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quinta-feira, 23 de maio de 2024

Cinema Paradiso, em Conservatório - RJ.

Publicação compartilhada do site RIOJA, de 11 de novembro de 2021

Cinema Paradiso, em Conservatório-RJ.

Delegado-titular de Copacabana durante mais de 15 anos, Ivo Raposo foi um nome de especial relevância na crônica policial carioca, mas nunca deixou de lado a paixão pela Sétima Arte. “Dos 12 anos aos 18 anos fui projecionista de um cineminha que funcionava na Igreja Santo Afonso, na Tijuca”, revelou certa vez em entrevista ao “Jornal de Copacabana”. Em 1977, quando foi anunciada a demolição do cine Metro Tijuca, um verdadeiro palácio estilo art-decó que era apenas um entre os 16 cinemas do bairro da Zona Norte, Ivo procurou o curador da massa falida na esperança de salvar alguma lembrança para sua coleção. O resultado foi melhor que a encomenda. Frustrado por não ter conseguido achar nenhum comprador para as peças entre os ferros-velhos da cidade, o curador cedeu ao policial poltronas, lustres, tapetes, cinzeiros, urnas de bilhetes, e até os projetores e o telefone da gerência.

Ivo levou tudo o que pode carregar para a casa do pai, em Conservatória, e aos poucos foi recuperando peça por peça. Com o material que reuniu, abriu dois “cinemas” na cidade: o “Milímetro”, uma pequena sala de projeção para os familiares e amigos e, no quintal da propriedade, o “Centímetro” uma réplica fiel do velho Metro tijucano. “A coisa ficou tão grande que hoje não sei dizer se tenho uma casa com um cinema ou um cinema com uma casa”, brincou em recente entrevista. Ivo criou também um festival de cinema em Conservatória. Assim, surgiu o Cine Música, mostra que, desde 2007, reúne filmes, música e gastronomia na cidade da seresta. “Quem viu o filme Cinema Paradiso, viu a história da minha vida”, costuma dizer.

“Foi um sonho de jovem que se concretizou. Lembro do dia que parei um pequeno caminhão à porta, logo depois que a sala fechou, e peguei as primeiras cadeiras e tapetes. Acho até que muita coisa se perdeu ou se destruiu com o tempo”, diz ele, Fechado durante a pandemia, o delegado Ivo Raposo aproveitou o período para dar uma guaribada no imóvel, que ganhou nova pintura...

Texto e imagem reproduzidos do site: www rioja com br

domingo, 2 de abril de 2023

Metro Tijuca reestreia como Centímetro no interior do Rio

Legenda da foto: Metro Tijuca reestreia como Centímetro no interior do Rio e réplica vira atração turística - (Crédito da foto: Marcelo Régua)

Publicado originalmente no site do jornal O GLOBO, em 4 de dezembro de 2022 

Metro Tijuca reestreia como Centímetro no interior do Rio e réplica vira atração turística

Ao entrar no local, o visitante dá de cara com o mesmo ambiente que havia no passado

Por Marcos Nunes — Rio de Janeiro

O barulho semelhante ao som de uma tecla de piano é a senha para que as luzes se apaguem, ao mesmo tempo em que é aberta a cortina que cobre a telona de seis metros. O que vem a seguir é uma viagem no tempo. Instalado em uma cabine, um projetor dispara imagens de trechos de filmes e de musicais antigos produzidos pelos estúdios da Metro Goldwyn Mayer, exibindo na tela a performance de astros como Frank Sinatra e Gene Kelly. Tudo isso acontece em alguns fins de semana, diante de uma plateia de turistas, numa sala do Cine Centímetro, pequena réplica do Cine Metro, que funcionou até o fim da década de 1970, na Praça Saens Peña, na Tijuca, Zona Norte do Rio.

Mas a réplica fica fora do Rio, a quase três horas de distância da Tijuca. Com fachada exatamente igual à do prédio do Metro, o Cine Centímetro está localizado nos fundos de uma chácara, em Conservatória, distrito de Valença, na região do Médio Paraíba.

Aliás, não é só a aparência que é idêntica à do antigo cinema tijucano. Ao entrar no local, o visitante dá de cara com o mesmo ambiente que havia no passado. Logo no saguão, se depara com um manequim vestido com um uniforme de bilheteiro usado na época, um desenho do leão da Metro Goldwyn Mayer, pintado num espelho, e os lustres que eram do cinema original. Além disso, num corredor, há pelo menos oito cartazes de filmes exibidos no Metro.

É na sala de exibição do Centímetro que está a maior surpresa: luminárias, um tapete vermelho e 57 poltronas originais do cinema. Todo o material foi resgatado pelo ex-projetista, advogado e delegado aposentado Ivo Raposo. Após a demolição do edifício ocupado pelo Metro, equipamentos e objetos do cinema foram armazenados em um depósito, nos fundos do antigo Cine Condor, no Largo do Machado, na Zona Sul do Rio.

Visitas agendadas

Depois de muita conversa, Raposo conseguiu convencer o responsável a doar o acervo após um ferro-velho dizer que não se interessava pelos objetos. Apaixonado por cinema, foi ele também quem construiu e escolheu o nome da réplica. O delegado aposentado costumava frequentar o Metro Tijuca quando era jovem. E chegou, inclusive, a trabalhar como projetista (operador de cinema) nos antigos cines Santo Afonso e Bruni, ambos também localizados em solo tijucano.

— Não tinha grana para fazer um Metro, então fiz o Centímetro. O Metro tinha uns 600 lugares. Fiz um cinema de 60. Não é nem centímetro, é fração de milímetro. Fiz isso aqui por pura paixão — diz Raposo, que levou dois anos construindo o local e que não fez as contas de quanto gastou: — Fui comprando tudo aos pouquinhos.

O Cine Centímetro funciona nos fins de semana em que há demanda de turistas. As visitas são agendadas por guias de turismo, e o ingresso tem um valor simbólico, segundo Raposo, para ajudar a pagar despesas como a conta de energia do local.

A guia de turismo Edy Therezinha Noel, de 76 anos, que esteve recentemente numa sessão do Centímetro, revela o sentimento dos visitantes:

— A emoção que as pessoas sentem ao entrar no cinema é uma coisa sublime. Elas voltam no tempo. Não imaginava que alguém tivesse um amor tão grande pelo antigo Cine Metro. Teve gente que ficou com os olhos cheios d’água.

De quebra, Café Palheta

Ao lado do Metro de Conservatória, há ainda uma réplica do prédio do Antigo Café Palheta, onde tijucanos costumavam bater ponto ao sair do cinema. No local, os visitantes, além de saborear um café, podem visitar e fotografar uma exposição de projetores antigos, alguns da década de 1950. A segunda parada do turista é o Centímetro. Antes das exibições, há ainda uma palestra na qual Ivo Raposo explica como e por que construiu o local. E, é claro, não falta a tradicional pipoca.

— Quando eles (turistas) saem, tem uma carrocinha antiga de pipocas. Só que é quando saem. Não dou na entrada, porque comer pipoca dentro do cinema pode atrair bichos. A pipoca é só na hora de ir embora — repete Raposo.

Ele concluiu a construção das réplicas do Metro Tijuca e do Café Palheta em 2005. E diz que, embora o local tenha entrado para o leque de opções turísticas da região, não foi o dinheiro que o motivou na empreitada:

— Não construí isso com o objetivo de torná-lo uma atração turística, de comercializar, de ganhar dinheiro. Construí por paixão pura. Costumo dizer que eu materializei um sonho. Consegui resgatar um pedaço do principal cinema da Tijuca, que eu frequentava e adorava, amava. A memória ficou resgatada. Então, esse foi o objetivo. Se quisesse ganhar dinheiro, se a intenção fosse comercial, teria construído na beira da rua. Mas não, está no fundo do meu quintal.

Texto e imagem reproduzidos do site: oglobo.globo.com

sexta-feira, 31 de março de 2023

CINE CENTÍMETRO, em Conservatória - RJ.







CINE CENTÍMETRO, em Conservatória - RJ.

O Cine Centímetro - um patrimônio comprometido com a memória cinematográfica do país, é um dos grandes diferenciais do Festival CineMúsica e cenário perfeito para as exibições das pré-estreias e sessões de gala. Um sonho que se tornou realidade, graças ao empreendedorismo de Ivo Raposo Júnior, com a construção do cinema em Conservatória - uma réplica de 60 lugares do saudoso Cine Metro Tijuca (já demolido), que foi uma das principais salas de exibição de filmes de 1940 a 1970, no Rio de Janeiro. Todo o seu mobiliário é original.

Imagens reproduzidas do site festivalcinemusica.com.br

CINE CENTÍMETRO, em Conservatória - RJ.















 


CINE CENTÍMETRO, em Conservatória - RJ.

O Cine Centímetro - um patrimônio comprometido com a memória cinematográfica do país, é um dos grandes diferenciais do Festival CineMúsica e cenário perfeito para as exibições das pré-estreias e sessões de gala. Um sonho que se tornou realidade, graças ao empreendedorismo de Ivo Raposo Júnior, com a construção do cinema em Conservatória - uma réplica de 60 lugares do saudoso Cine Metro Tijuca (já demolido), que foi uma das principais salas de exibição de filmes de 1940 a 1970, no Rio de Janeiro. Todo o seu mobiliário é original.

Imagens reproduzidas do site festivalcinemusica.com.br

sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

Cine Centímetro... em Conservatória (Rio de Janeiro)







Trecho de texto original do site ESPECIAL LIFESTYLE

Cine Centímetro...  em Conservatória (Rio de Janeiro)

Um espaço sem igual para os amantes do cinema e numa cidade que talvez muitos não pudessem imaginar existir um acervo tão rico e interessante sobre a sétima arte.  Assim é possível apresentar o Cine Centímetro (...)  O espaço retrata com riqueza de detalhes o Cine Metro, do Rio de Janeiro, e nele é possível assistir a uma apresentação de uma compilação única de filmes clássicos. 

Criado por um apaixonado por cinema, Ivo Raposo, o Cine existe desde 2005 e dois anos depois foi criado o festival Cinemúsica de Conservatória - evento criado e produzido por ele.  Ivo foi projecionista de cinema na Tijuca, zona norte do Rio, aos seus 18 anos. Admirador do filme Cinema Paradiso, Ivo também é fã dos filmes de faroeste. 

Cine Metro, Palheta e acervo de câmeras e projetores aberto à visitação

Além do cinema propriamente dito, decorado com cartazes de época, bilheteria e um salão interno que reproduz o Cine Metro, o espaço conta ainda com uma cafeteria – que leva o nome de Palheta e segue cores e design da cafeteria de mesmo nome na qual se inspirou, tradicional também do bairro da Tijuca, no Rio.  Um acervo de projetores e câmeras originais das grandes empresas do setor está aberto à visitação pública. 

(...) reservar datas e assistir a uma rica história do cinema no Cine Centímetro aos fins de semana. As reservas podem acontecer via hotéis e pousadas da região ou diretamente pelo cel WhatsApp 21 999976223

Fonte: especiallifestyle.com

quinta-feira, 5 de abril de 2018

Metro Tijuca ressurge em miniatura num sítio em Conservatória








Fotos reproduzidas do Google

Metro Tijuca ressurge em miniatura num sítio em Conservatória

Spots lilás refletidos na fachada, casais conversando na entrada principal, envolvidos pela massa de ar refrigerado que vem do interior do cinema. O letreiro anuncia uma película que ainda não entrou no circuito, mas que define ao mesmo tempo a vida do diretor e da própria cidade: “Volta ao Passado”.

O corregedor da Região dos Lagos, delegado de polícia concursado há 40 anos, Ivo Raposo, 68 anos de idade, encarnou na infância, adolescência e boa parte da vida adulta o persoagem Totó, o menino que se torna amigo inseparável de Alfredo, projecionista do Cinema Paradiso, filme dirigido por Giuseppe Tornatore, um clássico do cinema italiano.

Apaixonado por cinema, Ivo transformou todos os seus sonhos em realidade em 2005, quando conseguiu construir no terreno de seu sítio, em Conservatória, sexto distrito de Valença, uma réplica de um dos cinemas mais tradicionais do Rio de Janeiro, o Metro-Tijuca, um dos ícones da Praça Saens-Pena nas décadas de 60 e 70, demolido em 1976.

Entre original e cópia, a diferença é o tamanho: o primeiro comportava 1.680 poltronas; o segundo, apenas 60. Por isso, ganhou de seu idealizador o nome de Cine Centímetro.

PEÇAS ORIGINAIS - Por mais de uma década, o delegado tentou de todas as formas obter a mobília, equipamentos, tapetes, lustres, enfim, tudo o que fizesse parte do cinema. Mas a resposta de Jorge Fonseca, responsável pelo material resgatado da demolição e guardado no prédio do antigo Condor do Largo do Machado, era sempre negativa.

Um dia, quando despachava inquéritos na 13a DP-Copacabana, o delegado foi surpreendido com um telefonema de Fonseca. Informava que o prédio do Condor fora vendido para a Igreja Universal do Reino de Deus, do bispo Edir Macedo, e que todo o material guardado em seu interior, incluindo o que fora retirado do Metro-Tijuca, deveria ser removido imediatamente. “Eu tenho certeza de que ninguém vai cuidar melhor dessa quinquilharia do que você” – disse-lhe Fonseca, alertando: “Mas tem que chegar aqui até o meio-dia, quando entregaremos as chaves.”

Raposo largou os inquéritos de lado, contratou um caminhão-baú e partiu para o Condor. Encheu a carroceria, levando tudo para Conservatória. No dia seguinte, novo telefonema e nova surpresa: “Você esqueceu os projetores” – disse-lhe Fonseca. “Os projetores são a alma de um cinema. Eu não conseguia acreditar que tudo aquilo fosse verdade...” – lembra o velho delegado, emocionado.

O Cine Centímetro foi inugurado em 2005, com uma homenagem especial a Jorge Fonseca, que também se emocionou. Conservatória ganhava o seu Cinema Paradiso disfarçado de Metro-Tijuca.

CINEMA PARADISO - A paixão pelo cinema começou quando Raposo ainda era criança. Residia na rua Desembargador Isidro, junto à praça Saens Pena, na Tijuca, onde havia a maior concentração de cinemas do Rio de Janeiro. Eram 13, entre eles o Metro, Art Palácio, Carioca, Bruni-Tijuca, Olinda – o maior da cidade até a inauguração do Imperator, no Meier – e o Santo Afonso, que seria o “Paradiso” na formação de Raposo.

Quando criança, o delegado criava cineminhas em caixas de sapato. Na adolescência, pedia aos pais pequenos projetores como presentes de aniversário e de Natal. Foi assim que transformou o quardo da empregada no primeiro cinema de sua vida.

Aos 13 anos, entrou na igreja Santo Afonso e convenceu o padre a dar-lhe uma vaga de projecionista no “poeira” que pertencia à paróquia, onde eram reexibidos filmes remanescentes do grande circuito. As cópias, porém, já estavam arranhadas ou até mesmo partidas de tanto uso. Por vezes teve que acender as luzes da sala de projeção para emendá-las, arrancando vaias e reclamações do público.

“Antes do filme entrar em cartaz, eu tinha que sentar com o padre e cortar todas as cenas que ele proibia. E eu guardava os fotogramas censurados numa lata de metal. Era tudo igualzinho ao Cinema Paradiso, mas só que aconteceu muitos anos antes de Tornatore fazer o seu filme” – compara Raposo.

REVISTA DESTINOS SERRA & MAR - Dezembro 2013 - ÍRIS EDITORA.

Texto reproduzido do site: destinosserraemar.com.br

domingo, 2 de novembro de 2014

Ivo Raposo e o seu Cine Centímetro
























Cines Centímetro e Milímetro. 
Espaços Culturais - Valença

Cinéfilo de carteirinha, o ex-delegado Ivo Raposo resolveu transformar a sua casa em Conservatória em cinema. Nascido na Tijuca, no Rio, e frequentador assíduo do antigo Cine Metro, Ivo conseguiu resgatar peças originais da famosa sala, destinadas a virar sucata após seu fechamento, em 1971. “Guardei poltronas, lustres, tapetes e projetores autênticos. Como não tinha verba para fazer um novo Metro, construí um Milímetro na minha sala para exibir filmes para a família e amigos”, explica ele.

Depois do Milímetro, Ivo resolveu expandir o espetáculo para o quintal de sua propriedade e, em 2005, inaugurou o Cine Centímetro, uma réplica fiel de 60 lugares do Metro. “Não podia guardar todo esse patrimônio histórico só para mim. Decidi abrir as portas para outros amantes do cinema como eu", conta o cinéfilo. “A coisa ficou tão grande que hoje não sei dizer se tenho uma casa com um cinema ou um cinema com uma casa", completa.

Durante a adolescência e a juventude, Ivo foi projecionista de um pequeno cinema na Tijuca. Apesar de ter seguido carreira na polícia, a telona nunca deixou de povoar seu imaginário. Ivo criou também um festival de cinema em Conservatória. Assim, surgiu o Cine Música, mostra que, desde 2007, reúne filmes, música e gastronomia na cidade da seresta. O ex-delegado também promove sessões demonstrativas para os hóspedes dos hotéis de Valença.

SERVIÇO
Endereço: Rua José Ferreira Borges, 205, Parque Veneza - Conservatória
Telefone: (24) 2438-1815
Email: ivorapososter@gmail.com
Site: http://www.conservatoria.com.br/cinemacentimetro/


Texto reproduzido do site: mapadecultura.rj.gov.br


Fotos: Google e Isabela Kassow/Diadorim Ideias.