar um nome. Cinema. Cinema.”</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Circuito Penedo de Cinema</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Depois de tanto tempo inativo, o prédio foi adquirido pelo IPHAN Alagoas e cedido à Universidade Federal de Alagoas (Ufal), para promover a retomada da produção audiovisual em Penedo. A restauração do local histórico foi financiada pelo BNDES, marcando um renascimento do cinema na região. Pioneiro da sétima arte no Baixo São Francisco alagoano, funcionou de 1950 a 1980- trinta anos de ouro, que diga Seu Luiz.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Texto reproduzido do site: revistaalagoana com</i></b></p>ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2625257009829687987.post-42315338121717101782024-02-01T02:41:00.000-08:002024-02-01T02:41:51.729-08:00Público é esquecido e trancado em cinema no Rio...<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuWcZqAUpp9h84p8Zvgc2QZr1zbmboAagHwF2BqRGiBN2ScfgOiijpb5pXFr0V3GqVdHAmHYpR-4fvBErpxa1Nmrvqa3kLUIZIPl0q2swTOV8n_fmNaquGpFn2PAfWVHHsTtmmNSuiPecnhccXOKmOgT_XMifY5IiF7WTxcP2IFNHuj9At_Q-169Ob6_8/s1002/presos-no-cinema-.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="576" data-original-width="1002" height="368" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuWcZqAUpp9h84p8Zvgc2QZr1zbmboAagHwF2BqRGiBN2ScfgOiijpb5pXFr0V3GqVdHAmHYpR-4fvBErpxa1Nmrvqa3kLUIZIPl0q2swTOV8n_fmNaquGpFn2PAfWVHHsTtmmNSuiPecnhccXOKmOgT_XMifY5IiF7WTxcP2IFNHuj9At_Q-169Ob6_8/w640-h368/presos-no-cinema-.jpg" width="640" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;"><b><i>Publicação compartilhada do site JORNAL DE BRASÍLIA, de 1 de fevereiro de 2024 </i></b></div><p></p><p style="text-align: justify;"><b><i><span style="color: red;">Público é esquecido e trancado em cinema no Rio em sessão de ‘Os Rejeitados’</span></i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>A situação insólita aconteceu no Estação Net Botafogo, tradicional cinema de rua da capital carioca, e envolveu os espectadores</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Por Redação Jornal de Brasília</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>A plateia da última sessão de um cinema do Rio de Janeiro foi esquecida dentro da sala no último sábado (27) e precisou chamar a atenção do público de um bar vizinho para sair do estabelecimento. A situação insólita aconteceu no Estação Net Botafogo, tradicional cinema de rua da capital carioca, e envolveu os espectadores do último horário do dia onde estava programado o filme “Os Rejeitados”.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>De acordo com relatos postados nas redes sociais, o fato se deu porque os funcionários do empreendimento esqueceram da exibição na sala e terminaram seus afazeres do dia, incluindo trancar o cinema. O Corpo de Bombeiros precisou ser acionado.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>O professor de geografia Marcelo Alonso gravou o momento em vídeo publicado em seu perfil no Instagram. “São 20 para a meia-noite e estamos todos aqui no cinema”, diz o espectador. “Simplesmente os funcionários do cinema foram embora e deixaram trancado o público vendo o filme. Estamos trancados, chamando a polícia e o Corpo de Bombeiros.”</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>A situação se resolveu depois que a notícia chegou à sede administrativa do cinema, localizado na região, e dois dos funcionários que haviam trancado as portas voltaram para liberar os espectadores.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>A direção do Circuito Estação Net disse à Folha estar consternada com o episódio e credita a falha ao gerente do cinema, que não teria cumprido a função de fazer a ronda em todas as salas. O grupo ainda declara que não possui funcionários terceirizados e que o próprio gerente reabriu as portas.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>“Em quase 40 anos de atividade, é a primeira vez que algo assim acontece em uma de nossas salas”, diz Adriana Rattes, diretora executivo do Grupo Estação. “Estamos tentando achar as pessoas que passaram por este susto para pedir desculpas e buscar formas de compensá-las pelo que aconteceu, e já conseguimos entrar em contato com quatro delas. Pedimos que quem quiser nos procurar não hesite em fazê-lo.”</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>O filme, indicado a cinco categorias do próximo Oscar, tem Paul Giamatti e Da’Vine Joy Randolph no elenco e conta a história de um professor que precisa cuidar de um aluno que ficou no internato para passar as festas de fim de ano. A produção concorre aos prêmios de melhor filme, ator, atriz coadjuvante, roteiro e montagem.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Texto reproduzido do site: jornaldebrasilia com br</i></b></p>ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2625257009829687987.post-43109942210060029342024-01-31T06:35:00.000-08:002024-01-31T06:37:46.078-08:00Memórias de Alagoas, por Odilon Rios<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAV70B5FndSrj9D5HSmYr4oYTs83TT_8McuSj7Tvy-jA3mb3U1IGi9l6GsPnbKHMCDFmCTK6gZ8XoinrsSUCPnfVKxSqqhOY1d1U3o1wzKlsmqSLK1Z8OqXPsh4_U1CTYeLbXE1JMT-TAIOuMijSwmmJWJvvM1CAmC0hhEJbbvba6Np_-jIQVxZK3EkJM/s770/img.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="770" height="332" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAV70B5FndSrj9D5HSmYr4oYTs83TT_8McuSj7Tvy-jA3mb3U1IGi9l6GsPnbKHMCDFmCTK6gZ8XoinrsSUCPnfVKxSqqhOY1d1U3o1wzKlsmqSLK1Z8OqXPsh4_U1CTYeLbXE1JMT-TAIOuMijSwmmJWJvvM1CAmC0hhEJbbvba6Np_-jIQVxZK3EkJM/w640-h332/img.png" width="640" /></a></div><p></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Publicação compartilhada do site O JORNAL EXTRA, de 21 de outubro de 2023 </i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Memórias de Alagoas, por </i></b><b><i>Odilon Rios</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Os primeiros cinemas de Alagoas - </i></b><b><i>Casa dos Artistas (RJ), 1938</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i> A exibição dos primeiros filmes, ainda mudos, foi tratada como a "decadência do teatro" e o "advento do cinema". Alagoas, 1938. Um artigo publicado na Casa dos Artistas mostrava que Maceió tinha 25 cinemas, 20 deles aparelhados com som. As primeiras exibições aconteceram nos últimos anos do século 19, no prédio de número 57, na praça Floriano Peixoto, onde funcionou o Telégrafo Nacional. Era a "fase experimental da cena muda", inaugurada por Verissimo Mendes Pereira "com um aparelho Faison, a luz 'oxyeterica'".</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>A maquinaria ficou pouco tempo ali. Foi transferida para o Teatro Maceioense e exibidos os primeiros filmes: "Vendedor de Melancia" e "Beijos de Safo". Seguiu-se os anos de 1906 e 1907 quando chegaram produções de mais de uma parte do mundo: "Filho do Diabo em Paris" e "Cães Contrabandistas". Em 1908 o cinema entrou em uma fase de estabilidade nas exibições locais. O Teatro Maceioense foi adquirido por Carneiro Tiririca que fundou o Teatro Cinema Delícia. Já havia também o Cinema Helvética (na rua do Comércio) e o Cine-Teatro Floriano Peixoto.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>O Teatro Deodoro, nesta época, arrendava suas instalações para a exibição de filmes. Estes cinemas e outros que surgiam tinham uma característica comum: vida curta. Não se sustentavam financeiramente. Mesmo assim, eles pipocavam em outros lugares. O Cinema Moderno estava instalado no bairro do Farol, o Cinema Popular na avenida Moreira Lima, dividindo espaço com o Cinema Paz e Amor (esquina da rua Barão de Alagoas) e o Cinema Pathé onde antes era o Cinema Helvética.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>A chegada da Primeira Guerra Mundial (1914) expandiu o cinema norte americano. Em 1917 veio a estreia das produções da Fox-Films e Paramount, "revolucionando a técnica da arte muda", e era possível assistir a telona aos primeiros galãs, como William Farnum, Wallace Reid, George Walsh, Theda Bara.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Em 1929, o cinema Floriano introduziu o filme sonoro. Onze anos depois, apenas o cinema São José, de Fernão Velho, não tinha este sistema. Ao mesmo tempo, a cidade tinha dois cineteatros (Floriano e Delícia); quatro cinemas (Royal, no Centro; Ideal, na Levada; Glória, Pajuçara; e Avenida, no Poço). Em 1937, os cinemas de Maceió haviam realizado 3.180 sessões, com 377.033 espectadores. Aos poucos, as salas de projeção foram entrando nos interiores.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Em 1912, foram fundados os cinemas de Penedo (Cinema Ideal, capacidade para 596 pessoas), Atalaia (Cine-Club, 212 espectadores), Viçosa (Cine -Aliança, 390). Um ano depois, em Pilar (Cinema Eden, 80). Em 1915, foi a vez de São Miguel dos Campos (Cinema Ideal, 350). Cinco anos depois, Capela (Cine-Teatro 16 de Outubro, 404). Em 1921, foi inaugurado o Cine-Teatro Fenix, 270 espectadores. Em 1922, a vez de Palmeira dos Índios e seu Cine Palmeirense, capacidade para 398 pessoas.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Em 1924, o Cine-Universo, em Murici (50 pessoas). Em 1928, veio o Piaçabuçu (Cine-Teatro Fanal, 250) e Rio Largo no ano de 1930 e seu Cine-Teatro Cachoeira. Nos anos seguintes abriram salas em Água Branca (Cine-Teatro Pedra, 360 pessoas), Coruripe (Cinema São Luiz, 250) em 1935; Quebrangulo (Cine-Império, 300 espectadores) em 1937; Arapiraca e o Cinema Glória, capacidade para 300 pessoas, em 1938 and Pão de Açúcar (Cine-Teatro Moderno, 175 pessoas). Uma anotação: em União dos Palmares, dos 18 estabelecimentos de cinema que operavam em 1938, apenas 4 não tinham exibição com som. Nos outros lugares pelo interior, este sistema só chegaria na década de 30.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Texto e imagem reproduzidos do site: ojornalextra com br</i></b></p>ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2625257009829687987.post-39896284210562702272024-01-14T09:31:00.000-08:002024-01-14T09:32:15.734-08:00A Crise da frequência das Salas de Cinema <div style="text-align: center;"><iframe frameborder="0" height="270" src="https://youtube.com/embed/D4ZqhSLCh-s?si=NKovCc7bEW-2FkvO" width="480"></iframe></div>ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2625257009829687987.post-59472186916126090772024-01-01T05:55:00.000-08:002024-01-01T05:55:38.187-08:00Cinema Modernissimo, exibe "Amarcord" (1974), de Federico Fellini<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgy_q_5uM2EkLifSSO60lQ5FrUYCaHKolUzcLhFN1osTTRNhcnZoMWB1m4NxkSGES4CravUisOzQcQ9lVYKZyCKR8QEWRgJj7URl1JkyusVo1qDPqOOcd_d8-vX_KJP9UQE4Fc6xVveNXTkf9AYXVr0K8bMzu_Yadf5HSvHtF26NjB2Rdu_H9wEn6avORM/s2048/414445045_765677118932655_2535129064101432389_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1365" data-original-width="2048" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgy_q_5uM2EkLifSSO60lQ5FrUYCaHKolUzcLhFN1osTTRNhcnZoMWB1m4NxkSGES4CravUisOzQcQ9lVYKZyCKR8QEWRgJj7URl1JkyusVo1qDPqOOcd_d8-vX_KJP9UQE4Fc6xVveNXTkf9AYXVr0K8bMzu_Yadf5HSvHtF26NjB2Rdu_H9wEn6avORM/w640-h426/414445045_765677118932655_2535129064101432389_n.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0iiYcugXPTyZMKbzizDci0wNBVtkdTTedZ7VEII6ejMcPflZSJW9hjhlJ1CtH7T3rjBuK67-YJh482t7nzPP0IVdOjOAL-vKyffkyG8ngLz8V_6r3FMRk23j0q9JbnoGwpJoiT8LzhqUDXxP2wEFud3b2-fgPebjLs93oeGrsRRNR-7dQe-VDhl2Bv4Q/s2048/414745822_765677315599302_6338589525602895744_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1365" data-original-width="2048" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0iiYcugXPTyZMKbzizDci0wNBVtkdTTedZ7VEII6ejMcPflZSJW9hjhlJ1CtH7T3rjBuK67-YJh482t7nzPP0IVdOjOAL-vKyffkyG8ngLz8V_6r3FMRk23j0q9JbnoGwpJoiT8LzhqUDXxP2wEFud3b2-fgPebjLs93oeGrsRRNR-7dQe-VDhl2Bv4Q/w640-h426/414745822_765677315599302_6338589525602895744_n.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAVbQ6_UboixsPVOBjTZW7Z_DVPNP5nwrdV0Z3k2Cnl1C7bnn9k9jGRloWeQa4xh30YFaYK9lv37o2P975dCk6PmCTdzoqCiRpFNhMnNVE9IKa_xXouJ68kPd2_zJVKyikl-H322H4pL1HPpTt15JG1R5nZ41Dk9buxTWVjMPXhUs3cTi6Uaa1Appe_Ls/s2048/414352899_765677432265957_1878605622662404431_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1365" data-original-width="2048" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAVbQ6_UboixsPVOBjTZW7Z_DVPNP5nwrdV0Z3k2Cnl1C7bnn9k9jGRloWeQa4xh30YFaYK9lv37o2P975dCk6PmCTdzoqCiRpFNhMnNVE9IKa_xXouJ68kPd2_zJVKyikl-H322H4pL1HPpTt15JG1R5nZ41Dk9buxTWVjMPXhUs3cTi6Uaa1Appe_Ls/w640-h426/414352899_765677432265957_1878605622662404431_n.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgM8L6DkADCOg7intZwL_EXfdF_fQuNFboW6wukV6mEbfJbqBQs9xxD50hVioczXaHM8GFFS7QYwAu7_mcRBE1USoDVyybiYRRSKOpCWZ5ZkWY-HHQPWs8y3oSPMAxgdb_oDvARPk6rbEtihyphenhyphennHt1kGMIRYtPQmNv71rC_Bp_Aks7Eh_vgo0iv6wgHkxfc/s2048/414823409_765677152265985_1780689925592023749_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1365" data-original-width="2048" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgM8L6DkADCOg7intZwL_EXfdF_fQuNFboW6wukV6mEbfJbqBQs9xxD50hVioczXaHM8GFFS7QYwAu7_mcRBE1USoDVyybiYRRSKOpCWZ5ZkWY-HHQPWs8y3oSPMAxgdb_oDvARPk6rbEtihyphenhyphennHt1kGMIRYtPQmNv71rC_Bp_Aks7Eh_vgo0iv6wgHkxfc/w640-h426/414823409_765677152265985_1780689925592023749_n.jpg" width="640" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;"><b><i>Cinema Modernissimo, exibe 'Amarcord', a obra prima de Federico Fellini, vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro em 1974.</i></b></div><p></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Este trabalho, uma autêntica viagem à história do cinema italiano, continua a captar a atenção e o coração de um espectador contemporâneo, demonstrando assim a sua extraordinária capacidade de levar uma história de ontem para o contexto e afeto do público de hoje.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Texto e imagens reproduzidos do Facebook/Cineteca di Bologna</i></b></p>ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2625257009829687987.post-73147847578699845452023-12-27T02:56:00.000-08:002023-12-30T06:23:35.097-08:00Sala com Formato de Tela CinemaScope<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNcCk3TpuVd12JuKFcRH0BZI1Ugq7twdN5FRZNXFkHKQuUrJlGe3zFe5_5fSw0NJd0XNfkio5ZjkvNZItrYKqWmmHgrh4ZvLkcLgE6NOW6xKULKj5I8wexHzW69XgyCxBd3hPRZB2xgWh8FWr4I4PzzFOTYXBgvguY9-zHieg7gaiApEN5VNsJjb9zonk/s1280/347557438_130863916710562_8895259457256764708_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="853" data-original-width="1280" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNcCk3TpuVd12JuKFcRH0BZI1Ugq7twdN5FRZNXFkHKQuUrJlGe3zFe5_5fSw0NJd0XNfkio5ZjkvNZItrYKqWmmHgrh4ZvLkcLgE6NOW6xKULKj5I8wexHzW69XgyCxBd3hPRZB2xgWh8FWr4I4PzzFOTYXBgvguY9-zHieg7gaiApEN5VNsJjb9zonk/w640-h426/347557438_130863916710562_8895259457256764708_n.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgH1s2MYJ1PIjM4JkgfbRRuqfhL_45dFDVrqK4f1_S-7stXJhZakH1j0ImBdtCVIhK2TQgcVmZH9IIz-0Yvs5_zCLMRRARKGLv5MmPKlLSAorUk5d6CsTueN6SY4mQYZbVz62z7UZMu7VpMV6IN2EgS0sGyeXBQNcQi5wUNoOYWefbIsbocWT0i5FhmU8k/s1080/347581709_129579616838992_7277081023434865463_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="810" data-original-width="1080" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgH1s2MYJ1PIjM4JkgfbRRuqfhL_45dFDVrqK4f1_S-7stXJhZakH1j0ImBdtCVIhK2TQgcVmZH9IIz-0Yvs5_zCLMRRARKGLv5MmPKlLSAorUk5d6CsTueN6SY4mQYZbVz62z7UZMu7VpMV6IN2EgS0sGyeXBQNcQi5wUNoOYWefbIsbocWT0i5FhmU8k/w640-h480/347581709_129579616838992_7277081023434865463_n.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFZkXtUsVQ7IRxHwDAGy8nQA5wurLbN0LwdM0p3hjQ4JqdzgMSiQJivaKymvYa7Tu3_2si1tnio7U3ZhoeFy4hhnizyGNqe7ooapU8Y15UeqfYJ5FbC_ixfUzcsT8h1bb_EUdMsNQvOIDyusLXibJeplPs-x7IP1ejHkvrQez8aiwBrV_rl4KiY3xtn6I/s1080/348277467_130863756710578_766631703745663839_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="810" data-original-width="1080" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFZkXtUsVQ7IRxHwDAGy8nQA5wurLbN0LwdM0p3hjQ4JqdzgMSiQJivaKymvYa7Tu3_2si1tnio7U3ZhoeFy4hhnizyGNqe7ooapU8Y15UeqfYJ5FbC_ixfUzcsT8h1bb_EUdMsNQvOIDyusLXibJeplPs-x7IP1ejHkvrQez8aiwBrV_rl4KiY3xtn6I/w640-h480/348277467_130863756710578_766631703745663839_n.jpg" width="640" /></a></div><b><div style="text-align: center;"><b><i>Fotos reproduzidas do Facebook/Huiqi Zhang</i></b></div></b><p></p>ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2625257009829687987.post-19472557108568415592023-12-04T10:35:00.000-08:002024-01-01T05:56:21.552-08:00Cineteca di Bologna<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiG8VOsjEtRprmEayS9mFDQZzqsJbqsC1uZk651yOe68hzAxIIt0ilu7Is-l-dnayGsVzuiNxWqfhafy9l2-eb2JBrGFeM04uydtd_qYygNnR5E1vVSQQwTrtFtSxnklu0Iymer2evix1tX1Y9rm-S44qYAIF6PL8jjfm22FPetSOa1th6B1lhs4EQdXiY/s2048/406047334_746901354143565_7604987318111722326_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1366" data-original-width="2048" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiG8VOsjEtRprmEayS9mFDQZzqsJbqsC1uZk651yOe68hzAxIIt0ilu7Is-l-dnayGsVzuiNxWqfhafy9l2-eb2JBrGFeM04uydtd_qYygNnR5E1vVSQQwTrtFtSxnklu0Iymer2evix1tX1Y9rm-S44qYAIF6PL8jjfm22FPetSOa1th6B1lhs4EQdXiY/w640-h426/406047334_746901354143565_7604987318111722326_n.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvNi_swPZj6ZimSykSQTehyphenhypheni8_KRqFF-lhPKKtqJWHTmCHtan3qJv8exvtSra9pk6kfqNNfzNP0lraK_JgBmFKmkg5Kb9lELcBbWwxJ4SPdBII4ernj4Ojxr1MgfHajA3sHTa7BiDfnDagAfVMXuGnQ_a4kL9QhckQPnLiVQBhEzGJZKVFMzpfxyTbxM4/s2048/406041310_746901600810207_3477931953642080729_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1366" data-original-width="2048" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvNi_swPZj6ZimSykSQTehyphenhypheni8_KRqFF-lhPKKtqJWHTmCHtan3qJv8exvtSra9pk6kfqNNfzNP0lraK_JgBmFKmkg5Kb9lELcBbWwxJ4SPdBII4ernj4Ojxr1MgfHajA3sHTa7BiDfnDagAfVMXuGnQ_a4kL9QhckQPnLiVQBhEzGJZKVFMzpfxyTbxM4/w640-h426/406041310_746901600810207_3477931953642080729_n.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqqxVr2-Xc8u3TOHNmitzZ-I03k8h1il8a03Sinb33FklabQSWK9KZHNLhGq8xHZuDBG8IccIE-OH2Pdt5sUQcr7ueMidPyF_m8K26tp5FG-jlJrHjpw-98wPuYxjaZqHTK2Tp5smQ9liBba2t3HbEamd3DrS6ldQiGotaUDAmr0rVd2F3L21tFm3v1zE/s2048/406032310_746901344143566_5425320977988429455_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1366" data-original-width="2048" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqqxVr2-Xc8u3TOHNmitzZ-I03k8h1il8a03Sinb33FklabQSWK9KZHNLhGq8xHZuDBG8IccIE-OH2Pdt5sUQcr7ueMidPyF_m8K26tp5FG-jlJrHjpw-98wPuYxjaZqHTK2Tp5smQ9liBba2t3HbEamd3DrS6ldQiGotaUDAmr0rVd2F3L21tFm3v1zE/w640-h426/406032310_746901344143566_5425320977988429455_n.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj50F3dQ1s4FndC6H3xWcEe9jaa_3pQ98O18jJMgLfZHMyOWJDJwWeiqZREVXvoqx3yA2etPQ-YYkBoHifh3vo_ZtUxbUB_1jwW5wyu9nnnNz-O68VmChBBgGWoJ83XSFDQY4EFbsiE7-Ju5fWWaZsTVqSMersrflX-SbwQpBBBQL6av3ZbmHrK6LJQdXQ/s2048/406014049_746901447476889_8240340353249055861_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1366" data-original-width="2048" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj50F3dQ1s4FndC6H3xWcEe9jaa_3pQ98O18jJMgLfZHMyOWJDJwWeiqZREVXvoqx3yA2etPQ-YYkBoHifh3vo_ZtUxbUB_1jwW5wyu9nnnNz-O68VmChBBgGWoJ83XSFDQY4EFbsiE7-Ju5fWWaZsTVqSMersrflX-SbwQpBBBQL6av3ZbmHrK6LJQdXQ/w640-h426/406014049_746901447476889_8240340353249055861_n.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZep19A57tvkthNG1IFStWK2sr0avkwmp6bHz2mTg2Eyp8lElHjgW61VCRQj536Vbi-pGNbsT6L-jE_G0kdU_aagaK9hFgeEjpwGqH3B4Uw2_SF5Nv_3qAHTWn16_E0wY3eu12rvZCzcI7AegF11D-jRC-mg_HABOlJ82Dz7dqPM-ZHqWJvbtExbJ1cH8/s2048/406016133_746901454143555_3331541124707008694_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1366" data-original-width="2048" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZep19A57tvkthNG1IFStWK2sr0avkwmp6bHz2mTg2Eyp8lElHjgW61VCRQj536Vbi-pGNbsT6L-jE_G0kdU_aagaK9hFgeEjpwGqH3B4Uw2_SF5Nv_3qAHTWn16_E0wY3eu12rvZCzcI7AegF11D-jRC-mg_HABOlJ82Dz7dqPM-ZHqWJvbtExbJ1cH8/w640-h426/406016133_746901454143555_3331541124707008694_n.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9MV3-T8IE6XRZ_t2qiGH4klq1NgdaCuLm_EzQNNPNSUiAhHaZJ03-rqHlFkkgBz3v6HWMfULnpmRHpK_PiIQa-uwZxGZQJn68qGntKIb6niou_d7Yqx8tUgehBf7k9Zx3MNsTP2GrvyX7Fb_wbmSj7uxlJAaIbGINqWu8XIR9Mt521tHTvFXREnjNvtI/s2048/406011091_746898057477228_943961829681287438_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1366" data-original-width="2048" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9MV3-T8IE6XRZ_t2qiGH4klq1NgdaCuLm_EzQNNPNSUiAhHaZJ03-rqHlFkkgBz3v6HWMfULnpmRHpK_PiIQa-uwZxGZQJn68qGntKIb6niou_d7Yqx8tUgehBf7k9Zx3MNsTP2GrvyX7Fb_wbmSj7uxlJAaIbGINqWu8XIR9Mt521tHTvFXREnjNvtI/w640-h426/406011091_746898057477228_943961829681287438_n.jpg" width="640" /></a></div><b><div style="text-align: center;"><b><i>Fotos reproduzidas do Facebook/Cineteca di Bologna</i></b></div></b><p></p>ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2625257009829687987.post-69913780836469567412023-12-02T11:38:00.000-08:002023-12-02T11:38:11.879-08:00Memórias de uma geração marcada pelos cinemas<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgO5KsebUvq2DdZlgVRODtnI9RqsoIbqgAxlK5QrT1h-s2Ko3HDe70zJXmATgJ-B3yDSX8zhPNb8Uum9y4iF0lnyPap_hYvZCjRjSsh-ezZugjqU-9Xx4sPB9nevOLE8jwIdmaLbFzgIDyLlPEeF2J_u9Wo-p4sUWUOOqQowrvrJY-Fu3cH14d0UJT2laE/s593/D-1-e1667497944428.webp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="312" data-original-width="593" height="336" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgO5KsebUvq2DdZlgVRODtnI9RqsoIbqgAxlK5QrT1h-s2Ko3HDe70zJXmATgJ-B3yDSX8zhPNb8Uum9y4iF0lnyPap_hYvZCjRjSsh-ezZugjqU-9Xx4sPB9nevOLE8jwIdmaLbFzgIDyLlPEeF2J_u9Wo-p4sUWUOOqQowrvrJY-Fu3cH14d0UJT2laE/w640-h336/D-1-e1667497944428.webp" width="640" /></a></div><p></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Legenda da foto: O Cine Olana, inaugurado em 1953 e que antes foi Cine-Theatro Ideal. Foi de todos o mais longe da cidade, tendo perdurado por cerca de 50 anos - (Crédito da foto: cinemasdesp).</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Publicação compartilhada do site CORREIO DE ITAPETININGA - SP, de 7 de novembro de 2022 </i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Memórias de uma geração marcada pelos cinemas</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Por Vitória Mendes</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>No aniversário de 252 da cidade, uma reportagem especial relembra os tempos áureos do cinema em Itapetininga</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Em uma época quando pouquíssimas famílias tinham televisão em casa, o cinema era a diversão de toda Itapetininga. Grandes filmes norte-americanos brilhavam nas telonas da cidade que, ao longo do século XX, chegou a ter seis cinemas, sendo que quatro deles operaram ao mesmo tempo.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Cine-Theatro Ideal, Cine Olana, Cine São Pedro, Cine Itapetininga, Cine Theatro São José, e Cine Aparecida do Sul, cada um deles com suas características próprias são lembrados até hoje por uma geração que ainda se sente encantada ao lembrar dos tempos de outrora.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Ir ao cinema era uma atração, uma forma de ver as pessoas se movimentando, e que também fazia parte da rotina da sociedade daquela época. Como era o caso do colunista do Jornal Correio, Ivan Barsanti, que relembra os tempos quando ele, aos fins de semana, frequentava o Cine Olana.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>“Grandes filmes americanos passavam no Cine Olana e a primeira sessão de domingo era considerada a mais elegante. As pessoas vestiam seus melhores trajes para assistir os filmes, os homens com ternos bem cortados e de gravatas, e as mulheres com suas finas indumentárias”.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>O Cine Olana, inaugurado em 1953 e que antes fora Cine-Theatro Ideal, foi de todos, o cinema mais frequentado e mais longevo da cidade, tendo perdurado por cerca de 50 anos. Nele, artistas de Hollywood apareciam frequentemente nas telas, podemos citar alguns como: Ingrid Bergman, John Wayne, Clark Gable, Loretta Young, Marilyn Monroe, Bette Davis, Victor Mature, Elizabeth Taylor, entre outros.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>De segunda a sábado, o Cine Olana exibia uma sessão, sendo de terça a sábado um filme diferente por dia, e aos domingos haviam duas sessões de um mesmo filme que se repetia no dia seguinte.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Um dos últimos filmes que arrebatou o público, foi “Titanic”. “No dia de estreia o proprietário teve que fechar as portas para que mais pessoas não entrassem”, relembra Ivan.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>A ida aos cinemas não era apenas uma forma de entretenimento, mas era também um encontro social. “Antes do filme o pessoal ficava na sala de estar fumando e conversando, diferente de hoje em dia que os cinemas de shoppings são mais frios, você entra só pra ir no cinema, antigamente era diferente, você ia para encontrar com as pessoas e conversar, e a saída era uma atração” recorda Ivan.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Quem também tem vivas memórias dos tempos de outrora dos cinemas, é Araldo Miranda, de 72 anos. Ele era amigo do gerente do Cine Olana, e trabalhava de favor no cinema como lanterninha, em troca, ele podia desfrutar de assistir a filmes que ele tanto gostava. “Um dos filmes que eu assisti no Olana foi ‘Jesus Cristo Superstar’ (opera rock de 1973), eu cheguei a assistir sete vezes esse mesmo filme”.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Aos domingos, ele relembra quando o cinema exibia às 10h um “festival” da série “Tom e Jerry”, e às 14h tinha a matinê para crianças. “Os ingressos custavam mais ou menos cinco reais, e as crianças, que ganhavam dinheiro dos pais, ficavam confusas se compravam ingresso para o festival ou para a matinê, era sempre lotado de crianças e elas vinham mais cedo para trocar gibi”.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Araldo também recorda com saudade dos tempos quando vendia alumínio para comprar ingresso para assistir “Tom e Jerry”, e engraxava sapatos para ir à matinê. “A matinê era divertida demais e eu sinto muita falta”.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Filmes norte-americanos sobre a 2° guerra mundial; de bang-bang; comédias com Jerry Lewis; com a atriz Brigitte Bardot; “Deus criou a mulher” e “Os intocáveis”, são alguns dos que mais encheram o Olana de telespectadores, conta Araldo.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Apesar de exibir bons filmes, a aposentada Olga Pelegrini diz que o Olana não tinha charme nenhum. “A gente só ia porque eram exibidos filmes de razoáveis a bons, e durante um tempo era o único da cidade”.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Para Olga, o melhor dos cinemas era o Cine Theatro São José, onde as pessoas entravam bem arrumadas e “desfilando”. “Ele não era suntuoso, mas era tão gostoso! Lá haviam camarotes e frisas, que eram abertos quando o cinema lotava. Eu me lembro desse cinema com muita recordação e muita, mas muita saudade”.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>O Cine Theatro São José, construído no final da década de 20, funcionava também como teatro. Pelo seu palco passaram famosas companhias teatrais e também grupos amadores locais.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Em frente ao prédio, o famoso carrinho de pipoca doce, pipoca salgada e amendoim torrado não podia faltar.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Já o Cine São Pedro, não era tão badalado, a não ser pela “molecada” que ia às matinês, conta Olga. “Domingo às 14 horas, o cinema lotava com a meninada, que seguia os seriados e filmes de Tarzan e Zorro. Durante a exibição, torcidas pelo “mocinho”, com gritos, batidas de pés, palmas, palavrões… e o carrinho de pipoca, infalível!”.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Na metade da década de 50, o Cine São Pedro, passou a exibir filmes italianos, conquistando grande público. “Estes filmes faziam parte de uma escola cinematográfica denominada de ‘neorealismo’ onde as histórias eram sempre baseadas na vida como ela é, ou seja, realistas”, conta Ivan.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Nesse mesmo período, chega à cidade o Cine Aparecida do Sul, com uma excentricidade: uma tela panorâmica que projetava filmes grandiosos como “Um Americano em Paris” (1951), e filmes religiosas como “Os Dez Mandamentos” (1956), “O Manto Sagrado” (1953), os quais atraiam até mesmo pessoas de outras cidades da região.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>A dimensão da tela do Cine Aparecida inicialmente chamou atenção da cidade, mas o público logo se dispersou devido a distância do cinema, que não era tão perto do centro quanto os outros.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Filmes de Amácio Mazzaropi, faziam sucesso na cidade e lotavam qualquer que fosse o cinema, recordam Olga, Araldo e Ivan. Seus filmes, tais como “Tristeza do Jeca” (1961) e “Jeca Tatu” (1959), eram adorados pelo público de Itapetininga e região, sendo exibidos em até três sessões por noite em alguns dos cinemas.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Além destes, filmes baseados em grandes amores, musicais da Broadway, filmes de Tarzan, de ficção cientifica, do diretor Steven Spielberg e que tinham no elenco cantores de rádio eram os preferidos do público. “Quando apareciam cantores de rádio no cinema, o povo ia ao cinema para ver como eram os cantores que eles só escutavam nas rádios”, conta Ivan.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Não só filmes clássicos como “E.T. O Extraterrestre”, mas até filmes pornográficos, passaram pelas salas desses cinemas.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Pelo fato de os filmes norte-americanos dominarem as telas dos cinemas durante a década de 40, 50 e 60, eles influenciaram a sociedade no modo de vida daquela época. “Os meninos moços imitavam os artistas na vestimenta, na maneira de falar, e as meninas imitavam as mocinhas ingênuas dos filmes. Ou seja, as pessoas imitavam os costumes dos norte-americanos, um país que estava em desenvolvimento, diferente do Brasil. Então todo mundo sonhava em ir para os Estados Unidos porque lá tinha geladeira, televisão… e isso provocou nas pessoas uma ansiedade em conhecer países mais adiantados que eles viam nos cinemas, principalmente os EUA”, recorda Ivan.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Independente da qualidade dos filmes, as pessoas também iam aos cinemas para ver e serem vistas, principalmente aos finais de semana, pois lá era onde começavam os namoros.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Olga conta que era comum as pessoas colocarem um agasalho na poltrona ao lado para guardar lugar para o namorado (a), que chegava no escuro e saia antes de as luzes serem acesas ao término do filme. “Os ‘namoricos’ eram tão bonitinhos e inocentes, não haviam nem mãos dadas, apenas o ‘estar juntos’. E quando o namoro já era ‘oficializado’, o casal entrava com as luzes acessas, para mostrar para todos que poderia sair casório”.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Na década de 90, começa a decadência dos cinemas. Ivan conta que o Cine Olana, já não tão frequentado, e sendo então o único da cidade, passou a exibir filmes de baixa qualidade. O público passou a ser mais jovem, e os casais, já não frequentavam mais o cinema. Essa decadência levou a venda do cinema, que passou a se chamar “Cine Itapetininga”, onde eram exibidos filmes pornográficos, de terror, e faroeste ruim.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Além disso, à medida que a televisão se popularizava e a novidade das novelas, as plateias dos cinemas foram desaparecendo, e os grandes filmes que passavam em São Paulo já não vinham mais para Itapetininga. Filmes de qualidade foram então ficando restritos.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Alguns anos mais tarde, o Cine Itapetininga chega ao seu fim, tendo sido então demolido no início dos anos 2000. Simbolicamente foi exibido o filme “Cinema Paradiso” (1988) na rua, em frente ao prédio do cinema.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Atualmente Itapetininga conta com apenas um cinema, localizado no Itapê Shopping. Com a chegada do século XXI, a indústria cinematográfica se transformou assim como a sociedade e a tecnologia. O hábito de ir ao cinema e o consumo do audiovisual já não é mais o mesmo, hoje, é possível assistir a filmes na palma da mão através das plataformas de streaming.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Para alguns, essa mudança no audiovisual pode ter causado um estranhamento, por outro lado, significa que o acesso se tornou mais abrangente por meio da revolução tecnológica que contribuiu em direção a disseminação da sétima arte a todos.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Os antigos cinemas acabaram, mas deixaram lembranças para aqueles que os viveram e os acompanharam em seu auge. Hoje, essa geração recorda com saudade os tempos que marcaram sua juventude e passam adiante suas vivas memórias, que devem ser preservadas, aos que vivem em tempos de modernidade e transformação.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Algumas curiosidades sobre os cinemas itapetininganos:</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>O Cine Olana nunca vendeu pipoca, lá havia um balcão onde era vendido balas e dropes. Já no Cine São Pedro e São José, Julio Franci estava sempre presente com seu carrinho de pipoca. Olga Pellegrini conta que a pipoca era muito gostosa, e que até o pipoqueiro deixa saudade;</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>A censura naquela época era muito rígida em Itapetininga, segundo conta Ivan Barsanti. “O Juizado de menores era bem atuante, então os filmes que eram para maiores de 18 anos, menor de idade não entrava de jeito nenhum. Tanto é que em 1958 passou um filme com o ator James Dean, ‘Juventude Transviada’ (1955), que hoje é considerado um clássico, mas que foi proibido para menores de 18 anos porque haviam cenas de corrida de carro”;</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Os preços dos ingressos eram populares, custando em média 10, 20 cruzeiros (equivalente a 10, 20 reais), então pessoas de todas as classes sociais frequentavam os cinemas;</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Naquela época já havia meia entrada para estudantes;</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Os cartazes, que retratavam os filmes que seriam exibidos nos cinemas, eram pintados em armações de zinco, que eram colocados encostados nos postes das esquinas mais movimentadas e na frente do prédio do cinema;</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Aos domingos, “Fião”, um homem deficiente auditivo, ia ao Cine Olana para ler as legendas do filme, e no outro dia, na segunda-feira, ele voltava para de fato assistir ao filme.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Texto e imagem reproduzidos do site: correiodeitapetininga com br</i></b></p>ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2625257009829687987.post-32352816940309791762023-12-02T04:54:00.000-08:002023-12-02T04:54:18.715-08:00Cineteca di Bologna<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjp2NM6SCz_gzggcPtjHwfBKsA9QBuUlWjFFe43P6zGHQhdy9XsqfrqNYI5xjFitTL4zn1CzKHtgbJjKlyhLjKc7CQ1W3oMNybU-vbzjACijb5J3X8LN6KPXvSmpzywUlMUH2NjflpF8cpKMgVImhjuZmUQpQdpGcSItH5JWEf6R4H4HyxHoI3jvkisOOU/s2048/407428568_749304553903245_4934174501133978462_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1366" data-original-width="2048" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjp2NM6SCz_gzggcPtjHwfBKsA9QBuUlWjFFe43P6zGHQhdy9XsqfrqNYI5xjFitTL4zn1CzKHtgbJjKlyhLjKc7CQ1W3oMNybU-vbzjACijb5J3X8LN6KPXvSmpzywUlMUH2NjflpF8cpKMgVImhjuZmUQpQdpGcSItH5JWEf6R4H4HyxHoI3jvkisOOU/w640-h426/407428568_749304553903245_4934174501133978462_n.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAJlTO2t0358iFkq4qJlVH9p4KguwnneK2f6yalCVAoq0bUd5Qf-uytr0utKfC6arqh60mSaxVrd_bQEh6zH86LFp9h1vZx2gpDL1vYcY_olMEGthi1tlLYsShpior2DhitkiehaYzQcdCX7-mfz599R7wreKaKR3Beho9cuJqrni4kG8do4x9CYD5bQA/s2048/407399816_749307743902926_2042411175035055169_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1366" data-original-width="2048" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAJlTO2t0358iFkq4qJlVH9p4KguwnneK2f6yalCVAoq0bUd5Qf-uytr0utKfC6arqh60mSaxVrd_bQEh6zH86LFp9h1vZx2gpDL1vYcY_olMEGthi1tlLYsShpior2DhitkiehaYzQcdCX7-mfz599R7wreKaKR3Beho9cuJqrni4kG8do4x9CYD5bQA/w640-h426/407399816_749307743902926_2042411175035055169_n.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGkp4zDf5kXPkmaiLHjXz0r8qfo2G94fJSqeZgquIuy4jnPXqJjoXVKDM-zOcj9PK2sbGdDim_4JotQ6mh0Ot0MJr_b7qhYs0dxisiTLJphX2IIxXbjSpDMKPjBjK_lAquhgUTVZ1M-5O5U3Pclgw8N48LPUHVfvWsQ0etYFCyXu9rK7JuqgoaqF1zgJA/s2048/369736117_690239173143117_2272488571852008089_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1366" data-original-width="2048" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGkp4zDf5kXPkmaiLHjXz0r8qfo2G94fJSqeZgquIuy4jnPXqJjoXVKDM-zOcj9PK2sbGdDim_4JotQ6mh0Ot0MJr_b7qhYs0dxisiTLJphX2IIxXbjSpDMKPjBjK_lAquhgUTVZ1M-5O5U3Pclgw8N48LPUHVfvWsQ0etYFCyXu9rK7JuqgoaqF1zgJA/w640-h426/369736117_690239173143117_2272488571852008089_n.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilDh13rxighEGBjx9iHwIMD0Vsqexv0JBh3xJhIEZFC10CYrcBB2Nvj8R8dz5DZY6Bjjc2gYjfOMB5xX-cElogxlNWszQQI891owuE1ezrFFMGM1Xq_a8-IGNWQOWBqC_iX7kypRL6F9Zpa4tQWeeES7rhsmS_zbUoZCuu3DxzDzo1NYFhvppui5ud_Ww/s1080/402652748_743055654528135_8620834071395338058_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1080" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilDh13rxighEGBjx9iHwIMD0Vsqexv0JBh3xJhIEZFC10CYrcBB2Nvj8R8dz5DZY6Bjjc2gYjfOMB5xX-cElogxlNWszQQI891owuE1ezrFFMGM1Xq_a8-IGNWQOWBqC_iX7kypRL6F9Zpa4tQWeeES7rhsmS_zbUoZCuu3DxzDzo1NYFhvppui5ud_Ww/w640-h426/402652748_743055654528135_8620834071395338058_n.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4R9ZYbugKn1Ct-WeEtwlttd2MTaYI-Sj49JRcQk3nopCum2ipwyGM8fKKfYJOTXfZLCHeq4989085WA5hBX6qOPVAbz1J19aZWaQsaGo6WdAx4ipP-wfmze_uDMOEMLrHFpbTVrL3uGjX7cJhlKoYFg4ynsXeE3gVOzWzLUQAA3G25LXgS3TQZsWzTnw/s2048/367493504_689578896542478_5936139802432332876_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1366" data-original-width="2048" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4R9ZYbugKn1Ct-WeEtwlttd2MTaYI-Sj49JRcQk3nopCum2ipwyGM8fKKfYJOTXfZLCHeq4989085WA5hBX6qOPVAbz1J19aZWaQsaGo6WdAx4ipP-wfmze_uDMOEMLrHFpbTVrL3uGjX7cJhlKoYFg4ynsXeE3gVOzWzLUQAA3G25LXgS3TQZsWzTnw/w640-h426/367493504_689578896542478_5936139802432332876_n.jpg" width="640" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><i>Fotos reproduzidas do Facebook/Cineteca di Bologna </i></b></div><p></p>ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2625257009829687987.post-4189453422634777752023-12-02T02:49:00.000-08:002023-12-02T02:50:32.458-08:00Sala de Cinema no Memorial de Sergipe da UNIT<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg52QsgEZGDJh3ZhroIhgV-ICiFHKLCbZ4VBXGlYxnYz-Lo74Z3KsZ6QerdsTGGvKdJu59xcciu6wP0JJSvLBzOFzaDuwJq9nfLYcHBjb_UIV8t4EwAUqztL7G6M6qSVeKFvyEzcdzXkzmSh8-CTJ5UcRuIU6GxthE4FgByD_b7cV7Ym6HolZvlNFI_94M/s1100/slide_7224b5b3b5340894b3d4bf9c28e3f393.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="610" data-original-width="1100" height="354" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg52QsgEZGDJh3ZhroIhgV-ICiFHKLCbZ4VBXGlYxnYz-Lo74Z3KsZ6QerdsTGGvKdJu59xcciu6wP0JJSvLBzOFzaDuwJq9nfLYcHBjb_UIV8t4EwAUqztL7G6M6qSVeKFvyEzcdzXkzmSh8-CTJ5UcRuIU6GxthE4FgByD_b7cV7Ym6HolZvlNFI_94M/w640-h354/slide_7224b5b3b5340894b3d4bf9c28e3f393.jpeg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgP1X7g5JKXTwjLESp8YBAw57hi7QLXklwPWkj_7XdsRRw34O20U2m_BkNu3l76qKNbHpVdf-Y3xTTkwv8eUIvUtBvx3IWqn-L1UMJyLrPUzRdh8wx0mfRFuf1iQbKX6CpQ-2xHnJ179azg4dw00v7Xnoytkt_xHMSbMw0Ljs_K2D7x5O0juN-0gMs8Low/s1600/d40e7298d8d809bccbe0eaaa3917cf6e.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="900" data-original-width="1600" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgP1X7g5JKXTwjLESp8YBAw57hi7QLXklwPWkj_7XdsRRw34O20U2m_BkNu3l76qKNbHpVdf-Y3xTTkwv8eUIvUtBvx3IWqn-L1UMJyLrPUzRdh8wx0mfRFuf1iQbKX6CpQ-2xHnJ179azg4dw00v7Xnoytkt_xHMSbMw0Ljs_K2D7x5O0juN-0gMs8Low/w640-h360/d40e7298d8d809bccbe0eaaa3917cf6e.jpeg" width="640" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><i>Sala de Cinema no Memorial de Sergipe da UNIT, </i></b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><i>na Praça de Eventos da Orla da Atalaia, em Aracaju.</i></b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><i>Fotos: TV Aperipê/SE.</i></b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><i>Reproduzidas do site: www se gov br</i></b></div><p></p>ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2625257009829687987.post-20922388657316052042023-11-04T12:22:00.008-07:002023-11-04T12:22:56.512-07:00Neste cinema há relâmpagos, chuva e cadeiras que se mexem<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUIWPyNAESxK9mi6HVvjHFrtB2XG66u3a1WqHuFhIblDtIuIPh-qhZFWvjJtv4yWs1qJsN2LyN0fsPny2DjI-QMdaq5Xom2IY31fxm_-BkJeAmG-Jd1Cqs776Ogl6GrvxsqMswJRyfXxtymCrznP4JUJa-K3eI_NJCiqkqWfUR2SOXBlKqIAwAy4GpFM8/s1900/1fe697b504882a28cffc2b27aa906d1b.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1267" data-original-width="1900" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUIWPyNAESxK9mi6HVvjHFrtB2XG66u3a1WqHuFhIblDtIuIPh-qhZFWvjJtv4yWs1qJsN2LyN0fsPny2DjI-QMdaq5Xom2IY31fxm_-BkJeAmG-Jd1Cqs776Ogl6GrvxsqMswJRyfXxtymCrznP4JUJa-K3eI_NJCiqkqWfUR2SOXBlKqIAwAy4GpFM8/w640-h426/1fe697b504882a28cffc2b27aa906d1b.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDJ36mHltvGv3p3qi2uTGeUWkbEJycwk4LOEVQNnnLuat3VY3AwVWLxmQnHxiGgBJcIZvN9duHqRvtYqf-3zITCkOnn5yOG_8TiYbT_XCVuAfrrzGOMSi5Q4kSphwKjAxa2kPHILWcoxxdAe7TDQWkoCTbprxKie9h9fnD2WP18mYoUWEEBSl8sZoMDeo/s800/4dx-1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="800" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDJ36mHltvGv3p3qi2uTGeUWkbEJycwk4LOEVQNnnLuat3VY3AwVWLxmQnHxiGgBJcIZvN9duHqRvtYqf-3zITCkOnn5yOG_8TiYbT_XCVuAfrrzGOMSi5Q4kSphwKjAxa2kPHILWcoxxdAe7TDQWkoCTbprxKie9h9fnD2WP18mYoUWEEBSl8sZoMDeo/w640-h360/4dx-1.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRlxVZ3iP6APFv9M8qMmlG_wTrT0uyAoaM54hPT2HlkYE9A_2NB5jAzYY1u1h5pGfsJVvlJzzUfPeRCxkjTxrNy8QD54N80qIvyKRlZ2FnmBKPn9kSBqrL7ZAslxB49kgBaqj76L9vYQphlVN11nBr30i0ZtT21vXHigFKx7YmMts0sanEW5SauJJ5Cb8/s1024/1039372.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="682" data-original-width="1024" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRlxVZ3iP6APFv9M8qMmlG_wTrT0uyAoaM54hPT2HlkYE9A_2NB5jAzYY1u1h5pGfsJVvlJzzUfPeRCxkjTxrNy8QD54N80qIvyKRlZ2FnmBKPn9kSBqrL7ZAslxB49kgBaqj76L9vYQphlVN11nBr30i0ZtT21vXHigFKx7YmMts0sanEW5SauJJ5Cb8/w640-h426/1039372.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNK8NiYgwTEXLVox9YzTl_FOCjsuh5ddAv0TxtT_CGYX27CqLrtzuukbRBkXt-7WmFQBZJV3dKjzS7NGutAlV3BP1zojiC-iIvnY8nUVrgl7rg8WvIwQPPlVPquMf0goARu4Ouez0mrom5CQBarL9zfVBgqadCAdE1pui-0eKPNlgSJEHth_I8xLTpf40/s1024/1039374.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; 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text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_6spxtjLj-IxTfHbsuo9Mt8OU3Leykx7nQ306-XFnwFiSyHplk93X-LGHDG5MhRXSNGCIWc2Gq7TD7XYmD8_1XTASwOZtuODylmc6vy9ItAeiv8MNn85YlbRtOZB_itTOokVcuX4NgiY7TcA2b3X_BbS7RAhv8A4qfTr2DM3pu4XSaGFeC-8xtqGD9lg/s1024/1039370.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="682" data-original-width="1024" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_6spxtjLj-IxTfHbsuo9Mt8OU3Leykx7nQ306-XFnwFiSyHplk93X-LGHDG5MhRXSNGCIWc2Gq7TD7XYmD8_1XTASwOZtuODylmc6vy9ItAeiv8MNn85YlbRtOZB_itTOokVcuX4NgiY7TcA2b3X_BbS7RAhv8A4qfTr2DM3pu4XSaGFeC-8xtqGD9lg/w640-h426/1039370.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhz58w9GxW7EGHPANWrzu5yo69TeeFJ6ZFN9-VrURaBcTb1aMuztyFZjasgmYHLpweEzvrhnAH-X877LSy1oeKiLsMnol2RPkYQAO19H4TgABiBzJnp6EiQVbH-D942Aor0Hd6tT4m72EQNR3FZoeZSGjLEW6fruRtP4G6uh3BZyCxgsMi6oNdW9-S17ig/s320/1039371.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="213" data-original-width="320" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhz58w9GxW7EGHPANWrzu5yo69TeeFJ6ZFN9-VrURaBcTb1aMuztyFZjasgmYHLpweEzvrhnAH-X877LSy1oeKiLsMnol2RPkYQAO19H4TgABiBzJnp6EiQVbH-D942Aor0Hd6tT4m72EQNR3FZoeZSGjLEW6fruRtP4G6uh3BZyCxgsMi6oNdW9-S17ig/w640-h426/1039371.jpg" width="640" /></a></div><p></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Publicação compartilhada do site PÚBLICO, de 24 de março de 2016</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Neste cinema há relâmpagos, chuva e cadeiras que se mexem</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Por Ana Maria Henriques</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Primeira sala 4DX é inaugurada esta quinta-feira no Gaia Shopping. Batman v Super-Homem: o Despertar da Justiça é o filme de estreia, outros blockbusters se seguem. Em breve haverá uma sala idêntica em Lisboa.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Ainda o ecrã está negro, à espera da primeira cena do trailer do duelo entre o Batman e o Super-Homem, e na sala vê-se um relâmpago. A cadeira treme, parece que trava e inclina-se para trás. Uma espécie de nevoeiro espalha-se por entre os assentos e sente-se uma brisa. A acção continua no filme Batman v Superman: o Despertar da Justiça — mas não só. O GaiaShopping, em Vila Nova de Gaia, é o primeiro cinema em Portugal com a tecnologia 4DX, que será inaugurada esta quinta-feira. Este sistema, desenvolvido por uma empresa sul-coreana, introduz efeitos olfactivos ou ambientais e movimentos das cadeiras durante a projecção dos filmes.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>O vento, os relâmpagos e a vibração dos assentos são apenas alguns dos 20 efeitos com que a sala está equipada. Durante um filme é possível sentir-se chuva — graças a um aspersor oculto que se encontra nas costas de todas as cadeiras —, neve, vapor e aromas. Um pequeno elemento que se situa entre os pés dos espectadores simula ainda o toque de animais rastejantes, assim o filme os inclua. Mas são as cadeiras que mais efeitos integram. Movem-se em sintonia, quase como se fosse uma dança, simulando perseguições de automóveis a alta velocidade, quedas de aviões ou travagens bruscas. Oscilam em todas as direcções, em movimentos que ora fazem lembrar uma viagem de montanha-russa ora voos turbulentos.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Reconstruída e adaptada às exigências tecnológicas do 4DX, a sala 1 do GaiaShopping tem um ecrã reduzido e uma capacidade pouco comum para um multiplex: apenas 80 lugares. As cadeiras são maiores e por isso o auditório foi reconfigurado, com filas mais curtas e mais espaço entre os lugares. “Estas salas têm de ter uma dimensão relativamente pequena devido à interacção [que se espera] entre as pessoas”, explica Luís Mota, administrador dos cinemas NOS. “Há aqui um efeito muito tribal por parte de quem assiste aos filmes. Um ecrã maior iria fazer com que as pessoas se sentissem desconfortáveis.”</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Para que pequenos jactos de água saiam dos aspersores e os espectadores sintam o aroma a pneu queimado — que acompanha algumas cenas de Batman v Super-Homem: o Despertar da Justiça — foi necessário acrescentar componentes aos sistemas de projecção digital já existentes. Um software estabelece a ligação entre a imagem e o som dos filmes e os movimentos e efeitos que se pretendem imprimir. Um sistema hidráulico é o responsável pelas oscilações dos assentos e a água “é destilada para não manchar a roupa e não deixar as pessoas molhadas”, garante o administrador.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>A abertura da sala 4DX coincide com a estreia nacional de Batman v Super-Homem: o Despertar da Justiça, de Zack Snyder. Ao filme em que Ben Affleck e Henry Cavill interpretam, respectivamente, Bruce Wayne e Clark Kent — num duelo entre os dois super-heróis da DC Comics nunca visto no cinema — vai seguir-se 10 Cloverfield Lane. O filme de Dan Trachtenberg, acredita o administrador dos cinemas NOS, “vai ser uma brutalidade na sala 4DX”. “Todos os blockbusters vão passar por aqui”, assegura. Star Trek: Além do Universo, com estreia marcada para Agosto, será certamente um deles. O bilhete para assistir a um filme na sala 4DX custa 12 euros, dois euros a mais do que o praticado nas duas salas Imax que os cinemas NOS têm no Centro Comercial Colombo, em Lisboa, e no Mar Shopping, em Matosinhos.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Aumento de receitas?</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Pode a inovação tecnológica das projecções em sala contribuir para um aumento das receitas de bilheteiras? Luís Mota acredita que sim. “Tentamos proporcionar experiências que não são replicáveis noutras janelas”, diz — e os efeitos que uma sala 4DX (ou até Imax) oferece dificilmente podem ser replicados em casa. Já na década de 1930 se faziam experiências com pequenos cachimbos, colocados dos assentos das salas de cinema, que libertavam aromas. Mais tarde, em 1960, a estreia de Scent of Mystery, de Jack Cardiff, aconteceu numa sala equipada com um sistema de tubos que libertavam 30 cheiros para a audiência, o Smell-O-Vision. Numa homenagem ao filme de Cardiff, John Waters realizou Polyester, em 1981, e introduziu o Odorama: pequenos cartões eram entregues aos espectadores para que pudessem sentir os mesmos cheiros com que a protagonista, Francine Fishpaw, se deparava. Estas tecnologias acabaram por ser abandonadas.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>A escolha do GaiaShopping para a estreia do sistema 4XD em Portugal, explica ainda o administrador dos cinemas NOS, “prende-se com a aposta em atrair cada vez mais pessoas ao cinema”, numa zona do país que o administrador vê como “interessante”. Os números do ano passado parecem comprovar o interesse do público em blockbusters. De acordo com dados da empresa Rentrak, que mede resultados de bilheteiras em todo o mundo, 2015 foi o ano “com maiores ganhos nas bilheteiras globais na história do cinema”. Em Portugal houve recuperações nas receitas e no número de espectadores superiores a 20%: até ao final de Novembro, 12,8 milhões de pessoas foram ao cinema. </i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>A tecnologia 4DX foi desenvolvida pela CJ 4DPLEX, empresa de Seul que começou a comercializá-la em 2009. Tornou-se popular sobretudo em países da América do Sul e da Ásia. Na Europa são poucas as cidades com salas 4DX e a de Vila Nova de Gaia abre um dia antes da de Nova Iorque. Para breve, diz Luís Mota, está a inauguração de uma sala idêntica em Lisboa.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Texto e imagens reproduzidos do site: www publico pt</i></b></p>ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2625257009829687987.post-74494094992578434162023-10-20T13:02:00.002-07:002023-10-20T13:02:16.618-07:00'A Última Cena', por Samita Barbosa<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgY90Ph-3b_ZgW1PrpOQrmzwCnxd1g34BvN5a4yk_tHeMURgGENh_PTa3koQ4eOnKnhsiH88_g_JQJJ1ccq8q6ZeoFz02FTcMkjqfRlBTKQ2su-HMwXVZKJWoJjKsmOx8GIkD-czMritptEG_sLMucAIHUkv8Y4FfjXIuQIPAPbI6EkDHf7GnnoWl1yIqI/s1049/1_EERRhPcoH3FI7UTAc6hydQ.webp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="624" data-original-width="1049" height="380" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgY90Ph-3b_ZgW1PrpOQrmzwCnxd1g34BvN5a4yk_tHeMURgGENh_PTa3koQ4eOnKnhsiH88_g_JQJJ1ccq8q6ZeoFz02FTcMkjqfRlBTKQ2su-HMwXVZKJWoJjKsmOx8GIkD-czMritptEG_sLMucAIHUkv8Y4FfjXIuQIPAPbI6EkDHf7GnnoWl1yIqI/w640-h380/1_EERRhPcoH3FI7UTAc6hydQ.webp" width="640" /></a></div><b style="text-align: justify;"><div style="text-align: center;"><b><i>Um dos maiores cinemas do DF, o Cine Paranoá. Foto: Arquivo Público do Distrito Federal</i></b></div><div style="text-align: center;"><b><i><br /></i></b></div></b><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiz4CSlX0XDzTbt-J2h10UfXpF9vWWRu8sObeI7Tl5V_PtAW0hQywBTCzprzuksvz1FZETwZyEZrvNhPZ8Zhp_fpLi-0WTiCc58UXXNYkYO223RB8uhInU_mBqAGAt1HAfPGIIwLcZQbFKkIHam9jZjKcAlkth2gRRvDCC4mao34ZHtB4JvYBuFwOOXo8I/s1057/1_IhenmmsB4ixaomSvrCYRMA.webp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="621" data-original-width="1057" height="376" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiz4CSlX0XDzTbt-J2h10UfXpF9vWWRu8sObeI7Tl5V_PtAW0hQywBTCzprzuksvz1FZETwZyEZrvNhPZ8Zhp_fpLi-0WTiCc58UXXNYkYO223RB8uhInU_mBqAGAt1HAfPGIIwLcZQbFKkIHam9jZjKcAlkth2gRRvDCC4mao34ZHtB4JvYBuFwOOXo8I/w640-h376/1_IhenmmsB4ixaomSvrCYRMA.webp" width="640" /></a></div><p></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Legenda da foto: Cine Bandeirante, um dos mais antigos cinemas da capital - (Crédito da foto: Arquivo Público do Distrito Federal).</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Publicação compartilhada do site SAMISPLACE MEDIUM, de 11 de novembro de 2020</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>A Última Cena </i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Por Samita Barbosa</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Romance, comédia e um pouco de drama. A história dos cinemas de rua que funcionaram durante a segunda metade do século XX no Distrito Federal.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Há pouco mais de um século, na Paris contagiada pela Belle Époque, por transformações culturais e inovações, 50 segundos de uma cena projetada em uma tela branca contribuíram significativamente para o nascimento de uma nova arte e de uma indústria multibilionária. A exibição de “L’Arrivée d’un train en gare de La Ciotat”(A chegada do trem na estação), dos irmãos Lumière, torna-se o pontapé inicial para o surgimento de uma nova experiência: a de ser espectador de cinema.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Não tardou para que a novidade chegasse ao Brasil. Mais tarde, em Brasília, o cinema já estava nos planos da construção da cidade. Em 1960, época da inauguração da nova capital, as salas de exibição eram poucas, nada glamorosas e não remetiam, em nada, à Belle Époque. Mas nem por isso, deixou de fazer pessoas se apaixonarem pela sétima arte.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Os antigos cinemas do Distrito Federal exibiram clássicos do romance, comédia, thrillers, filmes de guerra, aventura e animação, além de muitos filmes alternativos e fora de circuito. Muito mais que um espaço que exibia histórias numa grande tela, o cinema serviu de cenário para criar a própria história. A sala de exibição foi o espaço onde muitos, pela primeira vez, estiveram diante do ecrã. Nos cinemas do DF, casais se conheceram, atores tornaram-se ídolos, filmes se tornaram inesquecíveis.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Nas palavras do cineasta Vladimir Carvalho: “O cinema se comunicava diretamente com o povo”. Estava na rua e seduzia as pessoas que passavam por ele, seja pelos cartazes dos filmes na fachada, pelas filas imensas que se formavam do lado de fora desses estabelecimentos, ou pelo cheiro de pipoca estourando no carrinho do pipoqueiro. Em Brasília, essas foram as características que ficaram na memória dos frequentadores de cinema durante as primeiras décadas que seguiram à inauguração da cidade.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Os cinemas</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Do balcão da Alfaiataria União, quando Herbert Ramthum ainda era criança, ele observava as pessoas que circulavam pelo centro de Taguatinga e frequentavam o lugar. Muitos nomes e rostos ele esqueceu, mas do estabelecimento que ficava logo ao lado, ele se lembra com detalhes, era o Cine Paranoá.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Durante o início da década de 70, o Cine Paranoá funcionou em um prédio no centro Taguatinga. O imóvel era notavelmente maior que as lojas de fotografia, sapatarias e restaurantes que ficavam próximos a esse cinema. Na sala de exibição, mais de mil pessoas podiam se acomodar em bancos de madeira para assistir aos filmes da época. Segundo a Administração Regional da cidade, o cinema tinha uma ampla sala de espera com grandes sofás revestidos de couro, bombonière e, ao centro, um móvel oval com poltronas no seu contorno. Também havia um platô com expositores ou fotos dos filmes que seriam exibidos.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>O primeiro filme exposto no Cine Paranoá foi “Salomão em Tebas”, em 1960. No final da década de 1960 — quando o cinema e o rádio ainda eram uma das poucas formas de entretenimento no DF –, Herbert frequentava as matinês de domingo, com sessões às 10 horas e às 14 horas. “Na época, a maioria dos filmes exibidos tinham censura livre e eu podia assistir a muitos”, relembra hoje, aos 51 anos.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>No Gama, um ano após a inauguração do Cine Paranoá, na última terça-feira de março de 1961, o Centro Cultural Itapoã começa a funcionar. Inaugurado anos depois, o Cine Itapoã fazia parte desse complexo. O Centro Cultural ficou mais conhecido pelo cinema. “Naquela época, a cidade era outra, podíamos ir a pé ao cinema. O Gama ainda era simples, com casas de madeira, a estrutura do cinema era diferente e contrastava com as demais construções. Tínhamos um fascínio pelo Cine Itapoã”, conta a professora de artes Leda Carneiro, cujo primeiro filme ao qual assistiu foi “O Submarino Amarelo” (1968).</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Segundo a Administração Regional do Gama, o Cine Itapoã era o segundo maior cinema na época. Na capital do país, já funcionavam o Cine Paranoá, o Cine Teatro Cultura, o Cine Bandeirantes e o Cine Brasília. O cine Itapoã era gerenciado pela Empresa Cinematográfica Paulo Sá Pinto. Durante anos, o cinema exibiu filmes do circuito comercial e também de estilos mais alternativos, como o do cineasta da cidade Afonso Brazza. Filmes como “Os Navarros em Trevas de Pistoleiros entre Sexo e Violência” (1985) e “Matador de Escravos” (1982) foram obras exibidas por Brazza não só no Cine Itapoã mas também no Cine Márcia, que ficava no Conjunto Nacional.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Em 1961, o projecionista começava a rodar o filme e grãos de poeira dançavam na luz que saía do fundo da sala. Essa passava sob as cadeiras do cinema até formar uma imagem na tela. A película em preto e branco era uma comédia francesa intitulada “Un Chapeau de paille d’Italie” (Um Chapéu de palha da Itália), de René Clair. O cinema era o Cine Teatro Cultura, que foi aberto na quadra 507 da Avenida W3 Sul, um ano após a inauguração de Brasília.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Antes da construção do shopping Conjunto Nacional, a W3 era muito movimentada. Para o cineasta Vladimir Carvalho, era uma espécie de boulevard. As pessoas passeavam e visitavam várias lojas populares, como a Bibabô. “Quando o povo passava pela frente do cinema na Avenida W3 via os cartazes, entrava ou ficava observando. Naquela época, havia fotos de alguns momentos dos filmes que ficavam na sala de espera”, explica o cineasta. Foi o Cine Cultura que recebeu, na década de 1970, a mostra “Cinema Brasiliense” de curtas feitos em Brasília por Vladimir. “Depois dos filmes sempre debatíamos”, recorda.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Antes mesmo de Brasília ser inaugurada, o Cine Bandeirante era uma das poucas formas de lazer para os candangos. A Cidade Livre nem ao menos tinha construções em alvenaria. Mesmo com uma estrutura simples, um barracão de madeira, o cinema da cidade exibiu vários filmes. “O que mais me chama a atenção é o fato dos cinemas terem uma programação diária. Em uma cidade que tinha problema de abastecimentos básicos como leite, tinha cinema o tempo inteiro mesmo com o transporte do material cinematográfico difícil”, conta a produtora cultural Daniela Marinho que estudou a programação dos primeiros anos do cinema.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Uma nova sala de exibição, com capacidade para 1.200 pessoas, estava sendo construída no centro de Brasília, na década de 1970: o Cine Atlântida. Ele foi implantado em um centro comercial, o Conic, e sua fachada ficava voltada para a rua. Dentro do cinema havia a tradicional bombonière e pipoqueiro. No Conic, também havia outros cinemas menores como o Badya Helou e a sala Miguel Nabut que o arquiteto Pedro Guazzelli descreve como: “Pequenos, mas luxuosos e confortáveis. O hall dos dois era de um granito raro de cor azul”. O Cine Ritz era vizinho ao Atlântida e a programação era de filmes para adultos.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>“O que mais me chama a atenção é o fato dos cinemas terem uma programação diária. Em uma cidade que tinha problema de abastecimentos básicos como leite, tinha cinema o tempo inteiro mesmo com o transporte do material cinematográfico difícil”</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Ainda na década de 1970, a então psicóloga Ana Silva, natural de Manaus, conheceu o Cine Atlântida com nove anos. “As salas de cinema em Manaus, na minha percepção de criança, eram grandes, mas, quando eu vim para Brasília, eu vi que não eram tão grandes em relação ao Atlântida. Fiquei apaixonada por aquele cinema”, revela.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>O auge</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Durante o auge dos cinemas do DF, em 1970, o cineasta que veio de Itabaiana, na Paraíba, Vladimir Carvalho assistiu a festivais de curta metragem no Cine Paranoá. “Quando um filme deixava de passar no Plano, ou eu tinha perdido a sessão eu ia ao Cine Paranoá”, relembra o cineasta.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Quando o cinema era uma das poucas formas de entretenimento no Distrito Federal, as salas lotavam. Certa ocasião, no último dia de exibição do filme “Sansão e Dalila”, em um domingo na sessão das 19 horas, todos os bilhetes haviam sido vendidos. No entanto, ainda tinha gente do lado de fora querendo entrar. A pressão foi tão grande que fez uma das portas se soltar.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Segundo o Istituto Brasileiro de Geogafia e Estatística (IBGE), em 1960, menos de 5% dos domicílios brasileiros tinham acesso à televisão. Dez anos mais tarde, em 1970, esse número aumentou para 24%. O Cine Paranoá foi demolido no mesmo período. O dono do cinema, que também era dono do prédio, fez um acordo com a construtora Encol, uma das maiores empresas de construção civil, que faliu nos anos 1990.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>A demolição não marcou o fim definitivo do Cine Paranoá, no lugar foi construído o Edifício Paranoá Center. O cinema foi parar no subsolo do novo prédio e várias outras lojas foram abertas no mesmo edifício. Até hoje, o Paranoá Center abriga lojas no centro de Taguatinga. Herbert acompanhou a construção do novo prédio: “demorou uns três anos, da alfaiataria era possível ver tudo. Na inauguração do novo Cine Paranoá, assisti ‘Cruz de Ferro’ em 1977”, dessa vez em cadeiras acolchoadas.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>No Gama, enquanto o Cine Paranoá era reerguido, os filmes, no cine Itapoã, foram perdendo espaço para apresentações culturais, formaturas e eventos de igrejas. Grande parte dos cinemas tinha palco naquela época — talvez por influência da arquitetura dos cinemas mais antigos de outras capitais.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>O arquiteto carioca Pedro Guazzelli viveu um pouco da época em que os filmes eram mudos e era necessário um piano de calda para ser feita a sonoplastia. “Os cinemas eram enormes e frequentá-los era um espetáculo. Antes do filme, o pianista tocava até lotar a sala e, durante, ele executava a sonoplastia, seja de suspense ou drama”. Guazzelli afirma que Brasília é uma cidade da década de 1960 e o cinema já tinha um estilo moderno. Os cinemas do Rio de Janeiro foram inspirados no Art Déco, (Movimento Popular Internacional de Design). “Nos cinemas de rua do Rio, havia luminárias prismáticas, vidros coloridos e paredes de pó de pedra. À noite, quando as luzes de balizamento do piso estavam acesas, as paredes brilhavam”, compara.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Em uma época em que era comum as legendas serem dessincronizadas, a cena parar de repente, o filme arrebentar, o acetato começar a amarelar e formar bolhas, o Cine Atlântida lotava. Época em que o espectador comprava um ingresso e podia ficar na sala para ver as próximas sessões. “Quando assisti ‘Alien, o resgate’, tive que ficar em pé, encostada na mureta do Atlântida. As pessoas gostaram do filme na primeira sessão e na sessão seguinte ninguém saiu do cinema”, recorda Ana Silva.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Em um tempo em que a programação do cinema era de um filme por dia, diferente de hoje, onde os multiplex têm várias salas com vários filmes, Ana Silva não arriscava perder uma sessão. “Ficávamos em desespero com medo de o filme sair de cartaz e não ter na programação de novo. Não era aquela coisa de você ter um filme passando em vários cinemas. Por isso, a fila era grande e tinha disputa”, conta. O Atlântida era o cinema dos blockbusters. O advogado Asclepíades Júnior, mais conhecido como Asclê, começou a frequentar o Atlântida com 12 anos. Antes disso, Asclê frequentava o Cine Brasília, que ficava na mesma quadra onde morava. O advogado conta que viu “Rock Estrela” (1985) no Cine Atlântida e, além de assistir filmes, corria pela sala de cinema e se pendurava nas cortinas. “Éramos meninos, peguei uma amiga no colo e comecei a correr com ela, veio outro e saiu correndo e se pendurou na cortina, mais um passou em frente da tela. Começou uma bagunça. Estava passando um filme juvenil. Alguém no fundo do cinema ateou fogo. Saiu até no jornal”, narra Asclê.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Um ano após a inauguração do novo Cine Paranoá, em 1978, outro cinema começa a funcionar em Taguatinga, o Cine Lara. Segundo o IBGE, Em 1962, o número de cinemas e cineteatros, em Brasília, totalizaram oito salas, 7.400 sessões e 1.966.109 espectadores. Em 1974, o número de salas de cinema dobrou se comparado à década anterior. O Cine Lara era mais moderno, tinha duas salas de exibição com capacidade para 600 pessoas. Os filmes exibidos no novo cinema, ao contrário do Cine Paranoá, eram lançamentos. Para Daniela Marinho: “Os filmes não demoravam muito para chegar ao Brasil, cerca de um ano ou dois, tendo em vista que o transporte do material cinematográfico era difícil: um filme inteiro chegava a pesar 30 quilos”, conta.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>No Cine Lara, Adriana Teixeira assistiu, pela primeira vez, a um filme. “Uma vizinha resolveu levar uma turma de adolescentes para assistir ‘Karate Kid 2- A hora da Verdade Continua’. Passamos do ponto de ônibus, mas conseguimos chegar a tempo”, relembra. Adriana estudava no Centro Educacional 06 de Taguatinga. A escola costumava levar os alunos para assistirem aos filmes. “Numa dessas ocasiões, na fila da bilheteria do Cine Paranoá, eu encontrei, por coincidência, meu futuro marido. Na época, só nos conhecíamos de vista”, recorda.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>No interior do Maranhão, onde Valéria Moraes nasceu, não havia cinemas. Na década de 1990, a então servidora pública veio com os pais morar em Taguatinga. Na tela do Cine Lara, com 15 anos, ela viu o ator Keanu Reeves interpretar Kevin Lomax em “O Advogado do Diabo”. Para Valéria, os cinemas de rua tinham uma aura diferente. “Quem vai ao cinema de rua gosta de ir pelo próprio cinema, não por comodidade ou praticidade. Quando assisti a um filme no cinema, foi magnífico. Keanu Reeves passou a ser meu ator favorito durante muito tempo”, relembra a maranhense.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>“Quem vai ao cinema de rua gosta de ir pelo próprio cinema, não por comodidade ou praticidade. Quando assisti a um filme no cinema, foi magnífico. Keanu Reeves passou a ser meu ator favorito durante muito tempo”</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>O fim</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>No final dos anos 1990, o Cine Lara começou a passar filmes pornôs e, anos mais tarde, foi vendido a uma igreja. Hoje o prédio que abrigava o cinema ainda é conhecido como Edifício Cine Lara. Com o Cine Paranoá não foi muito diferente. Ainda hoje, na Galeria Paranoá Center, há um cinema com o mesmo nome e com filmes adultos.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Em 1986, por causa da baixa frequência de exibição de filmes no Cine Itapoã, o espaço seria vendido para uma igreja. No entanto, alguns comerciantes do Gama compraram o espaço e o doaram para o Governo do Distrito Federal, que seria o responsável por revitalizá-lo. O cinema não foi reconstruído e entrou em franca decadência. O telhado do estabelecimento chegou a cair e foi interditado. Hoje o Cine Itapoã é o único cinema de rua com a estrutura de quando foi inaugurado, ao contrário dos outros cinemas de rua do Distrito Federal.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Depois de 53 anos de história do Cine Itapoã, em 23 de março de 2013 foi realizada um audiência pública da administração do Gama, junto à população, onde foram previstas licitações para as obras de revitalização do cinema, que teriam início no começo de 2014. Até o fim do primeiro semestre deste ano, não houve licitação, nem projeto, nem obras.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>O Cine Cultura teve uma vida breve e fechou na década de 1970. Segundo informações do Catálogo Brasília de A a Z, o cinema virou point de pornochanchadas. Depois, no local, funcionou o Instituto Candango de Solidariedade. Pouca informação se tem do Cine Bandeirante tendo em vista que sala de exibição que já funcionava no final da década de 1950.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Para Vladimir: “Na década de 1970, Brasília era muito tranquila. Hoje o assalto se tornou coisa corriqueira e esvaziou a rua, não esvaziou o cinema. Me lembro de atravessar as passagens subterrâneas de Brasília à noite sem nenhum problema”.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>No final da década de 1980, os cinemas que ficavam próximos ao Cine Atlântida começaram a virar cines pornôs. Vladimir Carvalho conta que “os índios frequentavam muito e, antes de começar a sessão, tinha striptease ao vivo. Esses cinemas eram muito populares, foram o que mais duraram, acho que pelo apelo da pornografia”. Por sua vez, na década de 1990, o Cine Atlântida deixou de ser cinema e virou uma igreja evangélica.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Também existiram cinemas de rua em outras cidades satélites. Em sobradinho havia o Cine Alvorada, em Brazlândia, o Cine São Franscisco. Mesmo no Gama além do Cine Itapoã, havia o Cine Amazonas. Em Taguatinga haviam mais dois cinemas, Cine Rex e Cine Teatro Taguatinga. Nenhum deles ainda funciona.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Asclê sente falta de quando o cinema ficava na rua: “Hoje você precisa ir ao shopping para ir a o cinema e isso significa ter que pagar estacionamento, pagar a pipoca cara. Não tem pipoqueiro na porta. Não tem charme. Mesmo que os cinemas atuais não ofereçam uma experiência como a de frequentar um cinema de rua, ele ainda tem seu público. “Às vezes, eu vou sozinha. O cinema para mim não é uma questão de companhia, é o filme que me acompanha”, afirma Ana Silva.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Texto e imagens reproduzidos do site: samisplace medium com</i></b></p>ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2625257009829687987.post-33993271049084675262023-10-20T12:18:00.000-07:002023-10-20T12:18:02.543-07:00Último cinema pornô do DF, o Cine Paranoá é um filme de terror<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzyhuEdnQZYXXYLK7zaUykWanQPWqXdp_zL9Mhj9tl4-CObYCXfvU9iL0EYKBpdHiEDY7d3005bumpsnvNb3iz2XDqSv4i3V1HBQrpS6Wn6DPWrJRbAzQ_bc3AaiAdzHIasfYycmPdaTCKuiDo7i1dXMcpyQ9c8hWfM8n2C0WO20jO0F-nstPWDqo2tiQ/s960/paranoa7.webp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="960" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzyhuEdnQZYXXYLK7zaUykWanQPWqXdp_zL9Mhj9tl4-CObYCXfvU9iL0EYKBpdHiEDY7d3005bumpsnvNb3iz2XDqSv4i3V1HBQrpS6Wn6DPWrJRbAzQ_bc3AaiAdzHIasfYycmPdaTCKuiDo7i1dXMcpyQ9c8hWfM8n2C0WO20jO0F-nstPWDqo2tiQ/w640-h480/paranoa7.webp" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUMgn8NrSlkzUiVrbOcz2KJoPf0ZMZqUJkqAvfgo_eOD0xwDF-V9rBrV_0TakITuPLAG9EEOpiJ6rPpub1ep_D4e3T11TzHmL91-IYRFeHGxes-LkqYrxB8AcDO3keg1e04ZAofTTJ3L1wrzGOKpC8xI62HT9Ye3XtlxuotXWZ6OH6KgxisvoPSsI0sjo/s960/paranoa8.webp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="960" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUMgn8NrSlkzUiVrbOcz2KJoPf0ZMZqUJkqAvfgo_eOD0xwDF-V9rBrV_0TakITuPLAG9EEOpiJ6rPpub1ep_D4e3T11TzHmL91-IYRFeHGxes-LkqYrxB8AcDO3keg1e04ZAofTTJ3L1wrzGOKpC8xI62HT9Ye3XtlxuotXWZ6OH6KgxisvoPSsI0sjo/w640-h480/paranoa8.webp" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUcY7sZXwj4MIK9nX8H1Pjfi_UAcBlKYuVaWSqE95cSba8UR5hdX4dPAUXJGo1-n4XGJoN42WwGTvpkqGYLrzBmsYgst7hOzTsOjgHxO-EvLxC5UDdlB2VLaPE0iS7_9e2TCfIdW4dqfSIrh4r0ZtMPfZwKfaAKDCqcaMZbuI0v1sLM0EShIX3hl6Iyek/s960/paranoa6.webp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="960" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUcY7sZXwj4MIK9nX8H1Pjfi_UAcBlKYuVaWSqE95cSba8UR5hdX4dPAUXJGo1-n4XGJoN42WwGTvpkqGYLrzBmsYgst7hOzTsOjgHxO-EvLxC5UDdlB2VLaPE0iS7_9e2TCfIdW4dqfSIrh4r0ZtMPfZwKfaAKDCqcaMZbuI0v1sLM0EShIX3hl6Iyek/w640-h480/paranoa6.webp" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGT_jK9DdqGy2vF2q4CR27H-siNDDVuwzMwPkwNkt_WsMIQ8sywojagnKwjzajEii5R4-C4Mai0-IHoT2VwMAuSdyjwABqPdrV3UQgL3n6OWBbLDb74x7mMh-rwvbKHq3upViejq54I4MhTS0wgCEXv6s8KnGkfl_wBARvXKphKQvbxYyKYlSSpBAgomk/s960/paranoa5.webp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="960" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGT_jK9DdqGy2vF2q4CR27H-siNDDVuwzMwPkwNkt_WsMIQ8sywojagnKwjzajEii5R4-C4Mai0-IHoT2VwMAuSdyjwABqPdrV3UQgL3n6OWBbLDb74x7mMh-rwvbKHq3upViejq54I4MhTS0wgCEXv6s8KnGkfl_wBARvXKphKQvbxYyKYlSSpBAgomk/w640-h480/paranoa5.webp" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIjYkplnnTDfLuQp_9W9Ed8bBW9180ES4SWWnPcvfDDfSTDg-7M1yBPye4keVU34350JYPqyt5TRU2A77NNf-QyBWfW_Tsn63_u4KpiJrqG9uLXdX8fEEKHGtg0nqDiZJWh4koksqOWHsgNSPgNbbBLD3vf1dWZOQlLeiteSEDlOND8apsTncogJpEZEc/s960/paranoa4.webp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="960" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIjYkplnnTDfLuQp_9W9Ed8bBW9180ES4SWWnPcvfDDfSTDg-7M1yBPye4keVU34350JYPqyt5TRU2A77NNf-QyBWfW_Tsn63_u4KpiJrqG9uLXdX8fEEKHGtg0nqDiZJWh4koksqOWHsgNSPgNbbBLD3vf1dWZOQlLeiteSEDlOND8apsTncogJpEZEc/w640-h480/paranoa4.webp" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggYcrwzMQtQV8xtW9F7bYtlBc6n8mfa0bLqKDyCPM0AY47tmA24dMLp0Ogtjh3uhiO4CpKsg5qVSLDpNN2paitIJrS82XecDWi8b0Iv7VkdKv5z31M23FdW5IOZ8tKfyXx-HKDuB4nRlkZUZ82mbHPrTlTjeu1-0TYUvOiR853PF92IcTnQXi0rOFHaP8/s960/paranoa3.webp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; 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O público majoritário é de homens sozinhos, mas também vão mulheres desacompanhadas e casais</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Por Leilane Menezes e Daniel Ferreira</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Cine Paranoá</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Fim de expediente é hora de pegar um cineminha. Em cartaz: Big Volume II, Dupla Invasão 4 e Malhação Anal. Perto das 17h, o último cinema que exibe filmes pornográficos no Distrito Federal, o Cine Paranoá, em um subsolo de Taguatinga Centro, vive o horário de pico de clientes. A hora de almoço também atrai alguns famintos de prazer.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>As portas da sala de exibição abrem-se às 12h e fecham-se às 21h. São cerca de 90 cinéfilos da pornografia diariamente, de segunda-feira a domingo. Os fins de semana são mais movimentados, mas não há um dia sequer de cinema vazio.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>O público majoritário é de homens sozinhos, mas também vão mulheres desacompanhadas e casais. Há jovens e velhos, sarados e barrigudos, religiosos e ateus, além de muita gente com cara de que está ali escondido da mulher e dos filhos.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Alguns nem trocam o uniforme do futebol e vão direto da “pelada” para o cinema. Existe também prostituição. Oficialmente, vender sexo na sala é proibido pela gerência, mas, como ninguém fiscaliza, a regra fica só no acordo verbal.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>O cinema é para maiores de 18 anos, mas a funcionária na bilheteria não pede identidade. Também não há revista para barrar a entrada de armas, por exemplo. O porteiro garante que nunca precisou chamar a polícia. Ao contrário das salas de projeção tradicionais, que podem barrar alimentos trazidos de fora, no Cine Paranoá pode tudo, inclusive ingressar com comida e bebida alcoólica. “Temos uma lojinha com cerveja, chocolate e camisinhas, mas também pode trazer de casa”, explica o porteiro.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>A entrada custa R$ 12, sem opção de pagar meia. Dá direito a circular por todos os ambientes, que são limpos uma vez por dia. O primeiro é a sala VIP, logo na entrada, com 15 cadeiras de couro vermelho dispostas em formato de U. Uma pequena televisão exibe sexo explícito, mas quem quiser ver cenas de masturbação pode simplesmente olhar para o lado.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Todos os filmes exibidos são heterossexuais. Quando acaba uma “história”, logo começa outra na tela. Os três títulos em cartaz repetem-se o dia todo. Sempre com atores de poucas palavras, que vão direto ao ponto, e mulheres que, apesar dos berros e gemidos, parecem não gostar nem um pouco de estar ali, na vida real.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Atrás de uma cortina negra de veludo, está a sala de projeção principal, com 290 assentos e alguns gatos (o bichano, não as pessoas bonitas) que circulam calmamente. Um telão igual ao dos cinemas comuns mostra o mesmo filme que aparece na telinha da antessala. À primeira vista, a imagem intimida. Afinal, não é todo dia que se vê uma supervagina em tela gigante.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Enquanto isso, o ambiente fede a cheiro de suor e esperma. Apesar de ter ar-condicionado, o cinema é abafado, o que não parece atrapalhar a animação. É possível ouvir o barulho dos cintos se desabotoando e das pessoas se movimentando. Um palco de madeira fica na frente do telão, caso algum casal mais empolgado queira se exibir, mas são raros os que fazem a alegria da galera com sexo ao vivo no tablado.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Nos fundos da sala principal, uma escada de concreto cinza leva ao andar superior, onde fica o darkroom, um quarto escuro, sem móvel nenhum. A única iluminação vem de parte do telão, que pode ser vista lá de cima. Principalmente os homens sobem para aventurar-se sexualmente, muitas vezes veem somente a silhueta do parceiro, por conta do breu. Enquanto esperam companhia, ficam encostados na parede e não raramente começam a brincadeira sozinhos mesmo.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>O código de conduta é simples: contato visual significa autorização para se aproximar. Alguns se relacionam em público, outros vão até o banheiro para transar. Se não rolar interesse, um simples “não, obrigada” resolve. O porteiro, um jovem não muito alto e não muito forte, que há três anos acumula também a função de único segurança do Cine Paranoá, garante que nunca houve caso de estupro.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>“É bem de boa, se você não quer, todo mundo respeita. A gente nunca teve problema com isso. Se eu não trabalhasse aqui e não conhecesse o lugar, não teria coragem de trazer uma namorada. Ia ficar grilado, mas depois que conhece o lugar, vê que é tranquilo”, diz.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>A sensação de estar ali, para uma simples observadora e visitante de primeira (e última) viagem, é de medo. Os olhares de cobiça são agressivos. Quando descem as escadas do Cine Paranoá, alguns frequentadores parecem acessar desejos guardados, que não podem ser revelados na superfície. É uma atmosfera de permissão e fantasia, uma fuga da “vida real”.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Se você perguntar, tem muita gente casada. Eles vão dizer que são hétero e nem gostam de gay. Mas quem entra aqui, geralmente, não quer nem saber se é homem ou mulher, o que passar na frente eles pegam. Da porta para fora são outras pessoas, diz o porteiro</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>A Galeria Paranoá, em Taguatinga Centro, onde fica o cinema, tem farmácias, uma livraria católica, lojas de música e escritórios jurídicos. Os comerciantes vizinhos já reclamaram da atividade do cinema e até chamaram a polícia, algumas vezes, com denúncias de prostituição. Policiais determinaram apenas a retirada dos pôsteres que anunciam a programação, mas a administração do cinema conseguiu autorização para colocá-los de volta. “Tem criança que tem aula de música aqui. É lógico que elas ficam curiosas e querem olhar os cartazes. Acho desconfortável”, diz uma comerciante.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Como tudo começou</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>A história do Cine Paranoá, assim como a de outros cinemas eróticos do DF, está no livro-reportagem “Libertinagem Projetada”, trabalho de conclusão de curso da jornalista Nathalia Novais Chagas, disponível em PDF.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>“A sala existe desde dezembro de 1960 e exibia filmes tradicionais até 1982. O primeiro filme a passar na sala foi Hércules de Tebas e, antes de mudar a programação para filmes pornôs, era frequentada principalmente por quem morava perto e considerada um programa para família. Em 1983, a sala entrou no circuito cinematográfico pornô, novidade na época e alternativa para evitar o fechamento de cinemas”, escreveu Nathalia.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Eu escolhia um cara bem macho, sentava do lado, conversava e então eu começava a passar a mão, depois a gente ia para o banheiro transar. Trecho de entrevista dada por um frequentador ao livro Libertinagem Projetada.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Vários outros espaços como esse já funcionaram no DF. “A exibição de filmes pornôs em Brasília começou em 1982, com o Cine Astor, sala de cinema do Conjunto Nacional”, informa o livro. O mais famoso era o Cine Ritz, no Conic, inaugurado em 1986 e fechado em 2009, graças a denúncias de prostituição, exploração sexual de menores e perturbação do sossego. O Cine Vip, que ficava no Cruzeiro Center, teve o mesmo destino. Agora, resta somente o Cine Paranoá, para quem gosta desse tipo de entretenimento.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Os atuais donos do Cine Paranoá também mantêm uma sala no mesmo modelo, em Goiânia. O Metrópoles entrou em contato com os proprietários, mas conseguiu falar somente com a secretária e, apesar de ter deixado recados, não recebeu retorno.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Texto e imagens reproduzidos do site: www metropoles com</i></b></p>ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2625257009829687987.post-4350598688100086862023-10-10T04:59:00.005-07:002023-10-10T04:59:40.989-07:00A Magia do Cinema <p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsHlHM7YvbLXRXmNIlYJPphBCLGtMzPEYDYwC6INXHLxL-zQYYUTyecYSB9URwcmIusP7Eg4seUGQkFac7EUlL3Bg7mUlQErQb_e-a5LiWJzh73XdsVZ5qCQtb6P1BlYOB2JjRK6zYDbVp31r3lI-J5txeXh40ZIj8nVCPSMxRJLEIYaIuQ9e16OAsIok/s840/bastidores-cinema-jaragua-do-sul-park-shopping-arcoplex-1-oc7uqvg7nwuzd3htt8awm6ocjvkgpt1d93nqyun5qo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="840" data-original-width="840" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsHlHM7YvbLXRXmNIlYJPphBCLGtMzPEYDYwC6INXHLxL-zQYYUTyecYSB9URwcmIusP7Eg4seUGQkFac7EUlL3Bg7mUlQErQb_e-a5LiWJzh73XdsVZ5qCQtb6P1BlYOB2JjRK6zYDbVp31r3lI-J5txeXh40ZIj8nVCPSMxRJLEIYaIuQ9e16OAsIok/w640-h640/bastidores-cinema-jaragua-do-sul-park-shopping-arcoplex-1-oc7uqvg7nwuzd3htt8awm6ocjvkgpt1d93nqyun5qo.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1hEJ1GGa8Zx3G3BRdTb2Hn5H-SdDKWlEwiVQtyw_AFh4jJuMrb7EF22nvCHKUVhMFpd8GT8JltaBfwgWxi3mnl_EU3OGvzAdA3tpasFRjmMNjnGsiMdLU_5G4eAhwk-p5IIa5CnifHQrGdc0H6FV9RQ4_hgC4wuxz-GaTouAm-ZrBZba8G7FmCDQg1ZE/s800/bastidores-cinema-jaragua-do-sul-park-shopping-arcoplex-6.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="800" data-original-width="800" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1hEJ1GGa8Zx3G3BRdTb2Hn5H-SdDKWlEwiVQtyw_AFh4jJuMrb7EF22nvCHKUVhMFpd8GT8JltaBfwgWxi3mnl_EU3OGvzAdA3tpasFRjmMNjnGsiMdLU_5G4eAhwk-p5IIa5CnifHQrGdc0H6FV9RQ4_hgC4wuxz-GaTouAm-ZrBZba8G7FmCDQg1ZE/w640-h640/bastidores-cinema-jaragua-do-sul-park-shopping-arcoplex-6.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiS6Trfpd6lDzIllcT380xI7mTFygy-L9kdtYu4bNKbY_xLscf01zVNZghsTNSlj30e2niTdsCS_bbqvUB68MeXbLo1ChKQBoOkLMdEjiW33la5bw8N2VAZ7AoLNyd_3jilfQWRZ2kpvRRyfj59uRC4og9vLlSp9MMMurQmI208bSFSqkAbXOf5z2ihkPw/s800/bastidores-cinema-jaragua-do-sul-park-shopping-arcoplex-14.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="800" data-original-width="800" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiS6Trfpd6lDzIllcT380xI7mTFygy-L9kdtYu4bNKbY_xLscf01zVNZghsTNSlj30e2niTdsCS_bbqvUB68MeXbLo1ChKQBoOkLMdEjiW33la5bw8N2VAZ7AoLNyd_3jilfQWRZ2kpvRRyfj59uRC4og9vLlSp9MMMurQmI208bSFSqkAbXOf5z2ihkPw/w640-h640/bastidores-cinema-jaragua-do-sul-park-shopping-arcoplex-14.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkp8YqoLNWKiNyY1GpMDtpjFuKdpwql7JxaqTj7Doz6oUOV-ZYOONSpsFZDc2Tr3qeaDgCyEIPSdaU5D08j-2i9JfnMyRCORC1r45El1NPf0q3WKP_eSYRQVovJsfLr9YWioSkiVduLxWXjLUsqYKyGzFxVgEAfr9-I661wxBNhGQY0qrm0Fm9RDAcd6s/s800/bastidores-cinema-jaragua-do-sul-park-shopping-arcoplex-12.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="800" data-original-width="800" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkp8YqoLNWKiNyY1GpMDtpjFuKdpwql7JxaqTj7Doz6oUOV-ZYOONSpsFZDc2Tr3qeaDgCyEIPSdaU5D08j-2i9JfnMyRCORC1r45El1NPf0q3WKP_eSYRQVovJsfLr9YWioSkiVduLxWXjLUsqYKyGzFxVgEAfr9-I661wxBNhGQY0qrm0Fm9RDAcd6s/w640-h640/bastidores-cinema-jaragua-do-sul-park-shopping-arcoplex-12.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhavkWlsKkOrJDf9Hqw03MTIUmXwHLHkMBzG85AcJzwjWAVgEIPumy9JfxtG5WXdMFEzDo5QeOzabC3RpHCbvfMXvJBraPEafZ-VOEJW4WgqzNhQsFzGqusCiY1xOwr3cNVDmLHobAhnCKOV2QaselaBlTA58YDCPZqBjic5FhWqIs1NqVlz4D43kFEzXU/s800/bastidores-cinema-jaragua-do-sul-park-shopping-arcoplex-15.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="800" data-original-width="800" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhavkWlsKkOrJDf9Hqw03MTIUmXwHLHkMBzG85AcJzwjWAVgEIPumy9JfxtG5WXdMFEzDo5QeOzabC3RpHCbvfMXvJBraPEafZ-VOEJW4WgqzNhQsFzGqusCiY1xOwr3cNVDmLHobAhnCKOV2QaselaBlTA58YDCPZqBjic5FhWqIs1NqVlz4D43kFEzXU/w640-h640/bastidores-cinema-jaragua-do-sul-park-shopping-arcoplex-15.jpg" width="640" /></a></div><b><div style="text-align: center;"><b><i>Fotos reproduzidas do site: poracaso.</i></b></div></b><p></p>ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0