quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Sala XPLUS Recife: A ultima geração em som e imagem








Fotos: UCI/Divulgação e Thiago Schumacher

Publicado originalmente no site CINE CINEMANIA, em 29 de abril de 2018

Sala XPLUS Recife: A ultima geração em som e imagem

Inaugurou no Recife, na última quinta-feira 06/04, a novíssima SALA XPLUS da rede UCI que chega ao complexo UCI KINOPLEX TACARUNA, atualizando o multiplex que está prestes a completar 20 anos de atividade.

Com a mais moderna tecnologia em som e projeção, a empreitada abre com a exibição do longa Vingadores: Guerra Infinita, que usa e abusa dos dotes dos sistemas instalados no multiplex que há tempos pedia por uma reforma.

Apesar das outras salas do UCI KINOPLEX TACARUNA continuarem inalteradas, a reforma também inaugurou a nova SALA 9, em formato estádio com som 7.1 e projeção 4K.

O CINE CINE MANIA esteve na sessão numero 1 e faz um relatório completo de todos os aspectos deste presente ao cinéfilo recifense; confira!

1 – Reforma física do multiplex e anexo.

No salão principal, a primeira mudança a chamar a atenção do frequentador é o novo logo com luzes neon, anunciando a sala XPLUS LASER. Ao lado, três telões compostos de painéis de LED foram organizados em posição vertical, mas não estavam funcionando adequadamente ainda.

Ao lado direito da bomboniere, um corredor inédito marcava caminho até uma escada rodeada de luzes neon. A novidade já era suficiente para despertar curiosidade dos frequentadores no local.

Uma vez liberado o acesso à imprensa, o longo corredor revestido de teto preto e poucas luzes, dava acesso a uma outra bomboniere – menor –  e a uma curva que revelava um banheiro e à sala 9, ambos à esquerda. Em frente, a entrada da sala 10.

O local ainda possuía marcas de acabamento, como resina no chão. O banheiro é grande o suficiente e semelhante aos dos outros multiplexes da rede UCI Kinoplex.

2 – SALA XPLUS: Primeiras impressões.

Uma vez cruzando as portas da tão aguardada sala, o corredor dobra-se à esquerda revelando outro longo corredor que – novamente – dobrava-se à direita. Cruzado o labirinto de corredores revelou-se a gigantesca sala cheia de luzes neon azul em todas as caixas de som suspensas no teto e na parede.

A entrada da sala desagua exatamente na metade do ambiente, podendo o espectador ocupar a parte superior, das cadeiras super seats, ou descer as escadarias para a parte frontal da plateia.

Ao descer para o piso inferior, de frente à tela, era possível ter real visão da magnitude do local. É fácil sentir-se uma formiguinha lá em baixo.

As escadarias cortam tanto pela lateral, quanto pelo meio da plateia. Um aspecto notado por um dos jornalistas presentes era a intensidade do LED de indicação nos degraus. Muito forte.

As poltronas super seats impressionam, porém, era difícil manter o assento firme para trás, como se o peso da pessoa não fosse suficiente para o fazê-lo. Provavelmente por serem novas e precisarem ‘amaciar’, talvez. De toda forma, muito bem escolhidas.

Um ponto que julgo como não tão bom, é uma medida adotada também por outras redes em suas salas: não há uma ‘sala de projeção’, mas sim, uma cabine (literalmente) que ocupa parte de trás da sala, sendo o sistema de projeção acessado diretamente dentro da sala de exibição. Os amplificadores de áudio ficam em um compartimento em baixo da tela, trancados.

Tudo é muito discreto e encaixa-se no contexto do ambiente, porém, os espectadores que sentarem-se no ‘fundão’, ao lado da cabine de projeção não serão capaz de ouvir os canais surround que estão do outro lado da sala. Aparentemente, a tática é eficaz no ponto financeiro e deverá continuar sendo implementada Brasil afora.

3-  SISTEMA DE SOM: DOLBY ATMOS e caixas acústicas.

A grande atração da sala XPLUS é o sistema de som de última geração. O DOLBY ATMOS pega o tradicional 7.1 (padrão dos cinemas atuais) e adiciona mais quatro canais superiores no teto, seguidos de 4 subwoofers, que também ficam suspensos.

Os audiófilos ficarão surpresos com a criteriosa instalação que a DOLBY exige. Cada caixa de som individual tem um ângulo que deve ser obedecido e um foco no auditório. Diferente do sistema 7.1, os canais surround no ATMOS cobrem ‘áreas’ do cinema com o objetivo de poder posicionar ‘objetos sonoros’ em cada uma das ‘áreas’ delimitadas pelo sistema.

Cada caixa de som instalada em fila, no teto, aponta para diferentes posições, seguindo um leve giro em cada uma delas, que dessa forma cobre uma ‘área’ específica também, assim como as das paredes. De acordo com a própria DOLBY, cada uma delas deve ter a capacidade de gerar uma intensidade sonora de 99db.

Os subwoofers também chamam atenção. Pelo fato do número de surrounds ser maior que o de canais frontais, o reforço nos graves também é necessário. A DOLBY exige que as caixas de grave sejam capaz de produzir ondas de 40Hz até 120Hz.

Nos canais frontais, nada mudou. Temos os canais direito/esquerdo, central e subwoofers. Em cinemas excepcionalmente largos, a DOLBY exige a inclusão de mais dois canais complementares direito e esquerdo, para suprir a lacuna na distância entre eles.

A marca utilizada pela UCI desta vez é a HOT SOUND, empresa nacional do ramo de som profissional. A empresa possui um website com poucas informações sobre seus produtos, mas podemos observar que os subwoofers surround de trás utilizam um alto falante de 18 polegadas, enquanto que os subwoofers surround frontais utilizam dois alto falantes de 18 em cada caixa. As caixas surround devem, pelo tamanho, utilizar um driver de titânio e um alto falante de 10 polegadas em cada.

Não há, porém, como prever o material posicionado atrás da tela.

A qualidade do áudio estava digna de cinema. Som claro, com diálogos limpos e explosões fortes com graves profundos. É muito bom ver um produto nacional equipando salas tecnológicas de cinema. No entanto, na sala XPLUS do UCI Jardim Sul em São Paulo, a rede de cinemas utilizou a marca de áudio americana Q.S.C. para sonorizar o auditório.

4- PROJEÇÃO À LASER: A NOVA GERAÇÃO

Outra novidade bombástica deste empreendimento é a nova projeção à LASER. O que significa que o projetor não mais usa a tradicional lâmpada XENON para criar luz, mas sim, feixes de laser que, quando combinados, produzem a imagem.

As cores primárias necessárias para criar a luz branca são; vermelho, azul e verde (não amarelo). Um projetor ‘normal’, utilizando lâmpada XENON, produz a luz branca, mas que desse passa por um difusor óptico que quebra essa luz branca em vermelho, azul e verde. Isso significa que uma boa quantidade de luz é ‘desperdiçada’. Por outro lado, na nova projeção são usados lasers que já criam as cores primárias, demandando menos energia e desperdiçando menos luz.

Assim, uma lâmpada XENON de 300W pode ser comparada a um sistema laser de apenas 100W.

Já que mais energia é convertida em luz, a imagem torna-se muito mais nítida e clara. Além de que as cores ficam mais vivas e sólidas. Outro fator importante, é que as lâmpadas tradicionais vão ficando claras e morrendo aos poucos com os anos, enquanto que o laser, não.

Na sala XPLUS, a tecnologia usada foi a REAL D.

Com óculos leves que não incomodavam, o filme dos Vingadores mostrava-se bem nítido, porém, com uma leve sombra na legenda. Provavelmente devido aos ajustes iniciais.

A projeção a laser não é uma revolução, mas sim uma evolução do já conhecido projetor 4K.

A marca do projetor, no entanto, não foi mencionada, mas suspeitamos que seja da BARCO.

Por fim, o tamanho da tela não impressiona tanto. Não é de parede a parede, sendo menor que da sala IMAX. De toda forma, é enorme e possui o mais avançado sistema de projeção disponível.

5- VALE A PENA?

Sim! Vale muito a pena.

A SALA XPLUS é uma das mais modernas no Brasil, e a primeira com tecnologia laser a ser instalada fora do Rio e São Paulo.

O som DOLBY ATMOS é o ponto mais alto e merece ser explorado.

A projeção a laser impressiona, mas acostuma fácil aos olhos.

A arquitetura da sala é futurística e arrojada.

As poltronas são excelentes e valem o dinheiro pago, sendo que precisarão de um tempo para ‘amaciarem’.

No mais, o empreendimento é um upgrade sem precedentes ao UCI Kinoplex Tacaruna, e como a novidade irá atrair muita gente da cidade toda, é importante que a exibidora concilie as cópias dubladas com as legendadas, especialmente na XPLUS.

SERVIÇO

UCI Kinoplex Tacaruna

Endereço: Av. Governador Agamenom Magalhães, 153 – Santo Amaro, Recife – PE, 50110-000

Telefone: (81) 3207-0000

PREÇOS

XPLUS 2D
Segunda Mania: 17,00 (2ª feiras – exceto feriado e véspera de feriado)
2ª e 3ª: R$ 30,00 (inteira)
4ª: R$ 28,00 (inteira) *exceto sessões de pré-lançamento
5ª, 6ª, Sábado, Domingo, Feriado e véspera de feriado: R$ 31,00 (inteira)
Ticket Família: R$ 70,00 (2 adultos + 2 crianças até 12 anos)
Adicional assentos SuperSeat: R$ 2,00 (inteira) – exceto Ticket Família

XPLUS 3D
Segunda Mania: 19,00 (2ª feiras – exceto feriado e véspera de feriado)
2ª, 3ª: R$ 34,00 (inteira)
4ª: R$ 32,00 *exceto sessões de pré-lançamento
5ª, 6ª, Sábado, Domingo, Feriado e véspera de feriado: R$ 36,00 (inteira)
Ticket Família: R$ 81,00 (2 adultos + 2 crianças até 12 anos)
Adicional assentos SuperSeat: R$ 2,00 (inteira) – exceto Ticket Família

Texto e imagens reproduzidos do site: cinecinemania.com.br

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